85: Prisioneira

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S E R E N A F E R R E R

Ser uma prisioneira é uma sensação que deveria ser familiar, mas não é desse jeito que me sinto.

O baque do transporte me atinge e eu resmungo, porque isso mexe em minhas malditas braçadeiras desconfortáveis. Uma semana e meia se passou desde que eu despertei e que o governo bateu no hospital me prendendo nessas coisas, não era ruim nos primeiros dois dias, mas agora está insuportável.

Agora, com o aval do hospital, eu estou finamente sendo transferida para o centro de contenção onde vou cumprir o que preciso fazer no meu caso judicial. Presa, minhas braçadeiras que eles acham que me impedem de fazer magia mantendo meus dedos abertos e punhos imobilizados conseguem se unir formando uma algema gigante na minha frente, e agora meus braços estão unidos na frente de meu corpo enquanto eu sou levada dentro de um carro-forte com vários guardas armados comigo.

Eles devem me considerar muito perigosa mesmo para tudo isso. Eu só preciso colaborar para isso acabar logo.

Depois de um tempo eu vejo pelas janelas que entramos em algum lugar e o carro para. As portas se abrem e os guardas saem, com dois me guiando para que eu saia. Minhas pernas doem um pouco por ter passado tanto tempo na cama do hospital, mas eu ergo minha cabeça surpresa pelo espaço ser tão grande e sério, cheios de carros da polícia, das equipes especiais e vários guardas andando de um lado pro outro.

Eu sou puxada por dois guardas que seguram cada braço meu e ando me afastando do carro, eu ouço sons e olho para o lado onde vejo um carro que saiu Steve, Nat, Tony e um homem negro que apareceu no hospital em outro dia, o Rhodes. Eles andam rápido até mim mas os guardas me arrastam mais rápido ainda.

Mais a frente eu vejo o General Ross, o agente Everett que foi me ver outro dia no hospital como chefe das forças especiais e uma agente que se chama Sharon Carter, ela está acompanhando meu caso.

— Bem vinda, Serena. Esse é seu novo lar durante todo o seu processo. — General Ross fala com seu humor ácido, eu sorrio irônica.

— É aqui que o Bucky está também? — Confirmo e vejo os Vingadores se juntarem a nós.

Eles me contaram mas eu quero ver a reação deles.

— Tudo no seu tempo. — General Ross fala e ele acena para alguém.

Eu viro para o lado mas paraliso quando sinto uma pontada em meu pescoço e olho para onde uma mão de um guarda segura uma seringa enfiada em mim. Eu arregalo meus olhos e foco em todos, Steve e Tony fuzilam o General Ross, antes de eu piscar debilmente e trinco meu maxilar olhando para o general.

— Eu não gosto de você. — Balbucio sentindo falta do tato de minha boca.

Perco a força em minhas pernas e de repente tudo escurece.

[...]

— Acorda!

Faço uma careta e tento respirar fundo, mas sinto minha boca seca e eu pisco tentando acostumar meus olhos a luz.

Onde eu tô?

Me situo olhando ao meu redor, mas na hora que tento me mexer eu paraliso, meu corpo não sai do lugar. Eu franzo o cenho e olho para como estou, sentada em uma cadeira, com as malditas braçadeiras de vibranium ainda em meus pulsos, mas agora elas acompanham umas braçadeiras acopladas da cadeira que estão me segurando com um braço de cada lado e eu agora ergo meus olhos vendo que estou dentro de uma caixa de vidro pequena.

Serena: A Nova Bruxa dos VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora