capítulo ◇ 47

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A noite era clara e brilhante uma lua cheia no calmo povoado junto ao mar. Um moço de uns doze anos dormia na casa de seus pais. Seu pai não tinha saído para pescar com os outros homens do povo porque tinha febre, de maneira que o pai  e a mãe do moço dormiam na grande cama num canto do cômodo.

Três horas depois da partida dos botes pesqueiros, chegaram os espanhóis. Não vilham em procura de riqueza, porque o povo era muito pobres.vinham por diversão,para destruir, violar e matar.

O rapazinho foi o primeiro a acordar quando ouviram gritos nas ruas. Viu soltar da cama seu pai, que tomou uma faca de cozinha, a única arma que pôde encontrar, e saiu correndo para fora, enquanto a mãe do moço lhe rogava que ficasse. Mas o homem  alto com cabelo loiro saiu e foi um dos últimos a morrer sob as espadas dos espanhóis. O moço olhava pela janela, com sua mãe ao seu lado, enquanto o espanhol  limpava de sua espada o sangue de seu pai.

Á mãe do moço gritou, e desta maneira chamou a atenção do espanhol, que começou a andar  em direção de sua casa. A mulher obrigou seu filho a esconder-se sob a cama do único quarto da casa, e lhe ordenou que não se movesse apesar de tudo o que pudesse ouvir ou ver. Depois tomou uma das facas da cozinha, deixando  cair as demais no solo, e esperou que o assassino de seu marido entrasse na casa.

Nos minutos seguinte, do seu esconderijo sob a cama, o moço só viu os pés  do espanhol que lutava com sua mãe. A mulher era alta, e sua fúria cega aumentava sua força. Passou muito tempo antes que a faca caísse ao solo, mas o homem não pôde dobrá-la. Depois um dos amigos dos espanhol chegou a porta, e lhe falou em espanhol, chamando-o por seu nome: dom Miguel  de Bastida.

Bastida não tinha podido dobrar à mãe do moço, mas com a ajuda de seus amigos rapidamente a jogou no chão. Bastida foi o primeiro a violentá-la, enquanto quatro homens a sustentavam e outros permaneciam ao redor, olhando e rindo. Quando dom Miguel de Bastida terminou com ela se sentou à mesa e olhou aos demais homens que atacavam à mulher, rindo o tempo todo. lamentavelmente, a mãe do moço era a mais Formosa mulher do povo, e os homens que já a tinham a violado esperavam novamente seu turno.

O moço olhava tudo isso escondido sob a cama, sem compreender realmente por que  gritava sua mãe. Mas recordava sua advertência de que devia  permanecer em silêncio, e nunca a tinha desobedecido. Os gritos cessaram depois dos quatros homem, e a mãe se limitou a gemer enquanto mais cinco homens a violaram, ao mesmo tempo que a golpeavam.

Bastida ficou até o final, rindo  e animado até o último homem. Quando tudo terminou, quando só Bastida ficou no local, a mulher se pôs lentamente de pé, meio enlouquecida, com sangue nas feridas de seu rosto. Com o último comendo, Bastida se voltou  para ir-se também, mas a mulher encontrou forças para tomar uma das facas do chão e lançar-se contra o espanhol.

Então o moço ouvir o último grito de sua mãe, que caiu no solo. Bastida cuspiu sobre o corpo sem vida é seguiu para porta e só então o moço saiu de seu esconderijo. Correu atrás do espanhol, quase cegado por suas lágrimas silenciosas. Atacou-o  com seus pulhos, mas o Bastida riu e abriu a bochecha  do moço com a ponta de sua espada. Depois lhe deu um pontapé que o fez cair ao solo a poucos centímetros de seu pai, e lhe disse  que não era ninguém para ataca-lo.... Que não poderia......


 Que não poderia

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💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora