47: Serena Servindo de Babá

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S E R E N A  F E R R E R

Eu rio mesmo estando quase com falta de ar, olho para trás vendo Steve correndo atrás de mim, e é impressionante como o homem grande e loiro parece não fazer muito esforço enquanto eu estou quase morrendo.

— Ei, olha por onde anda! —Uma mulher grita comigo quando eu acabo esbarrando nela.

— Desculpe! — Eu peço rindo e desvio da multidão nova-iorquina mesmo há essa hora da manhã.

É claro que saímos para correr assim que amanheceu, mas nem por isso Manhattan está menos movimentada.

Enquanto corro, uso minha magia para ter uma eco-localização de todo o meu redor, e vejo um caminho cortando a rua para a próxima.

Eu olho para trás e acelero para despistar meu namorado, rio sozinha quando na esquina da viela, eu dobro me escondendo rapidamente atrás de uma grande caçamba de lixo comunitária. Eu me encosto na parede para retomar meu fôlego e olho o relógio que conta nossos passos e os kilômetros que corremos, antes de levantar devagar e olhar por trás da lata as pessoas passando, e Steve passar bem rápido. Eu gargalho vendo que o despistei mesmo.

— Ei Capitão, se perdeu? — Falo no ponto do comunicador.

Eu ando pela viela rindo e balançando relaxadamente meus braços e pernas para fazer meu sangue circular.

"— Não me diz que usou magia para ir mais rápido que eu, assim não vale." A voz de Steve ressoa no meu ouvido e me faz rir.

— Você que disse que estava me deixando ir mais rápido, não culpe a minha magia. — Provoco.

"— Você não está correndo, está?" — Steve mais afirma que pergunta. "— Está muito calmo e silencioso para quem está movimento."

Eu sorrio olhando para a cima para a parede de tijolos vermelhos que é o fundo do prédio do outro lado da rua. Então estendo minhas mãos vendo o brilho azul se espalhar por meus dedos.

— À sua frente, Capitão. — Aviso sorrindo e sabendo com meus poderes de eco-localização onde meu namorado está.

Tomo um impulso e vôo em direção ao céu, passando por cima do prédio na minha frente. Eu pouso em cima deste prédio com habilidade, desfilo pelo teto até a fachada na outra avenida e subo no parapeito de onde vejo o homem grande com shorts de corrida pretos e uma camisa de um azul acinzentado muito justa ao seu corpo, com um boné azul cobrindo aqueles cabelos loiros que todos conhecem.

Eu sorrio e pulo da ponta do prédio que estou com um rodopio no ar que aprendi com o próprio, minha magia fazendo o trabalho de amortecer meu pouso mágico e azulado na sua frente, fazendo o Capitão parar de supetão, e eu levanto minha cabeça jogando meus cabelos para trás.

— Que susto, garota, eu poderia ter passado por cima de você. — Steve ri enquanto mira o topo do prédio que eu pulei. — Sabia que estava trapaceando. — Meu namorado me acusa com um olhar cerrado.

— Não é trapaça, é praticidade. E nem vem, eu corri cinco kilômetros! —Aponto e o loiro ri se aproximando de mim.

Steve se apossa de minha cintura me puxando para si, e eu solto risinhos erguendo meu queixo para meu namorado. Céus, ele é tão bonito.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora