161 - Não me tortura mais

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POV Hannah Alter


Seu sorriso ao pegar minha calcinha foi, de certa forma, um alívio. Mas eu sabia, no fundo, que não era simples felicidade. Seu sorriso estava cheio de promessas do que estava por vir e, aquilo sim, era uma aflição. De qualquer forma, eu a deixaria fazer o que quisesse comigo, contanto que não me deixasse sozinha sem acabar, como de manhã.

Eu a encaro, curiosa, quando me diz para onde estávamos indo. Não me atrevi nem mesmo a questionar sobre o que significava "especial" para ela, pra um momento como aquele... Apenas encosto a cabeça no banco e fico imaginando diversas opções de destino. Cada curva que o carro fazia, eu me agarrava à porta como se minha vida dependesse daquilo, mas não demorou muito até que eu a olhasse, surpresa por suas habilidades ao volante. Não é que ela sabia mesmo dirigir? E fazia isso com ainda mais responsabilidade que eu, respeitando semáforos e limites de velocidade. Eu já deveria esperar, minha garota sabe fazer tudo. Eu a olho, satisfeita por isso, mas ao ver o caminho por onde nos levava senti um arrepio subindo por minhas costas. Entramos numa espécie de trilha, no meio das árvores, e estava completamente escuro, se não pelo farol do carro. Aquilo me lembrou o caminho que fiz com John, antes de quebrar a cara dele. Mas se eu fui a um lugar assim para fazer isso, qual seria a intenção de Mirelly? Engulo em seco enquanto a olho novamente e sinto meu coração acelerar. Ela tinha em seu rosto o olhar fixo e uma expressão um tanto quanto maléfica, preciso cruzar as minhas pernas com força diante da tamanha tensão que ela me causava quando ficava assim.

Não demorou muito até chegarmos em frente a uma pequena casinha de madeira e minha curiosidade para saber o que tinha de especial ali pra ela só aumentou, mas não mais que a expectativa do porquê de ter me levado ali. Quando a vejo pegar a cinta, agarro o estofado com força como se tentasse me proteger dela, mas, na verdade, cada movimento que ela fazia me instigava e me deixava com vontade. A questão era como ela ficava quando se transformava nessa Mirelly que só eu conhecia. A Mirelly que me deixava rendida, tendo total controle do meu corpo, minha mente, tudo o que eu sentia, pensava e desejava... Eu não temia sua raiva. Eu temia o poder que ela tinha sobre mim e, depois da experiência dessa manhã, saber que eu não tinha controle algum da frustração que sentia por precisar tanto dela.

Eu a acompanho com o olhar enquanto ela sai do carro e respiro fundo antes de fazer o mesmo, indo até ela, que me leva pela mão até a entrada do chalé. Ela abre a porta, me dando passagem, e eu entendo porque era especial quando vejo o interior da casa. Por fora, parecia ser uma simples casa de madeira enfiada no meio do mato, mas, por dentro, era aconchegante e pacífico. Não havia muita coisa, mas acredito que a ideia era essa. Apenas o essencial. Um refúgio realmente. Analiso o local, parada no meio do que parecia ser uma sala, e Mirelly passa por mim, sentando no pequeno sofá ao lado. Só o jeito como se movia, sendo dona de cada passo que dava, já era o suficiente para me excitar, ainda que eu ainda sentisse receio.

Engulo em seco quando ela bate em sua própria coxa, me chamando, enquanto me olhava daquele jeito que parecia me obrigar a fazer tudo que queria. E assim faço. Sento de frente em seu colo, com as mãos apoiadas em sua barriga e meus dedos agarram seu vestido no momento em que suas mãos tocam a lateral do meu rosto para colocar meu cabelo atrás da orelha. Aquela expectativa já era uma tortura, o jeito que falava, parecendo mais calma do que realmente estava, mas fico aliviada por saber que havia escutado minha conversa com Ashley e que não pensava mais que terminamos pra eu ficar com ela.

Encaro seus olhos, sem piscar, quando ela aperta minha cintura com força e minha boca se abre, sem deixar sair nenhum som, apenas para eu soltar um suspiro pesado. Extravasar... O peso que aquela palavra tinha pra mim agora era outro nível. Sua definição agora era apenas uma: Me torturar.

Ela puxa meu cabelo para trás e deixo escapar um gemido baixo quando sua língua toca meu pescoço, que já estava dolorido por conta das outras marcas, e ela deixa uma nova no local. Já estava sendo difícil controlar meus gemidos apenas com o que me falava, era tão excitante que se ela falasse assim no meu ouvido por mais alguns minutos eu teria um orgasmo espontâneo, apenas me movendo lentamente em cima dela, em resposta a sua ameaça, mas não consigo conter o gemido quando aperta minha bunda, me fazendo fechar os olhos. Ela me levanta, apontando até a pequena escada ao nosso lado e eu subo, sem saber ao certo o que havia ali em cima, mas logo descubro ser um quarto.

O andar de cima era ainda mais bonito. Mesmo sendo pequeno, coube uma cama de casal bem espaçosa. As duas janelas nos davam a visão de toda a floresta e uma outra no teto nos exibia o céu estrelado do que já devia ser o começo da madrugada. Me viro para olhar Mirelly, que subiu logo depois de mim, e mordo o lábio quando se aproxima, tirando o cinto do meu vestido. Meu olhos não se desviaram dela em nenhum momento, nem mesmo ao segurar meu cabelo, atentando a sua língua que umedeceu seu lábios. Apenas permito que ela tire meu vestido, arrepiando minha pele no caminho que sua mão faz. Mordo meu lábio para conter o sorriso quando ela arrebenta meu sutiã e me sinto tentada a dizer que poderíamos aderir ao movimento livre dos sutiãs a partir daquele dia, mas havia algo nela desse jeito que me calava sem nem mesmo precisar mandar. Simplesmente sentia o perigo que poderia ser abrir a boca e acabar desafiando a ela de alguma forma. Pensamento meu que ela faz questão de confirmar ao me empurrar na cama.

Assinto com a cabeça, não abriria mesmo a boca para questionar nada, e me apoio nos cotovelos para olhá-la enquanto tirava o vestido. Adorava como não tinha nenhuma vergonha quando fazia isso na hora do sexo. Observo atentamente quando tira meu pau de dentro dela, era realmente satisfatório saber que estive ali até agora.

Mordo o lábio quando ela vem até mim e me faz deitar na cama. Ela poderia dizer aquilo o quanto quisesse, mas eu sabia que ela não tinha nenhuma intenção de ser boazinha comigo. Sua mão em meu rosto me fez enrijecer o corpo, já esperando o que ela faria, mas ela apenas acariciou rapidamente com o polegar e segurou, enquanto eu olhava em seus olhos, respirando devagar.

— Agora ele é seu pau. — Falo baixo quando ela o coloca sobre meus lábios antes que eu abrisse a boca para recebê-lo.

Pressiono a cabeça dele entre os lábios e chupo, devagar, enquanto a olhava. Abro mais a boca e ergo um pouco minha cabeça para que fosse mais fundo e, quando não coube mais, volto o pressionando entre os lábios novamente até minha língua rodear sua ponta, mas ela o tira de mim e acerta um tapa na minha cara.

   Porra...

Fecho os olhos, soltando um gemido manhoso antes de encará-la novamente enquanto fala. Ela realmente me deixava assim. Como uma puta. Mas, toda vez que me batia, eu gostava disso. Suas mãos levantam meus braços e ela amarra meus pulsos com o cinto do meu vestido. Subo mais o corpo na cama e ela amarra o cinto na cabeceira, me deixando presa. Isso não daria certo...

Mordo o lábio com força quando a escuto e meu corpo se contorce devagar quando seus dedos tocam minha buceta. Eu estava certa de que me torturaria por um bom tempo, mas ela não perdeu tempo e enfiou os dedos em mim. Solto um gemido enquanto, por reflexo, tento puxar minhas mãos para tocá-la, mas estava presa. Apenas agarro meu próprio cabelo, cada vez que ela metia, com força. Ela se aproxima sem tirar os dedos de mim e morde meu lábio antes de me ameaçar, o que me deixou muito tentada.

Ainda que eu não gostasse disso, não adiantaria de nada tentar permanecer quieta. Minhas mãos forçavam o cinto cada vez mais forte conforme ela entrava mais rápido em mim, me fazendo gemer mais alto. Mas ela cumpriu sua palavra. Sua mão acerta meu rosto, com bastante força dessa vez, e sinto a já conhecida ardência em minha bochecha. Respondo ao seu tapa ficando imóvel. Minhas mãos param de puxar o cinto, meu corpo para de se contorcer, apenas me rendo a ela e fecho os olhos, engolindo em seco e respirando fundo, sentindo a euforia dentro da minha pele após apanhar. Abro os olhos quando ela tira os dedos de mim e os coloca na boca. Ainda imóvel, observo enquanto ela se ajoelha na cama e coloca a cinta, encaixando o pau em seguida. O único movimento que meu corpo fazia era o levantar e o abaixar dos meus peitos pela respiração ofegante e acelerada, mas acabei me contorcendo novamente quando ela abre minhas pernas e sinto seu pau deslizando em minha buceta. Aquilo era mesmo uma tortura.

Seu corpo fica em cima do meu para beijar meu pescoço e eu levanto meu corpo contra o dela o máximo que consigo enquanto minhas mãos voltaram a puxar o cinto na tentativa inútil de alcançá-la. Viro meu rosto para o lado quando sua boca desce e meu abraço abafa meus gemidos quando ela chupa meus peitos e continua descendo até chegar em minha buceta. Olho de novo para ela quando se posiciona entre minhas pernas e um gemido sai da minha garganta no momento em que sua língua me toca. Minhas mãos agarram meus cabelos, puxando com força, quando deveriam estar fazendo isso com ela, mas estar presa me impedia. Deslizo os pés com força em suas costas na tentativa de saciar a vontade de tocá-la, mas ela abre bem minhas pernas novamente, de um jeito nada gentil, sem parar de chupar, enquanto eu tento com todas as forças me soltar daquela cama, mas o movimento de sua língua me desconcentrava, me obrigando a rebolar com a buceta em sua boca.

— Amor, me solta, por favor — Eu imploro, mas ela ignora, me chupando com mais vontade ainda, me fazendo gemer seu nome bem alto, implorando novamente — Mirelly... Por favor!

Ela para de me chupar e se deita em cima de mim, muito satisfeita por me ouvir implorar, e eu a olho, gemendo mais baixo, ofegante, quando ela diz que não me soltaria. Cruzo minhas pernas em suas costas quando ela me beija e eu chupo seu lábio, sentindo meu gosto. Suas mãos deslizavam na lateral do meu corpo, me deixando arrepiada, mas ela não desistia de me torturar, mexendo a cintura presa entre minhas pernas, esfregando seu pau em minha buceta, sem enfiar.

— Eu vou ser uma boa garota, eu juro... — Falo com nossas testas coladas enquanto ela se move lentamente e imploro mais uma vez, olhando fundo em seus olhos — Por favor, me fode, amor.

Ela me pressiona com mais força ainda e sinto seus dedos me apertarem, mas ela não atende meu pedido, optando por me torturar ainda mais. Mas eu não aguentaria. Sua decisão me deu o resto de força que eu precisava para fazer o cinto se rasgar em duas partes quando puxei com vontade. Pude sentir minhas mãos ficarem ainda mais apertadas depois da força que fiz, conseguindo apenas arrebentar a parte que me prendia a cama. Pela ardência que senti, aquilo certamente deixaria marcas em meus pulsos.

Ainda com as mãos amarradas, envolvo seu pescoço em meus braços e giro na cama a segurando entre minhas pernas, ficando deitada em cima dela antes que ela pudesse me impedir, pois não ficou nada satisfeita por eu ter me soltado.

— Amor, calma. — Chamo sua atenção tentando acalmá-la pra ganhar tempo de tirar meus braços de seu pescoço e ficar sentada em seu colo sem que ela me parasse e ela apenas me olha — Você pode me castigar, se quiser...

Começo a falar enquanto me apoio em sua barriga, afastando um pouco os joelhos de seu quadril para abrir mais minhas pernas.

— Você pode me bater, se quiser...

Olho em seus olhos enquanto ergo meu corpo um pouco e minhas mãos deslizam até seu pau, posicionando ele na entrada da minha buceta, mas sem enfiar, e minhas mãos voltam até sua barriga, arranhando de leve o caminho.

— Mas não me tortura mais. Você já fez isso de manhã...

Começo a descer bem devagar, forçando a cabeça de seu pau pra dentro de mim, o que me fez interromper a frase para soltar um gemido baixinho ao sentir e minhas unhas cravam em sua barriga.

— Eu preciso dar pra você.

Minhas mãos sobem, amarradas, até seu pescoço, e eu o aperto usando as duas enquanto gemia deixando meu corpo deslizar ainda mais, com seu pau agora pela metade dentro de mim.

— Eu preciso te dar agora.

Sento completamente em seu colo e fecho os olhos, apertando ainda mais forte seu pescoço quando sinto seu pau inteiro dentro de mim. Jogo a cabeça para trás, aproveitando aquela sensação de tê-la dentro de mim, sem que ela se mexesse. Começo a rebolar bem devagar, sem saber se ela me faria parar, me movendo pra frente e pra trás, gemendo bem baixinho enquanto me movia. Solto seu pescoço, voltando a encará-la quando ela se senta embaixo de mim, me abraçando pela cintura e olhando nos meus olhos. Deixo meus braços por cima de seus ombros, abraçando seu pescoço e aproximo nossas bocas.

— Fode sua puta, amor — Imploro mais uma vez.

Don't call me angel - Harelly Pt. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora