Capítulo 76 - Adrenaline

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Fiz esse cap com uma playlist, se você gosta de ler ouvindo música aconselho a seguir onde indico pq fica foda demais. As músicas estão na ordem, então é só dar play.

Link da playlist: https://open.spotify.com/user/luanaraujo.s94/playlist/5EyMAUs5rmOodTrn0kGAoM  


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[n/a: play Stressed out – Twenty one pilots]


Lauren POV


Entrei no apartamento com uma sensação diferente pairando sobre mim, talvez a mudança de ares, o ambiente totalmente novo. E que novo! Assim que abro a porta, meu queixo cai com a perfeição do lugar, a maior parte era branco com tons de madeira no piso, a sala e a cozinha não tinham paredes separando e eu amei esse design. Tons pretos deixavam o lugar elegante, sofás pretos e tinha uma bela vista da cidade e eu podia até ver o parque. Eu fiquei boquiaberta com cada detalhe, e preciso puxar a orelha de Mike, não precisava de um lugar tão grande, ou talvez seja a construção sem paredes que dava esse efeito.

Após dar uma rápida olhada em tudo, fui ao andar superior onde ficava o quarto, obviamente tinha uma suíte com uma cama enorme, fui abrindo as portas encontrando mais um quarto pequeno e aconchegante e um escritório, deixei minhas malas sobre a cama e fui direto tomar banho, não me surpreendi quando vi uma banheira ali; bem que eu queria relaxar um pouco e aproveitar a banheira, mas eu tinha que me apressar, já eram quase 1h30min da manhã e eu me sentia ansiosa para ver Camila o quanto antes.

Já arrumada, peguei minhas chaves e fui direto ao elevador, eu já havia ligado para a portaria pedindo um táxi e chegando lá o mesmo já me esperava. No caminho eu peguei meu celular para ao menos tentar contactar Dinah, mas foi em vão.

— Droga, atende. — disse baixo para o motorista não ouvir.

Ele aparentava idade, tinha os cabelos grisalhos, barba rala e usava um óculos do tipo que os avôs usam. Isso me fez pensar que tenho que dar um jeito de arrumar um carro ou quem sabe uma moto, me locomover pela cidade de táxi esgotariam todas as minhas reservas de dinheiro, que digamos não serem muitas. Ainda com muita relutância da minha parte, meu pai fez questão de continuar depositando em minha conta certa quantia como se eu ainda fosse uma estagiária da Jauregui's Enterprise. Eu não tinha argumentos contra Mike nesse quesito, mesmo eu não gostando de ser bancada por ele — mesmo sendo meu pai — vivendo no luxo sem eu mesma ter corrido atrás; ele sempre facilitava as coisas, fazendo pessoas que não me conheciam me ver como a filhinha mimada do papai que tem o mundo aos seus pés. Mas eu estava longe disso.

— Chegamos Srta. — o senhor disse me fazendo tirar os olhos do celular.

— Obrigada. Fique com o troco.

Paguei a corrida e agradeci ao senhor que sorriu; talvez eu fosse a primeira pessoa a agradecê-lo hoje.

— Tome cuidado criança; não é bom uma moça andar sozinha a essa hora. — ele disse, sorri de volta e acenei.

Andei até o enorme portão, entrando sem dificuldade já que o segurança estava dormindo; fiz meu caminho até lá, afinal, que tipo de lugar é esse em que o guarda dorme e põe a segurança dos alunos em risco?

Ele tinha os pés na mesa e estava afundado em sua cadeira com o boné sobre seu rosto. Dei uma olhada e encontrei um folheto com o mapa, aproveitei para pegá-lo; já que não queria me perder.

Limpei a garganta querendo que aquele som o acordasse; mas tive que tentar outra coisa.

Estiquei meu braço pela janela da guarita, alcançando um porta-canetas de metal. O som daquilo caindo o assustou e em segundos estava em pé, pondo a mão na sua arma de choque. Piscou algumas vezes até se acalmar e me notar ali.

Sweet HarmonyOnde histórias criam vida. Descubra agora