Capítulo 22

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> Seattle <

[Alex]

             Ryan pede pra eu ir até o subsolo onde fica os carros. Entro no elevador com medo mas ele desce só mais um andar e abre as portas, saio de Ryan desaparece lá dentro. Fico ali imaginando qual carro é o dele, todos que estão aqui são lindos e provavelmente custam um rim. Um trovão me faz assustar, ficar em um estacionamento sozinho não é nada interessante.
            O "pin" do elevador me tira dos pensamentos e vejo o Ryan saindo do elevador.

- Vamos.

             Eu sigo Ryan pra ver qual carro é o dele, até que eu vejo dois faróis ascendendo.

- Pode entrar.

            Entro no carro dele e fico nervoso. Assim que ele entra, o perfume dele invade meu nariz me fazendo lembrar de tudo que aconteceu dentro do elevador.

- Pode por o endereço aí na tela.

             O carro dele tem uma tela, parecendo um iPad. Coloco meu endereço e já escuto a moça explicar o caminho. O ronco do carro ecoa pelo estacionamento e então saímos da empresa.
            Durante o caminho, eu mantive silêncio. E pelo que parece, Ryan também não tem nada pra falar, ele apenas presta a atenção no trânsito que fica mais perigoso em dia de chuva.
              Alguns minutos depois chegamos em casa, está tudo escuro lá dentro sinalizando que minha mãe não está. Me preparo pra descer do carro quando a tela do carro do Ryan começa a apitar.

- O que? Puta merda! - Ryan bate no volante.

- Aconteceu alguma coisa senhor Ryan?

- Houve um acidente perto de onde viemos, um caminhão deslizou na pista e tombou.

- Oh meu Deus. - Sinto uma pontada no peito.

- Parece que o caminhão está bloqueando a rua.

- Então o senhor não vai conseguir voltar?

- Pelo visto não, isso só pode ser brincadeira. - Ele bate no volante novamente.

             Meu coração acelera ao pensar nessa possibilidade.

- O senhor pode dormir na minha casa.

- O que? Não não.

- Senhor, o senhor não pode dormir dentro do carro, é perigoso.

- Eu não sou criança Alex.

- Ah... Eu sei. Mas mesmo assim, pelo menos eu vou ficar mais tranquilo em saber que você está seguro estando dormindo lá dentro.

            Ele passa a mão no rosto relutante com a ideia de dormir na minha casa.

- Ok.

             Apesar de estar nervoso, fico feliz que ele tenha aceitado.

- Então vamos.

            Saímos do carro e corremos até a entrada. A chuva está forte então ficamos levemente molhados.
Entramos em casa e eu tranco a porta.

- Bom, bem vindo a minha casa senhor Ryan.

            Ele olha pras coisas e eu fico imaginando o que ele deve estar pensando.

- Aconchegante.

- Bom, o senhor está molhado, pode ir tomar um banho.

- Não, não precisa.

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