131 - Apaixonada por você

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POV Hannah Alter


Minha boca se abriu um pouco, mas sem emitir nenhum som, no momento em que ela leva os dedos à boca. Essa cena fez meu corpo arrepiar e eu nem sequer piscava enquanto observava atentamente a cara que fazia e aposto que ela não sabia como deixava aquilo tão excitante. Engulo em seco e solto o ar que estava prendendo quando ela me olha. Ao ser puxada pelo pulso por ela eu já não tinha mais nenhuma condição de resistir e ela deve ter percebido isso pelos meus olhos, que agora não carregavam nenhuma provocação, apenas a vontade de ser dela. E seria, se não fosse por Tina que avisou que abririam a porta. Encosto minha testa na dela, com pesar, e nos separo mordendo o lábio no momento em que deixamos de estar sozinhas.

*Tina*: Ainda bem que estão vestidas!

*Eva*: Acho que 10 minutos foi pouco tempo.

*Tina*: Seria tempo de sobra se uma delas fosse homem...

Elas riram juntas e o único motivo que não me fez reclamar daquela baixaria foi o fato de concordar plenamente com o que disse, apenas dou de ombros enquanto seguro a mão de Mirelly e a puxo para fora do closet, ainda meio tonta, pelo álcool e pelo tesão.

Eu até tentei sentar ali e continuar o jogo normalmente, mas era difícil manter essa disposição ou qualquer tipo de concentração quando Mirelly estava ali do meu lado inconscientemente me fazendo pensar tanta coisa obscena.

— Chega de jogo né, vocês não tem nenhum filme boiolinha que queiram assistir não?

Elas reclamaram de início, mas acabaram gostando da ideia, dando início a uma discussão sobre qual filme escolher, quando as opções eram óbvias e o escolhido mais ainda: Para todos os garotos que já amei. Reviro os olhos quando Mirelly também aprova a escolha. Eu não teria sugerido um filme se tivesse qualquer intenção de ficar ali para assistir, de maneira alguma eu faria isso. Quando apagam as luzes e o filme começa, mesmo sem ninguém calar a boca ou pararem a bagunça que faziam, eu já revirava tanto os olhos que faltava pouco pra que virassem ao contrário.

— Eu vou fazer pipoca pra vocês... — Elas comemoraram enquanto me levanto e estendo a mão pra Mirelly — Vem comigo?

Ela rapidamente pega minha mão e eu a levanto sem dificuldade com uma só puxada de mão. Saímos tentando não pisar em ninguém, o que foi mais difícil pra mim, que não enxergava quase nada ali e não tinha total equilíbrio do meu próprio corpo. Por sorte, Mirelly segurou em minha cintura na tentativa de me guiar e evitar que eu caísse.

Fomos para a cozinha de mãos dadas e paro por uns segundos, perdida na minha própria casa, pensando onde ficavam guardadas as pipocas. Mirelly parece se divertir com minha confusão e me diz para tentar no armário. Procuro um por um até que finalmente encontro, colocando o saco no microondas e ligando o timer. Vou em direção a ela enquanto aguardávamos, parando na sua frente, e coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha enquanto a olhava, mas não diretamente em seus olhos. Me chama a atenção no momento em que morde o lábio, me atraindo, e levo meu polegar até seu queixo, puxando para baixo fazendo com que parasse a mordida, pude ver perfeitamente a marquinha que ficou e desapareceu logo em seguida.

— Eu tô apaixonada por você — As palavras simplesmente saem sem que nem eu mesma perceba o significado delas, só pensava no quanto ela estava linda e no quanto meu corpo estava pedindo por ela.

Minha boca encosta na sua quando ela a abriu, na tentativa de falar algo, mas meu beijo a impediu. Comecei com um selinho, enquanto nossos olhos ainda se mantiveram abertos. Outro selinho, enquanto colava meu corpo no dela. Pude enxergar a imensidão dos azuis que brilhavam me olhando enquanto mordi seu lábio antes de segurar em sua nuca e ceder um beijo intenso e apaixonado. Suas mãos pareciam não saber onde preferiam ficar quando percorreram metade do meu corpo, me puxando para ela e nos separamos no momento em que o timer do microondas nos interrompe.

Ainda não tínhamos recuperado o fôlego quando eu ignoro completamente a pipoca e puxo Mirelly pela mão, subindo as escadas e a levo para o quarto dos meus pais, trancando a porta atrás de nós. Ela não me interrompeu em nenhum momento, nem disse nada, apenas compartilhava da mesma vontade que eu, seus olhos sobre mim deixavam isso claro.

Ela estava virada para mim e de costas para a cama quando eu ando até ela e minha mão em sua barriga a empurrava, bem devagar, fazendo com que desse passos para trás, sem desviar o olhar de mim. Quando suas pernas encostam na cama, eu a empurro gentilmente uma última vez para que se sentasse na ponta, ficando em pé na frente dela. Viro de costas e me aproximo mais ainda, o que fez suas mãos me segurassem pelo quadril. O ritmo que ela me acariciava com força, até a bunda, me fazia quase dançar para ela, mesmo sem musica alguma, enquanto me mexia devagar na sua frente. Tiro minha blusa, ainda de costas, deixando nua toda a parte de cima do corpo, na ausência de um sutiã. Jogo a cabeça para trás ao sentir suas unhas subindo com força por minhas costas e mordo o lábio com um sorriso safado e satisfeito quando ela puxa meu cabelo, me fazendo cair sentada em seu colo. Suas mãos passavam por baixo dos meus braços para alcançar meus peitos e dou um gemido quando ela os aperta com força. Sinto sua mão descer até meu short de novo e, dessa vez, não a impediria.

Don't call me angel - Harelly Pt. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora