||Thomas Garcia Campos||
Coloquei ela na cama, ajudando ela a encostar na cabeceira, evitando que ela fizesse esforço com o braço pra isso. O tempo todo ela me encarava, e eu só desviava, evitando manter mais contato doque já tava tendo naquele momento com ela.
-Tá suave agora, né? Tô indo nessa. - murmurei ajeitando minha camisa e ela assentiu
-Olha eu acho que a gente precisa conversar... - murmurou desviando o olhar pra frente e ri de lado
-Nem me olhar direito, enquanto fala, tu consegue, pô. E ainda vem com papo de querer conversar alguma coisa comigo? Tá foda, Ana Luísa. - falei sem paciência e ela me encarou.
-Não sei se você sabe, mais eu tô grávida! - apontou pra barriga, me olhando ja bolado, e eu cruzei os braços, travando minha mandíbula- E eu não fiz com o dedo, tá ok? Querendo você ou não, a gente tem que conversar sobre isso, resolver como vai ficar essa questão...
-Como tu mesma disse, a gente conversa quando tiver consulta, né? Ou melhor, deixa o moleque nascer, aí nós resolve. - falei na ironia, e ela revirou os olhos
-Pode ser uma menina, idiota! E exatamente sobre isso que eu quero conversar com você. Preciso fazer os exames, saber se realmente tá tudo bem, fazer o pré-natal. - continuou falando sem me olhar
-Beleza, me diz oque tem pra fazer, que a gente vai lá e faz! Agora não vem me listar um monte de parada, sendo que a tua ideia é sair daqui com um filho meu na barriga! - falei alto e ela passou a mão no rosto, respirando fundo - Não adianta Ana Luísa! Enquanto tiver essa distância entre a gente, nem oque deveria ser resolvido sobre o nosso filho, vai entrar em questão!
-Você não entende porra! - gritou, me olhando indignada e eu permaneci na mesma postura de antes - Pra você é fácil falar, foi você que fez merda! Se hoje a gente tá assim, agradeça a si mesmo! Eu não queria tá nessa situação, eu não escolhi gostar de você, muito menos ficar grávida agora, no momento que eu mais queria ficar longe de você.
-Fácil caralho, vai viver tua vida então Ana Luísa! - falei já cansado, sem paciência pra caralho nenhum, já não aguentava mais toda essa ladainha - Faz o que tu quiser da vida, eu não tenho mais nada haver contigo, né assim que tu quer? Pronto pô, já era. Tua vontade, vai ser uma ordem! Eu cansei Ana Luísa, de verdade mermo. Cansei de levar toda a culpa por uma parada que eu já falei mil vezes que eu não fiz. - ela me olhava séria, mais com os olhos cheios de lágrimas - Mais se tu quer assim, pronto, o papo foi dado. Como tu mesmo falou, oque une a gente, é o nosso filho, cabou!
Caralho esses últimos dois messes não tinham sido fáceis não, desde que aconteceu tudo, fui julgado por todos. Geral caiu em cima de mim, querendo explicação, prova, o caralho todo...
Mais é aquilo, ninguém confia na tua palavra, por erros do passado! Por mais que você fale, você sempre vai refletir a pessoa errada que você foi!
Fui sim porra, fui escroto pra caralho, pegava todo mundo mermo, metia o foda-se pra tudo! Queria nem saber. Eu tava solteiro, ia respeitar quem? O vento! Se fuder, mermão.
Com a Ana Luísa, bato no peito pra falar que não errei, nem mesmo pensei em errar com ela. Porra, eu mudei por essa mulher, fiz de tudo, do meu jeito, da minha forma, pra ser o melhor pra ela.
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...