Capítulo 17

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> Seatlle <

[Ryan]

              Davi mencionou algo sobre eu passar a empresa para ele, o que me deixou furioso por dentro.

- Passar a empresa pra você? Isso jamais aconteceria. - Digo debochando.

              Ele se joga no sofá e lança um olhar pro Alex.

- Coisa linda, pega um capuccino pra mim. - Ele cruza os braços atrás da cabeça.

             Alex sai da sala para buscar o capuccino, me deixando a sós com Davi.

- Não chame ele assim! - Aperto meus punhos.

- Ah qual é Ryan, não vai me dizer que você está dando uns pegas no seu secretário? - Ele sorri.

            Minha raiva aumenta, mas tento manter a compostura.

- Eu respeito meus funcionários. - Olho pra ele.

              Quando Alex volta com o capuccino, eu  o instruo a sair para que possamos conversar a sós.

- Mas me conta, quando vai voltar pra Londres?

              Davi sorri para mim de forma    misteriosa.

- Acho que dessa vez eu vim para ficar.

             Meu coração parece parar por um momento ao ouvir essas palavras.

- Ficar? Como assim?

             Davi se levanta e olha para o relógio.

- Tem muita coisa que me interessou novamente aqui em Seattle. Mas depois eu te conto. Agora eu preciso ir. Até mais, Ryan. - Ele pisca. - Ah, e obrigado pelo café, estava maravilhoso.

             Davi sai da sala, me deixando furioso e atordoado com a possibilidade de sua presença constante em Seattle.

******

[Alex]

            Desde que Ryan pediu pra eu sair, eu não ouvi nenhuma gritaria, então talvez eles só estejam conversando mesmo. Mas eu já consegui perceber que a relação entre os dois é feita de muito ácido.
             Ouço a porta se abrir e Davi sai de lá com um sorriso debochado, ele se aproxima de mim e eu tento não parecer nervoso.

- Adorei você coisa linda. - Ele enfia a mão dentro do paletó. - Isso é pra você, caso precise de um emprego, eu vou adorar ter você como assistente pessoal. - Davi me entrega um cartãozinho.

             Pego o cartãozinho e sorrio pra não parecer sem graça.

- Espero vê-lo em breve. - Ele pisca e entra no elevador.

             Quando ele sai de lá, eu respiro aliviado, o que acabou de acontecer aqui? A presença dele sempre foi tão intensa desse jeito?
             O horário do almoço chegou e Ryan disse que estava sem fome, então ele me liberou pra almoçar. Vou pro saguão e Lisa já está me esperando na porta.

- Para tudo, quem era aquele gostoso de terno vermelho?

             Faço uma cara de nojo e depois dou risada.

- Vamos almoçar.

              Saímos de lá e vamos na mesma lanchonete a céu aberto. Fazemos nossos pedidos então eu começo a contar tudo sobre o "gostoso de terno vermelho"

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