S E R E N A F E R R E R
Bip!
Bip!
Bip!
Que som irritante.
Resmungo, me remexo e estou muito desconfortável. Abro meus olhos e com muito azar preciso fechar e piscar debilmente, pelas luzes.
O que tá...
O som não para. Viro minha cabeça na superfície macia, sei que estou em uma cama e com um travesseiro. Eu pisco e consigo situar minha visão embaçada, foco no meu redor e vejo as paredes claras, com um banco vazio ao meu lado e foco mais para cima para ver o aparelho com uma tela preta com dados e uma linha verde ondulando no mesmo ritmo que o som que ressoa marca. Está contando os batimentos cardíacos, os meus batimentos.
Eu estou em um hospital. O que aconteceu?
Agora eu me volto meio assustada e sinto minha respiração aumentar, assim como meus batimentos marcados e tento pensar.
Eu, eu...
Minha mãe estava... minha mãe estava fazendo o ritual da profecia, ela estava me tirando do meu próprio corpo. Eu estou aqui?
Eu ainda permaneço deitada. Uns fios estão conectados ao meu corpo e vejo que meu braço também está ligado a outro negócio que tem um saquinho de um líquido transparente caindo em gotas, e parece vir direto para minha veia. Mas eu me remexo e nisso noto as palmas de minhas mãos, as duas enfaixadas e se eu tentar fechar eu sinto uma dor de um ferimento em minhas palmas. São do ritual?
Onde eles estão?
Eu olho ao redor tentando ver alguém pela janela, e ainda bem que no mesmo instante vejo uma sombra passar pelas persianas fechadas, e uma figura entra me dando um alívio momentâneo, uma enfermeira.
— Oh, você acordou. Você me assustou, seus batimentos dispararam.
— O que está acontecendo, quanto tempo eu estou aqui? — Pergunto fraco e por um momento me estranho.
As últimas lembranças que tenho eu não tinha mais o controle do meu próprio corpo, falava dentro da minha própria cabeça e agora volto a sentir minha voz sair pela minha boca. Isso é reconfortante.
Onde ela está? De alguma forma eu sinto paz.
— Pode relaxar senhorita Ferrer, tudo vai ser explicado no momento certo. — A enfermeira fala e vem até mim puxando com cuidado o lençol que me cobre.
Eu estranho e arregalo os olhos quando ela revela um ferimento em mim, no alto de minha barriga. Eu não estava me sentindo? Quando isso aconteceu?!
— Você sente dor? — Ela toca pressionando levemente e eu sinto, concordando. — Vamos trocar o seu curativo e está quase na hora dos seus remédios, eles estavam sendo intravenosos enquanto você não despertava.
— Despertava? — Estranho assustada. — Quanto tempo eu estava dormindo?
— Tem cinco dias. — Ela me olha e sorri cerrando os olhos. — Vou fazer algumas perguntas de procedimento padrão, okay? Apenas responda mesmo que seja óbvio. Qual seu nome?
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Serena: A Nova Bruxa dos Vingadores
FanfictionEm uma missão de reconhecimento local, os Vingadores acabam achando uma tumba nas profundezas do Iraque, uma catacumba escondendo um tesouro. Uma mulher, presa em sono profundo por milênios. Agora, em posse de uma relíquia e segredo global, nossos...