95: A Festa, Parte II

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S E R E N A F E R R E R

— Bolo?

Chego em uma pequena mesa alta que Loki está acompanhado de Thor e o moreno arrasta um prato com fatias na minha direção.

— Já estão comendo do meu bolo sem mim? — Falo indignada.

— Estava ocupada com um certo convidado. — Thor comenta irônico.

Eu olho para o loiro e estranho como ele e Loki se entreolham meio cúmplices e sorriem de canto.

— Vai começar a zoação? — Rebato semicerrando meus olhos e os irmãos se rendem.

— Ninguém tá zoando ninguém. Viemos aqui para outra coisa. — Thor fala.

Eu assinto e Thor olha para o irmão que recostado na mesa, plana a mão direita sobre ela e desliza personificando uma caixa com magia entre nós.

Uma caixa de madeira com entalhes de arabescos por toda ela. E alguns inscritos em cima que parecem letras estranhas.

— É dialeto asgardiano. — Loki explica. — Está escrito feliz aniversário.

Eu sorrio e olho para os dois irmãos com carinho. Thor e Loki sorriem e indicam que eu abra.

Assim eu faço, deslizando levemente meus dedos pela caixa bonita, mas logo encaixo na aba para abrir e puxo para cima, revelando as duas peças de dentro que eu franzo o cenho confusa e quase incrédula.

Eu olho para Loki quase acusatória.

— Adagas? Sério? — Eu falo não descontente com o presente, mas achando irônico.

Irônico o fato do deus da mentira aqui ser o rei das adagas e o fato de uma ter quase me matado recentemente.

— Não leva pro lado pessoal, elas são armas magníficas e com utilidade especial. — Thor fala tirando uma da caixa.

Elas são de tamanho médio, de metal prateado límpido e bem polido, com os cabos com desenhos que devem ser asgardianos também.

As duas são muito bonitas e gêmeas.

Eu pego as duas em cada uma de minhas mãos e movimento devagar como o treino de facas que já tive com Bucky. Brinco com elas por entre meus dedos, girando por meus pulsos e trocando de mão. Thor e Loki riem apreciando minhas habilidades.

— Confesso que estou com inveja. — Loki fala bebericando seu copo.

— Não sei de quê? Você conjura as suas, não precisa carregar com você.

— É, mas eu não controlo raios com elas. — Ele sorri rebatendo e eu paraliso.

— O quê? — Solto e me volto para Thor.

O loiro dá de ombros sorrindo e eu nego.

— Mentira que elas fazem isso.

— Eu pensei em te dar uma arma que casasse com os seus poderes. Você pode controlar as forças da natureza e invoca trovões tão bem quanto eu, diga-se de passagem — Cerro meus olhos com a provocação e Thor sorri. — E eu pensei, que poderia usar os raios que invoca como eu com meu martelo, como arma ao seu favor. É só invocar os raios e trovões que eles se fundirão às suas adagas e poderá queimar e eletrocutar seus inimigos com ela.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora