60: Um Erro

1.3K 146 72
                                    

S T E V E R O G E R S

Eu deslizo o dedo pelo mouse do notebook e a ação responde de imediato na tela projetada no ar com tecnologia para nós na sala de reuniões do complexo.

Sam coça a barba levemente e assente enquanto avalia a situação.

— Okay cara, mas a questão é que perseguir uns caras que queriam a Serena parece uma missão bem barra pesada. Se estivermos chutando certo em alvos como Hydra ou coisa parecida, a gente tem que tomar cuidado. — Um de meus melhores amigos fala me olhando.

— Eu sei. — Murmuro olhando meio impaciente para o painel de análise do ataque contra nós ontem.

— Acho que por enquanto estamos seguros aqui, e podemos deixar para tratar disso depois do feriado. Estamos todos reunidos como quase nunca, é o primeiro ação de graças da Serena, vocês tem muito a agradecer hoje. — Sam me aponta e sorrio olhando desconcertado para baixo.

Sim, eu tenho.

— Obrigado, Sam. Eu não me sinto leve e feliz assim tem muito tempo.

— Aproveita, Capitão. Agora vamos, eu não vou aguentar esperar até o jantar, preciso comer alguma coisa.

— Eu vou ver se a Serena ainda tá no quarto, já tem horas. Nos vemos mais tarde.

Sam sai da sala primeiro enquanto eu fecho o sistema do complexo, desligo tudo e saio andando pelo andar térreo, até subir a escadaria para o andar dos quartos.

Sigo para a minha suíte que antes parecia grande e luxuosa demais só para mim, mas que agora parece perfeitamente adequada para mim e Serena.

Abro a porta e está tudo apagado, a luz mais amena da tarde banhando o quarto me faz acender as luzes e estranho ver tudo calmo. A cama desarrumada parece do mesmo jeito que pela manhã, a bolsa de Serena está sobre uma poltrona e não parece mexida, nem ouço movimentos de nada.

— Serena? — Chamo.

Nenhuma resposta volta e me dirijo para abrir a porta do banheiro, vendo tudo vazio também. Nada úmido nem molhado de banho, as toalhas secas, fecho e passo pelo closet que também está vazio.

Serena não está no quarto tem tempo.

Eu volto para a saída e pego meu celular vendo as horas. As meninas já foram se arrumar à essa hora, então talvez minha namorada esteja com elas.

Atravesso a parte varandada do corredor da escadaria para o outro lado do prédio, no corredor dos quartos de meus outros companheiros de trabalho e bato na porta de Romanoff.

Natasha abre e estranha me ver.

— Steve, o que foi? — A ruiva seca seus fios avermelhados com uma toalha.

— A Serena está aí?

— Não, não a vejo desde a manhã. Por quê?

— Ela não tá no quarto, mas tudo bem, ela deve estar com alguém. — Dou de ombros.

— Fala com a Wanda, talvez elas estejam juntas. Ou com Stark e a Pepper.

Eu penso e esse único lapso de dúvida já faz a espiã russa erguer a sobrancelha para mim, mas eu nego simples.

— Okay, valeu.

— Avisa se precisar de alguma coisa. — Natasha enfatiza com aquela preocupação de quem se importa.

— Pode deixar.

Eu saio de volta no corredor e procuro o número de Wanda no telefone. Ligo e volto para a entrada das escadas, onde olho para o hall do térreo daqui de cima. As vidraças do chão ao teto mostram o lado de fora e nada de incomum acontece.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora