Capítulo 61

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> Seatlle <

[Alex]

            Meu coração começou a bater mais rápido. A casa estava escura e silenciosa, exceto pelo som abafado. Caminhei em direção ao escritório, tentando não fazer barulho. Quando cheguei à porta, vi que estava entreaberta. Empurrei-a lentamente, e a cena que vi fez meu sangue gelar.
             Todos os papéis do projeto estavam espalhados pelo chão, como se alguém os tivesse revirado com pressa. A janela estava aberta, e uma brisa fria entrava, fazendo os papéis voarem. Na parede, com uma tinta vermelha que parecia sangue, estava escrita uma única palavra: "CUIDADO".
            Fiquei paralisado por alguns segundos, tentando processar o que via. Quem teria feito isso? E por quê? Corri de volta para o quarto, quase tropeçando nos degraus.

- Ryan, acorde! - Sacudi-o com urgência.

             Ele abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz fraca da luz do luar.

- O que foi, Alex? - Pergunta ainda sonolento.

- Tem algo errado! Acorde, por favor!

             Ele se levantou rapidamente, a preocupação crescendo em seu rosto ao ver minha expressão.

- O que aconteceu?

- Você precisa ver isso. É no seu escritório.

            Descemos juntos, e quando ele viu a bagunça e a mensagem na parede, seu rosto ficou pálido.

- Quem fez isso? - Ele murmurou, andando pelo escritório e pegando alguns dos papéis do chão.

- Eu não sei. Quando desci, a porta da geladeira estava aberta e ouvi um barulho aqui. Quando entrei, estava assim.

            Ryan olhou para a janela aberta, a raiva e a preocupação lutando por espaço em seus olhos.

- Vamos chamar a polícia.

             Enquanto Ryan pegava o telefone, não pude deixar de me sentir observado. Olhei para a janela aberta, e a sensação de estar sendo vigiado ficou mais forte. Quem quer que fosse, estava nos observando, esperando pelo momento certo para agir.
            A polícia chegou rapidamente e começou a examinar a cena. Não havia sinais claros de arrombamento, o que deixou todos ainda mais perplexos. Depois de coletarem as evidências e tirarem fotos da mensagem na parede, nos aconselharam a reforçar a segurança da casa.
            Quando os policiais se foram, Ryan e eu nos sentamos na sala, ainda em choque.

- Isso não faz sentido. - Ele disse, esfregando as têmporas. - Quem faria isso? E por quê?

- Não sei, mas precisamos ser mais cuidadosos. Quem quer que seja, está tentando nos assustar. E está funcionando.

             Ryan assentiu, seu rosto endurecendo com determinação.

- Vamos aumentar a segurança da casa. E não vamos deixar que isso nos impeça de seguir em frente.

            Concordei, mas a sensação de inquietação não desapareceu. Alguma coisa estava acontecendo, algo maior do que podíamos ver. E enquanto não descobríssemos quem estava por trás disso, não poderíamos baixar a guarda.
Nessa hora, ouvimos passos rápidos descendo as escadas. A mãe de Ryan, Victoria, entrou na sala, sua expressão preocupada.

- O que está acontecendo aqui? Por que a polícia esteve aqui? - Ela perguntou, olhando para nós dois.

- Alguém entrou na casa, mãe. - Ryan respondeu, tentando manter a calma. - Reviraram meu escritório e deixaram uma mensagem na parede.

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