O Diabo Veste Terno

Capítulo 23

> Seatlle <

[Alex]

- Eu também preciso de você Ryan, desde o primeiro dia em que eu te vi.

            Ryan deita do meu lado e começa a beijar meu pescoço e eu não poderia imaginar que era tão bom. Ele começa alizar minha cintura me fazendo gemer.

- Ah Ryan.

- Eu vou beijar cada centímetro do seu corpo.

            Ele começa a beijar e me deixar sem fôlego.

- AHHH MERDA!

            Acordo sem ar, suado e ofegante. Estou no meu quarto sozinho e sem o mínino da presença do Ryan.

- Mas que merda foi essa?

             Deito novamente na cama e fico pensando no que aconteceu, puta merda eu tive um sonho erótico com o meu chefe, como isso foi acontecer?
Respiro fundo e tento tirar a "animação" das minhas calças.

- Respira Alex, respira.

            Pelo visto a chuva não parou nenhum momento. Olho no relógio e vejo que ainda são 3:20 da manhã.
Pego meu meu celular e penso em mandar mensagem pra Lisa mas eu sei que é tarde.

- Que sede.

            Levanto e penso em ir até a cozinha. Desço as escadas devagar pra não acordar o Ryan.
            Chego no final da escada e vejo que ele dorme igual uma pedra, ele está de bruços com um braço caído no chão. Pra estar assim, espero que esteja confortável.
            Passo por ele vou até a cozinha tomar uma água, sinto a água me refrescando por dentro. Guardo o copo e volto pro quarto mas antes de subir toda a escada, eu olho novamente pro Ryan. Tudo nele é tão... Tão chamativo. A barba, o peitoral, o braço musculoso, as coxas grandes.

- Droga Alex.... - Subo e entro no quarto.

            Pulo na cama e agora me sinto melhor, não estou mais suado e com sede, pronto pra ir dormir.

******

[Alex]

             Acordo de manhã antes de ir pra empresa e quando desço as escadas encontro Ryan e uma mesa linda de café da manhã. Ele ainda está sem camiseta mostrando seu lindo peitoral.

- Ah.. bom dia senhor Ryan.

- Bom dia. - Ele põe um suco na mesa. - Tomei a liberdade de fazer o café.

- Ah... Claro. - Sorrio.

- Uma forma de agradecer por me deixar dormir aqui.

- Claro, sempre que quise... Ah.. Não precisa agradecer.

- Sente-se.

            Sentamos e eu me sirvo, o café está com cheiro maravilhoso. Pego um pão e corto.

- Ontem, com tudo que aconteceu eu não tive tempo de dizer mas nós hoje o senhor vai receber a visita de uns acionistas que querem fechar um contrato.

- Contrato? Aquele contrato sobre as empresas do Chile?

- Isso mesmo, pelo que eu li por cima, eles querem um projeto feito por você, se for bom, eles fecham o contrato....

- Hum... - Ele toma o café. - Me leve os papéis mais tarde, eu vou ler com calma e ver o que eu vou fazer.

- Sim senhor. - Mordo o pão. - O senhor dormiu bem?

- Sim, esse sofá é muito bom.

- Que bom senhor Ryan.

- Ontem, eu... Eu ouvi você me chamar, você me chamou ou eu sonhei?

           VO QUE? EU FALEI O NOME DELE? MERDA, EU NÃO ACREDITO.

- Eu... Ah... Eu não, talvez tenha sonhado.

             Ele só sobe os ombros e termina de comer.

- Se importa se eu for tomar um banho? - Ele me pergunta.

- Não, pode ir.

- Vamos pra empresa juntos.

            Ele levanta e vejo ele subindo as escadas. Pego meu celular rapidamente e mando uma mensagem pra Lisa dizendo que preciso contar umas coisas pra ela na hora do almoço. Ela me responde rapidamente.

"Hum... Sinto gostinho de putaria"

            Dou risada e desligo o celular. Arrumo a cozinha e fico esperando o Ryan terminar de tomar banho. Assim que ele termina eu corro pro quarto e pego minha roupa. Saio do quarto e Ryan está com a toalha na cintura.

- O senhor pode se trocar no meu quarto. - Digo saindo.

******

[Ryan]

            Dormir na casa do Alex foi muito estranho, mas não posso negar que fui muito bem tratado. O sofá era ótimo e eu com certeza dormi bem, sem falar no travesseiro dele, passei a noite toda com o cheiro do Alex no meu nariz.
            Alex me deixou me arrumar no quarto dele e eu coloco minha roupa. Coloco a gravata mas antes de dar o nó, eu vejo uma foto pequena da família do Alex na mesinha. Chego mais perto e pego a foto, provavelmente esse é o pai do Alex que morreu, eles eram bem parecidos. Alex não fala muito dele, ele ainda deve sentir a dor do luto. Solto a foto e sento na cama pra por meu sapato. Termino de me arrumar e abro a porta e vejo Alex trazendo as roupas de cama, eu nem ouvi ele tomar banho, como foi tão rápido? Ele passa por mim e joga tudo na cama.

- Quer ajuda pra arrumar?

- Ah não precisa, mais tarde eu vou por tudo pra lavar.

- Está me chamando de fedido?

             Eu vejo o Alex olhar pra mim assustado.

- Ah... Não, claro que não. Pelo contrário, seu cheiro é muito bo... O seu perfume é muito bom.

- Entendi.

             Saio do quarto e vou até a sala, pego minhas coisas e vejo Alex descendo logo em seguida.

- Podemos ir. - Ele diz.

            Saímos de lá e vejo que meu carro está ali, o meu bebê deve ter tomado chuva a noite toda.
            Entramos no carro e paramos pra empresa. Assim que chegamos lá, paro no estacionamento e subimos direto. Noto que o Alex está com receio do elevador mas eu não posso fazer nada. Saímos do elevador e ele já começa a arrumar suas coisas.

- Não esqueça do que eu te pedi.

- Sim senhor.

             Entro na minha sala e mando uma mensagem pro Erik pedindo pra ele vir urgentemente na minha sala.
Exatos cinco minutos ele entra na minha sala.

- Nossa, urgentemente? O que tá rolando? Incêndio?

- Senta logo e me escuta.

- Desde quando eu sou psicólogo?

- Erik porra!

- Ok ok, não vou cobrar.

- Advinha onde eu dormi.

- No bar?

- Qual é o seu problema Erik?

- Calma meu princeso. - Ele ri. - Onde você dormiu?

- Na casa do Alex.

             Erik fecha o sorrio e levanta, eu consigo ver nos olhos dele que ele está chocado.

[CONTINUA]