Don't call me angel - Harelly Pt. 1

77 - Diz que me quer

POV Hannah Alter

Eu poderia ficar emputecida quando ela levantou a mão para mim, me silenciando, sei que qualquer outra pessoa que fizesse isso comigo teria o punho quebrado na mesma hora. Mas confesso que vê-la assim, brava, era até um pouco excitante. A raiva veio mesmo quando fui chamada de infantil. Isso era como um gatilho. Quando ela pega minha mão, eu estava emburrada, com raiva de toda aquela situação que nem era minha culpa, era daquele idiota. Puxo a mão enquanto ela termina de me repreender e volta para a barraca, me deixando ali sozinha.

Ela estava certa e eu sabia disso. Deveria ter lhe falado logo o que ele me disse. Apenas não quis perturbá-la com isso, não gostava de arrastar ninguém pros meus problemas, preferia lidar com tudo do meu jeito, com violência... Era a única forma que eu tinha — conhecia — de controlar qualquer situação. Mesmo sabendo disso, ser chamada de infantil por ela tornava tudo irrelevante.

Se tá achando que essa sou eu sendo infantil, não viu nada...

Começou a escurecer e eu era a única ali, consumida pela raiva. Volto para a área das barracas e fico dividida entre ir arrebentar a cara do Tom para combinar com o nariz ou ir falar com Mirelly. Felizmente, escolhi a segunda opção. Fui até onde ela estava com a ferocidade de um felino, entrei e fechei o zíper, ficando completamente a sós com ela.

Meu peito estufava enquanto eu respirava, super nervosa, com o coração acelerado. Eu estava prestes a explodir em uma crise e ela, que estava sentada em seu saco de dormir, percebeu isso quando a primeira e única coisa que disse foi "calma". Sabia que ela não queria ceder a mim, mesmo que estivesse preocupada com meu estado de nervos.

Eu seria capaz de rosnar naquele momento, andando de um lado para o outro, sem espaço, na pequena barraca, furiosa, decidindo o que fazer. Ela me olhava com uma mistura de empatia e reprovação quando eu me ajoelhei na frente dela. Tentei controlar a respiração enquanto olhava no fundo dos olhos dela. Eu estava cheia de coisas para dizer a ela, mas não consegui. Se eu não a tivesse agora, nada mais conseguiria me acalmar.

Minha mão foi direto em seu pescoço, apertando com força quando empurrei seu corpo pra trás, ficando deitada em cima dela. A princípio, ela demonstrou resistência então soltei seu pescoço para que ela me expulsasse se quisesse, meus olhos a desafiaram a fazer isso, mas ela não disse nada.

— Eu preciso de você agora — Estava deitada entre suas pernas, subi o joelho até sua buceta e pressionei com força.

Minha boca estava colada na dela enquanto eu praticamente implorava.

— Diz que precisa também, diz que me quer — Mexi ainda mais o joelho e ela fechou os olhos, como quem estivesse tentando lutar contra a própria vontade — Diz e eu te fodo agora, até você gozar pra mim.