Capítulo 55

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||Ana Luísa Sanches Almeida||

Caminhei ao lado da Kamila, até a saída do curso, e me despedi das outras meninas, que já iam embora.

-Vai brotar aonde, depois daqui? - Kamila murmurou, se sentando no banco que tinha do lado de fora do curso

-Não sei ainda, acho que pra casa. - falei me sentando do lado dela e ela fez careta - Tô mortinha, juro. Esse sol do Rio de Janeiro vai acabar comigo qualquer dia desses.

-Uma galinha mermo. - falou negando e eu ri - Tô precisando de férias, pra ontem!

-Difícil mona, ainda tem mais de seis messes de curso, só esse ano. - bati na coxa dela, e olhei pra frente, vendo uma moto conhecida virando a esquina, se aproximando

-Ala teu bofe chegando. - falou rindo apontando com a cabeça - Uber particular, gostei.

-Fica quieta, Kamila! - puxei o cabelo dela e ela devolveu, um tapa na minha coxa

A moto estacionou mais a frente, com o Thomas descendo da mesma, tirando o capacete.

-Fala ae, maluca. - fez um toque com a Kamila, que fez careta pra ele - E aí, diaba. - se inclinou, me dando um selinho demorado

-Tá bem? - perguntei colocando a mão no rosto, tampando o sol

-Hm rum, e tu? - falou ajeitando o cabelo, que tava meio bagunçado e deixou o capacete em cima das minhas pernas

-Tô bem. - fiz careta - Vem da loja?

-Vim, tava lá desde cedo, chegou mercadoria nova hoje, maior correria. - falou me olhando

-Ryan tá lá ainda? - Kamila perguntou, olhando pra ele

-Saiu junto comigo, meteu o pé pra casa. - o Thomas murmurou e ela concordou

-Vou indo nessa, depois a gente se fala gostosa. - Kamila falou se levantando, beijando minha bochecha

-Se cuida, maluca. - bati na coxa dela, e a mesma piscou, se afastando

-Me traindo na minha frente, Ana Luísa? - Thomas falou sério, cruzando os braços e eu ri, negando

-Kamila é gostosa e tal, mais não faz meu tipo. - dei de ombros - Ainda por cima, tá enrolada com o Ryan.

-E tu comigo, se passa não, maldita! - bateu na minha cabeça, se sentando do meu lado

-Não fui pedida em namoro, eu hein, se manca bofe. - ajeitei meu cabelo, jogando o mesmo pro lado

-Se manca tu, mandada. Te falei que comigo não tem essas parada não, se quer é assim, tenho nada haver não, vai de tu. Só não vem passar esses bagulho na minha cara, já se envolveu sabendo de como eu sou. - falou já bolado

-Qual foi gatinho? Fica calmo, cara. - olhei pra ele rindo - Não tô passando nada na sua cara não, só fiz um comentário, relaxa.

-Essas parada de pedido, florzinha e os carai, só serve pra te deixar feliz no momento, na hora. E depois? Oque adianta eu te proporcionar tudo isso, e ser um filho da puta contigo na rua? Oque eu tenho pra te oferecer é o meu respeito, abraça se quiser. - falou seco, olhando pra frente

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