Capítulo 56

1.1K 97 15
                                    

> Seatlle <

[Alex]

            O sábado começou com um trabalho intenso. Ryan e eu estávamos focados no projeto, e depois da noite maravilhosa que tivemos, eu me sinto revigorado. Aquela noite jamais sairia da minha memória.

- Isso está maravilhoso! - Ryan elogia, enquanto lia o texto que eu tinha escrito. - Você realmente é maravilhoso. - Ele deu um beijo carinhoso no meu pescoço.

- Desse jeito eu vou acabar ficando mal acostumado Ryan. - Sorrio virando os olhos com os beijos que ele me dá.

             Passamos horas trabalhando, até que o telefone de Ryan toca. Ele coloca no viva-voz.

- Oi, Erik.

- E aí, Ryan. Liguei pra avisar que o pessoal está quase conseguindo encontrar o código de rastreamento.

- Isso é ótimo, obrigado por tomar conta disso por mim.

- Só o melhor pra você, meu gatinho - Erik brincou.

- Seu gatinho? - Interrompi, rindo. - Ele é meu gatinho.

             Erik riu do outro lado da linha.

- Não sabia que eu era tão disputado. - Ryan brincou.

            Antes que Erik pudesse responder, ouvimos um barulho alto vindo do telefone.

- Erik? - Ryan olhou para mim, preocupado.

            A chamada foi desconectada, e nós nos entreolhamos, preocupados.

- Será que aconteceu alguma coisa? - Perguntei, sentindo um frio na espinha.

- Tomara que não.

            Voltamos ao trabalho, mas o celular de Ryan vibrou com uma notificação. Quando ele olhou, ficou visivelmente chocado.

- MAS QUE MERDA?

- O que foi? - Perguntei, alarmado.

            Ryan me mostrou uma foto de Erik, todo machucado e sangrando no chão. Meu coração disparou.

- Aí meu Deus!

- É na casa dele. Vamos lá agora!

             Ryan dirigiu como um louco, passando por dois semáforos vermelhos.
            Em poucos minutos, chegamos à casa de Erik. Ryan entrou com tudo.

- ERIK!

            Entramos e vimos algumas coisas destruídas. Erik tossiu, chamando nossa atenção.

- Erik, pelo amor de Deus, o que aconteceu? - Perguntei, ajoelhando-me ao lado dele.

- Entraram... Entraram aqui. - Ele respondeu, tossindo de dor.

- Ryan, olha isso... - Peguei um papel do chão. Ryan leu em voz alta:

"Pare enquanto ainda há tempo, vocês estão mexendo com gente grande."

- Quem pode ter feito isso? - Perguntei, aterrorizado.

- Isso não vai ficar barato! - Ryan estava vermelho de ódio.

            Ryan ajudou Erik a levantar e levou-o para o banheiro. Minutos depois, Ryan voltou com o amigo no ombro.

- Deite aqui, Erik. - Ele o colocou no sofá. - Alex, tem uns curativos no banheiro, você pode cuidar dele?

- Claro.

            Enquanto Ryan ia para a cozinha preparar alguma coisa, eu comecei a fazer os curativos em Erik.

- Sinto muito por isso, senhor Erik.

            Ficamos ali até que Erik adormeceu.

- Ryan, acha melhor eu ir pra casa? - Perguntei, sentindo a tensão no ar.

- Não vou deixar você ir embora sozinho. Vamos ficar aqui. Sei que tem um quarto que eu usava quando vinha aqui.

- Ah... Ele não vai achar ruim?

- Não vai não, eu preciso cuidar dele.

            Ryan e eu fomos para um quarto enorme e nos deitamos na cama. Ficamos abraçados, e eu olhei para ele.

- Quem será que está fazendo tudo isso? - Perguntei, a voz baixa e preocupada.

- Eu vou descobrir, meu amor. - Ele me beija. - Você está seguro comigo, Alex.

            Aquela promessa era tudo o que eu precisava ouvir. Fechei os olhos, tentando afastar a preocupação e focar na segurança que sentia nos braços de Ryan.
            Durante a madrugada, acordei com um calor enorme. Lembrei que eu não tava na casa do Ryan nem na minha. Olho pro lado e vejo que Ryan está dormindo, sua respiração é leve. Fito ele durante um tempo, sua pele, sua barba, seu peitoral malhado, seu braço enorme. Ele é atencioso, fofo, carinhoso... Ele é tão maravilhoso, não consigo imaginar alguém traindo um homem tão especial como ele.
             Levando da cama com sede e estou com vergonha de ir pegar água na casa do Erik. Resolvo ir e passar no quarto do Erik pra ver se ele precisa de alguma coisa.
            Saio do quarto com o pé descalço e vou em pequenos passos até a porta dele. Abro ela lentamente e vejo Erik dormindo também. Olho pro rosto dele que está machucado e seu supercílio inchado. Sinto muito que isso tenha acontecido com ele, quem quer que esteja fazendo isso, está fazendo isso com um ódio mortal.
            Fecho a porta e vou pra cozinha pegar água. Encho com um copo que estava no escorredor e então tomo tudo. Volto pro quarto e deito na cama. Assim que eu deito, sinto Ryan se mexer e pegar na minha cintura. Sempre que ele faz isso, ele me puxa mais forte e encaixa perfeitamente nas minhas costas.

- Erik está bem? - Ouço a voz dela no meu pescoço.

- Está sim. Só fui tomar um pouco de água. - Sorrio mesmo sem ele ver.

- Hummm.... - Ele resmunga de sono e me aperta novamente no corpo dele.

            Com isso, eu me sinto protegido e preparado pra dormir.

[CONTINUA]

Peço desculpas pelo capítulo curto, estou em semana de aplicação de testes e estou sem tempo. 🤍

O Diabo Veste Terno Onde histórias criam vida. Descubra agora