Sweet Harmony

Capítulo 86 - Dangerous Woman

Lauren POV

Jantamos todos a mesa e tentei não me incomodar com a interação de Chris e sua namorada. Ele parecia um idiota bobo falando sussurrado, era para parecer sexy? Não estava funcionado já que Alexa vez ou outra olhava para mim. Não sustentei seu olhar nem ao menos uma vez. A vida dela com Chris não me interessava.

Já passava das 22h quando Sinu e Alejandro se levantaram do sofá onde conversávamos sobre tudo e nada. E desanimei porque Camila iria para a casa, eu já a "monopolizei" demais. Me acostumei tanto com sua presença que senti que iria ter dificuldades para dormir. Caminhamos até a porta, eu abraçando ela por trás, não queria soltá-la ainda.

— Lauren, uma hora você vai ter que me soltar. — disse apertando meus braços mais ao seu redor.

— Não agora. — falei fazendo bico, Camila riu. — Será que posso te raptar? — falei olhando para os lados, Alejandro já estava no carro apenas esperando Camila.

Folguei o aperto e Camila se virou para mim, suas mãos na minha bochecha, selou nossos lábios lentamente.

— Talvez... mas eu tenho que ir Lo. — fiz bico, bufei fazendo-a rir.

— Tá bom, mas eu vou lá de manhã. Vamos sair com as meninas, que tal? — sugeri.

— Seria ótimo. Estou com saudades da Ally, Normani deve estar bem feliz a essa hora. — falou com um sorriso malicioso.

— Também espero. Porque Dinah fica com um humor insuportável quando não goza direito. — falei.

— Lauren! Deixe a vida delas. — falou batendo no meu braço. Uma buzina soou.

— Acho que está na sua hora. Tchau Camz... — falei beijando-a novamente.

— Tchau Lo, se aquela lá chegar perto de você me liga que venho na hora. — falou fazendo cara de brava.

— Ah, meu Deus. Como é linda minha ciumenta. — falei lhe soltando.

— Sua ciumenta. — falou piscando e indo para o carro.

Acenei para Alejandro que viu a cena toda, senti meu rosto corar. Mas ele pareceu não se incomodar. Um alívio.

Entrei e fui direto ao meu quarto, eu sentia cansaço pela viagem. Me joguei na cama, fiquei me revirando tentando dormir. Faltava algo, alguém. Faltava Camila e sua mania de dormir como um filhote de coala abraçada a mim. Mas o cansaço foi mais forte e acabei pegando no sono.

[...]

Luz em toda parte, quente, brilhante, uma luz penetrante, e eu me esforço para ignorar a claridade que me incomodava mesmo com os olhos fechados. Eu quero me esconder do mundo só por mais alguns minutos. Mas o brilho é muito forte, e eu finalmente abro os olhos. Uma manhã gloriosa em Miami me cumprimenta, o sol radiante entrando pela janela e inundando o quarto. Porque eu não fechei as persianas ontem? Eu estou nessa grande cama, sem Camila. Como costume quando acordo, eu sempre olho para o lado e ficava zelando seu sono, mas agora, ela não estava lá.

Eu me deito por mais um momento encarando o teto, ouço um barulho incomodo e tateio a cama a procura do meu celular, não está nas cobertas, não está na cômoda. Fecho os olhos para me concentrar no barulho... debaixo da cama? Vou para a ponta da cama e fico de cabeça para baixo, lá estava ele, brilhando e vibrando feito louco. Pego-o e volto a me deitar. Era uma ligação.

Ligação ON

— Alô. — falo ainda sonolenta.