Capítulo 92 - Moments

1.4K 103 1
                                    


Lauren POV


O sol estava radiante o que caiu perfeitamente em meus planos, o frio estava mais ameno ou era o calor de Camila em meus braços que me mantinha aquecida. Estava aninhada a ela desde a noite anterior quando ela me disse aquelas palavras bonitas e não poderia estar mais certas das minhas ações dali a alguns dias. Despertei Camila com leves beijos em sua nuca, manhosa ela se encolheu balbuciando algo inaudível. Mesmo a contra gosto levantei e tirei ela da cama, seu sorriso era o mais belo possível.
Ainda de roupão, tomamos café da manhã e já planejava as tarefas do dia. Levaria ela para um passeio no lago, ouvi dizer que mesmo nessa época do ano há patos por lá, um monte deles. Camila estava realmente animada, era como se sua vitalidade estivesse em um nível maior que o comum.


— Porque está sorrindo? — ela perguntou.
— Não posso sorrir ao ver minha linda namorada com geleia de morando no nariz? — eu disse e ela logo levou a mão ao seu nariz. Abri um sorriso maior ainda.
— Não há nada aqui sua mentirosa! — revirou os olhos.
— Quem disse que não. — passei meu indicador na geleia e passei em seu nariz.
— Sua... — engoliu o possível palavrão. E me sujou de volta.
— Somente sua.


Caminhamos por uma longa trilha, até chegarmos ao lago. A casa de barcos era aberta e não precisava de ninguém para supervisionar a devolução dos mesmos. Arrastei um para a água com ajuda de Camila, ela tinha um saco com comida para patos em suas mãos.


— Tem certeza que não quer que eu reme? — ela falou
— Sim eu tenho. Não posso correr o risco de afundarmos feito o Titanic. — brinquei e ela jogou uma ração em mim. — Hey! Isso é para os patos!


Paramos no meio do lago, um pouco longe da margem. Haviam dezenas de patos a nossa volta. Observei Camila os alimentando e era a cena mais linda de todas. Seu sorriso e delicadeza, falando de vez em quando com os animais como se eles a entendessem.
Passamos horas assim, até percebermos que já estava um pouco tarde.


— Está diferente. — sua doce voz me trouxe a realidade.
— Como assim?
— Eu sei lá, acho que é o seu jeito.
— Você também está diferente, mas um diferente bom. — falei sorrindo de lado.
— Quer saber, continua a mesma. E você conseguiu. — falou orgulhosa.
— O que? — questionei sem entender.
— Tudo. Você veio atrás de mim, a empresa. Você fez um ótimo trabalho.
— Eu lhe prometi que faria. Eu iria atrás de você onde estivesse Camila. — ela corou envergonhada. E eu não estava mentindo, onde quer que ela fosse eu iria estar com ela.

O tempo fechou e um trovão foi ouvido.

— Temos que voltar. — ela falou. E como uma brincadeira do destino, o tempo fechou e começou a chover.


Comei a remar com mais força, vendo as nuvens escuras a rolar diretamente por cima das nossas cabeças. Logo a seguir a chuva começou a cair, primeiro uns salpicos leves, depois pingos gradualmente mais grossos. Relâmpago... uma pausa... depois o trovão outra vez. Agora um pouco mais forte. Talvez a três ou quatro quilômetros de distância. Mais chuva enquanto eu passava a remar ainda com mais força, os músculos se contraindo com cada esforço. E a imagem de Camila em minha frente tentando se proteger dos pingos de chuva me fez rir, ela me olhou e viu que não tinha o que fazer, riu junto comigo. Ela correu como louca pelo deck, enquanto eu amarrava o barco; corri logo atrás e tudo aquilo virou uma brincadeira, só nós correndo embaixo da chuva, algumas pessoas nos olhavam e sorriam outras com desaprovação.

Sweet HarmonyOnde histórias criam vida. Descubra agora