POV Hannah Alter
Ela estava certa. Quanto mais a sentia, mais molhada ficava. Se tentei provocá-la até agora só para deixá-la com mais vontade, o efeito foi o contrário, porque quem estava passando vontade era eu.
— É o efeito que você tem no meu corpo...
Não sei dizer se foi o toque dos seus dedos por dentro da minha calcinha ou sua mão puxando meu cabelo, mas precisei agarrar com força o lençol quando não consegui mais conter os gemidos. Eu já estava prestes a ir contra tudo o que eu era e implorar para que ela me fodesse, mas ela para e me solta, o que não me agradou nada. Me levanto e a encaro, emburrada, mas não tive nem tempo de reclamar, ela se levanta em seguida e me deita na cama, ficando na minha frente. Observo atentamente enquanto ela tira a blusa e, quando se deita sobre mim, minhas mãos vão direto até suas costas, apertando meus dedos em sua pele com força enquanto me beijava, mas ela rapidamente me privou disso.
Ela coloca minhas mãos acima da minha cabeça e segura as duas. Me contorço devagar embaixo dela enquanto morde o meu lábio. Eu queria tocá-la. Tento forçar os pulsos para me soltar quando sinto seu joelho entre minhas pernas, mas ela os segura com firmeza. Agarro o lençol novamente, inclinando a cabeça para cima, com sua boca em meu peito, me arrepiando, já estava enlouquecendo.
Sua cabeça foi descendo quando ela finalmente soltou minhas mãos, ainda assim, só consegui soltar o lençol quando precisei me apoiar nos cotovelos para olhar pra ela depois que tira minha calcinha e leva o dedo da minha buceta até a boca.
— Vai me matar de tesão fazendo isso... — Mordo o lábio, ofegante, quando sinto seu rosto se aproximar.
A essa altura, eu não me importava mais nem um pouco em parecer ativa, tudo o que eu queria era sentir sua boca em mim. Abro mais as pernas quando seus braços entram por baixo delas e eu já estava gemendo antes mesmo que sua língua encostasse em mim, mas quando eu a senti, pareceu que eu derreteria naquela cama, em sua boca.
Minha mão agarra seu cabelo, puxando sua cabeça ainda mais contra mim, gemendo seu nome bem alto. Seus olhos encontraram os meus e aquilo foi o suficiente para me fazer perder as forças e o apoio do braço, ficando completamente deitada. No momento em que sinto seus dedos entrando em mim, eu gemia tão alto que, se não fosse o barulho do filme no outro quarto, todas conseguiriam me ouvir. Simplesmente não conseguia mais controlar. Não haviam se passado nem 5 minutos e eu já estava me segurando para não gozar.
Puxo seu cabelo para que ela parasse e voltasse para cima de mim, o que fez, sem retirar os dedos da minha buceta, e me beijou intensamente fazendo com que eu sentisse meu próprio gosto. Ela metia com mais força enquanto eu gemia em sua boca, arranhando suas costas. Giro meu corpo junto com o seu, forçando a tirar seus dedos quando fico em cima dela.
— Você me faz querer gozar muito rápido — Mordo o lábio sentada em seu colo enquanto suas mãos apertavam minhas coxas com força — Mas eu quero te chupar também.
Me inclino para beijá-la rapidamente antes de tirar sua calça junto com sua calcinha e ir para trás de sua cabeça, virada para ela, que levantava os olhos para trás para me olhar, já sabendo o que eu faria. Ela agarra minha bunda e me puxa para frente, antecipando meus movimentos, e abro as pernas ao lado de sua cabeça, sentando em sua boca, que voltou a me fazer gemer enquanto me chupava com vontade.
Rebolo na sua língua aproveitando aquela sensação mais um pouco e desço com as mãos por sua barriga até chegarem no seu quadril, me inclinando em cima dela, levantando um pouco seu corpo até minha boca alcançar sua buceta. Pude sentir sua respiração na minha quando me apertou mais forte e se contorceu embaixo de mim quando minha língua foi de cima até embaixo e depois voltou para chupar seu clitóris.
Ela alternava entre gemidos e lambidas enquanto eu fazia o mesmo. Solto uma mão e coloco dois dedos dentro dela, que teve ainda mais dificuldade para continuar o que estava fazendo enquanto gemia abafado em minha buceta. Rebolavamos uma para a outra no mesmo ritmo em um 69, chupá-la era tão bom quanto ser chupada por ela.
Já estava quase gozando novamente quando saí de cima dela para evitar que acabasse ali. Eu não conseguiria satisfazer minha vontade dela tão fácil assim. Sento de novo em seu colo e, dessa vez, ela também se senta, me segurando pelas costas e nos beijamos ofegantes. Aquilo estava tão gostoso, nós duas completamente nuas, nossos corpos grudados, o resto do mundo não parecia mais existir. Sua boca descia pelo meu pescoço até meus peitos enquanto eu agarrava seu cabelo e a fazia olhar para mim apenas para beijá-la de novo. Seus dedos voltaram a entrar em mim enquanto eu rebolava mais em seu colo até me sentar na cama, passando uma das pernas por baixo da dela, ficando entrelaçadas, e pude colocar meus dedos dentro dela também.
Fizemos os mesmos movimentos enquanto olhávamos uma para a outra, com as testas coladas. Nossos gemidos, nossa respiração, a velocidade das estocadas compartilhavam do mesmo ritmo quando seguro em sua nuca e ela agarra meu pescoço, apertando com força, mantendo nossos olhos se encarando sem parar quando gozamos ao mesmo tempo. Senti meus olhos revirarem quando perdi a respiração com a força com que seus dedos me enforcavam ao atingir meu ápice junto com ela.
Quando terminamos, ficamos abraçadas ainda naquela posição, apoiando nossos rostos nos ombros uma da outra. Até nosso suor era compartilhado e eu não lembro de já ter sentido algo tão agradável antes quanto o calor do seu corpo no meu. Foder com ela era simplesmente sensacional.
— Eu tô mesmo apaixonada por você — Reafirmo, sem ar, enquanto sua boca acha a minha e nos beijamos, cansadas.
Ficamos alguns minutos sem conseguir fazer qualquer outro movimento até que ouvimos os gritos das meninas vindo do meu quarto perguntando pela pipoca.
— Nosso timing é perfeito. — Falo rindo com a boca na dela — Eu não queria sair daqui, mas é melhor irmos.
Ela concorda com ambas as falas e nos levantamos, catando nossas roupas pelo chão e pela cama, e nos vestimos. Nessa hora, tudo o que eu queria era tomar um banho com ela, mas seria muito óbvio e as meninas não nos deixariam em paz por causa disso. Fomos apenas ao banheiro lavar nossos rostos e descemos de mãos dadas para buscar a pipoca, que já estava fria e murcha, mas não era problema meu. Quando voltamos ao quarto, tentamos disfarçar, ignorando as provocações.
*Tina*: Que demora foi essa? Foram no shopping comprar a pipoca do cinema?
*Eva*: Eca, essa pipoca tá velha, o que vocês tavam fazendo?
Mirelly tenta dar uma desculpa, dizendo que eu estava muito bêbada e não conseguia achar a pipoca e que ficou me dando água pro efeito do álcool passar. O que me faz olhar para ela como quem diz "água do seu corpo né".
— Come e não enche o saco.
Me sento com as costas na parede e Mirelly fica na minha frente, deitada encostada em mim. O filme já devia estar quase terminando, eu não saberia dizer pois não demorou nem 5 minutos até pegar no sono, estava exausta. Não vi quando o filme acabou ou o que fizeram depois, nem mesmo o momento em que Mirelly me deitou direito, me cobrindo, ou quando se deitou junto comigo e todas dormiram.
(...)
Fui a primeira a acordar no dia seguinte, ainda estava começando a amanhecer. Olho para Mirelly, que dormia tranquilamente, e dou um sorriso, antes de beijar sua têmpora e me levantar. As outras estavam dormindo espalhadas pelos colchões no chão e tive que cuidar de novo para não pisar em nenhuma delas.
Pego uma roupa no closet e vou direto para o banheiro tomar um banho, mas quando me olho no espelho, meu queixo quase vai ao chão. Eu estava toda rabiscada de batom. As assinaturas delas indicavam que nenhuma perdeu a oportunidade de me fazer passar por isso.
Filhas da puta!_
Eu deveria saber o que acontecia com a primeira pessoa a dormir em ocasiões como essa. Eu mesma já havia feito muito isso, até coisas piores. Entro no chuveiro e preciso me esfregar por longos minutos para tirar completamente a marca de batom que, depois de começar a sair, me deixou toda vermelha, mas, mais uma vez, também senti a ardência que vinha das marcas das unhas de Mirelly. Que aquilo virasse rotina.
Após me vestir, entro cuidadosamente no quarto e começo a catar o que podia das sujeiras que deixaram espalhadas pelo chão. Vou até a cozinha e preparo o café da manhã, arrumando a mesa. Deixo tudo pronto enquanto elas ainda dormiam e vou para a área da piscina me sentar na espreguiçadeira enquanto o sol começava a aparecer no céu. Com uma xícara de café bem forte na mão, penso no quanto aquele momento pedia um cigarro, mas minha mais nova namorada não gostava disso e eu não seria maluca de escolher fumar ao invés de continuar com ela. Era bom já ir acostumando com isso.
Coloco uma música para tocar no celular e tento curar a ressaca com o café. Cerca de 20 minutos depois, começo a ouvir os barulhos que vinham de dentro de casa, indicando que o galinheiro acordou. Vou para dentro e encontro Mirelly na cozinha, junto com as outras. Dou um abraço forte, segurando em sua cintura enquanto ela quase se pendura em meu pescoço, retribuindo o abraço.
— Bom dia, princesinha. — Dou um selinho — Acho melhor você ir tomar banho logo porque se esperar pra ir depois delas, vai acabar atrasando para escola. Ou... Você pode ficar aqui comigo o dia todo.
O biquinho que eu fiz não serviu para nada além de ganhar uma mordida, mas não me custava mesmo nada tentar.
Não tivemos um segundo a sós pelo resto da manhã. Eva não deixou Mirelly em paz enquanto elas se arrumavam para a escola. Felizmente, eu já estava pronta, então pude me jogar no sofá e tirar mais um cochilo enquanto aguardava as modelos se produzirem.
Quando terminaram, precisei pegar a van novamente para conseguir levar todas para a escola. Deixei as mais novas no prédio delas primeiro e segui com Mirelly e Tina para o nosso. Na aula, eu não me sentava mais na última cadeira. Agora sentava atrás de Mirelly e ao lado de Tina, apenas precisei ameaçar uma menina para que cedesse a cadeira para mim. Durante o intervalo, também não ficava mais sozinha. Pela primeira vez em quase 2 anos eu estava socializando na escola. Nós ríamos e conversávamos. Após a noite anterior, eu já estava mais acostumada com Tina, diria que não faltava mais nada para sermos amigas também. As pessoas nos olhavam curiosas sem saber quando foi que a psicopata da escola foi incluída num grupo, mas nenhuma das duas se importava com isso.
No fim da aula, por um milagre, Mirelly me liberou da monitoria apenas por, suas palavras, ter que levar as meninas de volta para suas casas. Levo todas, incluindo Tina, deixando Mirelly por último. Preferia que tivessemos ficado sozinhas, mas Eva estava sentada no banco atrás da gente. Entramos na sua rua e paro o carro na frente da sua casa. Não pude me despedir de maneira apropriada pois Eva pulou para o banco da frente para abraçá-la.
*Eva*: Amei te conhecer, cunhada! Vai lá em casa sempre, tá? Tô muito feliz pela Hannah ter te conhecido. Me segue no insta.
— Tá, chega! — Ela já estava quase sufocada quando empurro minha irmã de volta para trás.
Ela segura meu rosto e checamos a rua para ver se ninguém estava olhando e nos beijamos com um selinho demorado e já carregado de saudade.
— Te mando mensagem daqui a pouco, tá?
Ela afirma com a cabeça e sai do carro, dando um tchauzinho para nós duas da calçada e aguardo que entre em casa para ir embora.
*Eva*: Vocês foram transar ontem na hora da pipoca né?
— Porra, você não tem jeito né?
*Eva*: Preferia que eu falasse na frente dela? Na frente das outras?
— Você não é maluca.
*Eva*: Olha que eu sou.
Dou partida no carro e vou embora enquanto Eva pula para o banco da frente e senta ao meu lado.
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Don't call me angel - Harelly Pt. 1
FanfictionClichezinho lésbico bem boiolinha 💜 Dasha Taran como Hannah Duda Reis como Mirelly *Em formato de ações de RPG* (Um dia edito) TEM CONTINUAÇÃO NO PERFIL!!!