Capítulo 132

690 32 60
                                    

||Ana Luísa Sanches Almeida||

21 de março

Joguei meu cabelo pra trás e comecei a passar o batom, finalizando a maquiagem. Coloquei o batom de volta na pentiadeira e peguei o perfume, passando o mesmo em seguida.

-Amor, cadê a bolsa da Júlia? - Thomas apareceu na porta do quarto, já arrumando, com seu lindo terno vinho escuro, quase preto, como era o de todos os padrinhos - Já procurei por todo lugar lá no quarto, não tá.

-Tá no guarda-roupa dela. - falei me virando, analisando ele melhor, gostoso pra caralho

Graças a Deus o pós-parto já acabou, mas tarde aproveito.

-Já olhei lá, e não tá. - falou se encostando na porta

-Já falei que tá lá, Thomas. Se eu for lá e achar, a coisa vai ficar feio pro teu lado. - apontei me levantando, indo pegar minha bolsa no closet

Ouvi os passos se afastando e previ ser ele voltando pro quarto da Júlia. Peguei minha bolsa e coloquei no ombro, saindo do closet e em seguida do quarto, indo em direção ao da Júlia.

Parei na porta já vendo o caos que tinha se formado no quarto. Respirei fundo e entrei, seguindo até o berço. Não ia me estressar, ia colocar ele pra arrumar tudo bem bonitinho amanhã!

Sorri ao ver a Júlia com os olhos abertos me encarando, e em seguida um sorrisinho se formou nos seus lábios pequenos.

Ela tava toda linda, vestida com um vestidinho rodado rosé, sandalinha da mesma cor e uma tiara de flores na cabeça.

Ela era a "daminha de honra" do casamento.

-Tá sorrindo pra sua mãe, minha princesa?! - perguntei afinando a voz e estiquei meu braços, pegando ela, que logo fez charme, chutando os pészinhos

-Achei. - ouvi a voz do Thomas e decidi nem virar pra olhar, continue prestando atenção na Júlia

Segui pra poltrona de amamentação da Júh e me sentei com ela no colo, que logo começou a procurar pelo peito, fuçando o meu vestido.

-Tá com fome já, meu amor. - passei o meu indicador pelo seu nariz, vendo ela fechar os olhinhos com calma, me fazendo sorrir

Dei graças a Deus pelo meu vestido de madrinha ter decote e ser ajustável. Ficavam bem mas acessível pra dar de mamar pra Júlia. Concerteza na festa ela também iria querer mamar, e ficar o tempo inteiro procurando lugar pra amamentar é chato pra caralho.

Mesmo que no final das contas, eu vá procurar um cantinho escondido pra amamentar.

Coloquei meu peito pra fora, vendo ela pegar o bico no mesmo instante, começando a sugar com força.

Sorri e joguei minha cabeça pra trás, fechando os olhos, deixando ela mamar bem relaxada.

-Amo vocês pra caralho, sabia? - ouvi a voz rouca do Thomas e abri os olhos, vendo ele agachado na minha frente

-Sabia. - sorri e estiquei minha mão  em direção da dele, que pegou, entrelaçando nossos dedos - Me desculpa pelos últimos dias, tô tentando pegar mas leve, mas as vezes passo do ponto.

Do Nosso Jeito Onde histórias criam vida. Descubra agora