86: Julgamento

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B U C K Y B A R N E S

— Parabéns sargento, é o seu dia de sorte!

Eu pulo de minha cama de concreto com a surpresa de Everett e General Ross irrompendo minha cela.

— Olha quem voltou, achei que já estava cumprindo minha sentença que eu nem sei qual é. — Me sento e aproveito para esticar a coluna.

Não que eu não esteja acostumado a dormir no chão ou em superfícies duras, eu até gosto. É aquela coisa da vida de soldado.

— Sentença, né? — Ross fala e vejo que Everett carrega um envelope.

Eu olho para eles me colocando de pé.

— Vocês Vingadores tem muita sorte sabia? Tem contatos, acessos, mas acima de tudo... vocês são heróis. E isso acaba livrando vocês de umas boas furadas. — Ross fala.

Eu cerro meus olhos e Ross olha para Everett, lançando a ordem para que o agente tire o papel que ele trás no envelope e saca uma caneta do bolso do terno colocando na mesa em nossas frentes.

— O que é isso? — Pergunto.

— Seu perdão. — Everett responde e sorri levemente.

Eu pisco e corro meus olhos entre os dois tentando ver se não é piada.

— Como assim? — Me aproximo devagar e quando chego na mesa leio em letras maiores no cabeçalho o título de acordo de perdão nacional.

Mentira.

— O conselho de segurança nacional deliberou sobre o seu caso e com as provas e depoimentos de todos os envolvidos, incluindo o da bruxa, eles entraram em consenso que não há provas que contestem que você agiu como Soldado Invernal sob a influência de magia, sem consciência. O que te torna inocente.

Inocente.

Eu entreabro meus lábios soltando um suspiro aliviado, fecho meus olhos por um segundo apreciando a decisão e consigo sorrir.

Eu vou poder sair daqui!

— Seu perdão está sendo renovado com novas cláusulas que incluem os casos de ativação por magia, e os eventos atuais no seu histórico. Ou seja, você não para de dar trabalho, e eu espero que isso pare. — General Ross reclama.

— Eu também. — Provoco e ele revira os olhos.

— Assina e põe sua digital. — Ele indica.

Eu assinto e enquanto pego a caneta para assinar meu perdão, Everett pôs a almofada de tinta de carimbo para mim. Eu assino meu nome sentindo esperança depois de um tempo, esperança que as coisas voltem ao normal. Eu limpo meu dedo polegar de minha mão direita comum e passo na tinta, antes de carimbar em cima do espaço no papel.

Eu termino e olho para eles que assentem.

— Lá fora os guardas vão te guiar até o departamento de provas onde vai poder pegar seus pertences e pode sair. — Everett fala enquanto general Ross já se direciona para sair.

— Bem vindo de volta, sargento Barnes. — Ross fala nos deixando.

Eu acompanho Everett para sair e paro do lado de for. Respiro fundo podendo estar em um espaço diferente depois de tantos dias entre essa cela e a sala de interrogatório.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora