Capítulo 126

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||Thomas Garcia Campos||

05 de Janeiro

Chegamos no Rio ontem por volta das 21hrs, cada um foi direito pra suas casas. Analu veio o caminho inteiro reclamando de dor, falei pra gente passar no hospital ou chamar a médica dela, mas quem disse que ela quis?

Quis nada. Ficou o tempo inteiro me chamando de neurótico e que a Júlia não iria nascer por agora, que só tinha 7 meses e os caralho...

Só que a garota não pra pensar nas paradas que ela teve bem no início da gravidez. A maluca tá lidando a mas de messes com o bagulho do deslocamento da placenta, mas faz a Katia, como se nada tivesse acontecido.

Resolvi nem bater cabeça, deixei ela na razão dela. Nem queria encher a cabeça dela com nada também, nesses últimos messes a Analu tá bem sensível com tudo. Em relação a corpo também, principalmente naquelas horas...

Pude mais nem me divertir com os peitos dela pô, já tô tendo que dividir a minha exclusividade com a Júlia, antes mesmo da garotona nascer.

Injustiça.

Mas foda-se também, pela minha filha eu tô fazendo de tudo.

Parei carro logo atrás da fileira imensa que tinha em frente a casa da Ayla. Tudo isso só por que os filhos voltaram de viagem, já inventaram de fazer churrasco.

Desci do carro e dei a volta, abrindo a porta do passageiro, ajudando a Analu descer.

-Caralho, a cada dia tá mais difícil de tu descer do carro. - resmunguei vendo ela fazer careta após forçar pra sair do carro

-Tudo isso por que tô carregando a sua filha, babaca. - me encarou puta, se soltando das minhas mãos - Devia me agradecer, não reclamar!

-Eu reclamando contigo? Jamais amor. - fechei a porta e segurei o queixo dela, trazendo ela pra mim, deixando um selinho demorado naquela boca gostosa dela - Vem, vamo entrar.

Segurei na cintura da minha bolota e fui guiando ela até a entrada de casa. Segurei na maçaneta e abri, já pensaram na utilidade pública, deixando a porta aberta.

Daqui que fossem ouvir a campanhia com o barulho do som junto com o falatório do pessoal, a gente ia mofar na entrada.

-Tô morrendo de sede. - Analu resmungou me fazendo revirar os olhos internamente

A única coisa que eu fui nessa gravidez, foi ser escravo dessa mulher. Tô nem reclamando, longe de mim, se não essa maluca inventa porra de greve de sexo aí pronto, tô fudido.

Mas também entendo pra caralho. Acredito que não é fácil ficar o dia todo pra cima e pra baixo, como ela fica já que não escuta ninguém, com esse barrigão enorme.

Não faço mais doque o mínimo, em ajudar ela no máximo que eu puder.

-Como assim pedido de casamento? Eu nem tava presente porra! Que loucura é essa? Minha moral tá muito baixa mesmo. - ouvi o meu pai falando puto, e logo a gente entrou na área da piscina, aonde tava rolando o churrasco

-Para de show André, pelo amor de Deus. - minha mãe disse revirando os olhos - A garota já é crescida, sabe oque quer. Não criei minha filha pra se esconder na barra da saia dos pais. Ela tem todo direito de escolher oque quer da vida, isso interfere em aceitar um pedido de casamento.

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