Capítulo 39

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||Ph Sanches Almeida||

Tava sentado na areia da praia, olhando pro mar, sentindo minha mente se acalmando aos poucos.

Olhei pro lado, vendo meu celular ligar, recebendo mais uma ligação da Deise, já tinha mais de dez ligações dela.

Desliguei o mesmo e coloquei no silêncio. Tava sem cabeça alguma pra conversar com ela. Capaz de descontar tudo, na pessoa que não merece nada, ela.

Respirei fundo e resolvei entrar no mar. Tirei minha camisa, junto com o meu boné, e coloquei tudo de do lado, ficando apenas com o short que eu vestia.

Fui caminhando na maior paz até a água, e entrei. Fiquei um bom tempo ali, nadando, e resolvi sair, a água já tava ficando fria pra caralho, sem caô.

Voltei pra areia e catei minha coisas. Joguei a camisa no ombro e fui caminhando até chegar no calçadão. Segui pra casa, e assim que cheguei, abri a porta, entrando.

-Tu tava a onde? - Ana Luísa já foi logo perguntando, assim que me viu

Não tinha mais ninguém na sala, além dela.

-Por ai, aliviando a mente. - mumurei pegando meu celular, vendo que já passava das cinco da tarde - Cadê todo mundo?

-Alguns sairam, outros se arrumando pro bloco. - deu de ombros - Quero saber de você, por que você tá assim.

-Não vou te encher com meus problemas, Ana Luísa. - olhei pra ela, de cara fechada

Sabia que assim cortaria o assunto.

Por que sinceramente, não tava afim de falar sobre essas paradas com ninguém, nem mesmo com ela, que sabe de tudo oque se passa na minha vida.

-Acho que tu não sabe com quem tu tá falando, né? Não sou nenhuma estranha não, Pedro Henrique! - já foi ficando bolada - Seus problemas, também são meus. Deixa eu te ajudar, cara.

-Já me ajudou demais guria, tá na hora de eu fazer o meu, sozinho. - me aproximei dela no sofá, beijando a testa da mesma - Fica na boa, não é nada demais, só não quero falar sobre isso agora!

-Tu sabe que eu tô aqui, né? - segurou minha mão, assim que eu me afastei

-Sei princesa, fica de boa, te amo. - beijei a mão dela

-Te amo! - mumurou seria e eu sorri fraco, me afastando

Geralmente era raro escutar a Ana Luísa retribuindo um "eu te amo". Ela sempre sorria e me abraçava, muito difícil falar de volta.

Sempre foi assim, com todo mundo!

Tô ligado que ela é mais de agir doque falar. Ela demostra mais doque fala, eu acho isso foda nela.

Mesmo a vezes querendo escutar o quanto a pessoa gosta de você, eu entendo o jeito dela.

Afinal, cresci com essa serpente, conheço mais doque ninguém.

Subi as escadas e segui pro meu quarto e fui direto tomar meu banho. Me arrumei naquele pique, tirei até uma foto.

Por que o pai tá triste, mais segue sendo gato a cada dia que se passa, tem nem como.

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