Capítulo◇ 72

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- Quando for, poderia lavar-me contigo? - perguntou Dulce, Sempre em francês.

- Mas por que quer partir? - perguntou Casey, franzindo o cenho.

- Por favor... Não posso ficar aqui! - rogou Dulce -. Se me levar para meu noivo, ele lhe pagará muito bem.

- E qual é o nome desse homem afortunado?

- Basta! - reagiu Christopher, sobressaltando a Dulce. Ela se voltou, percebendo o rosto pálido de Madaleine e a expressão divertida de Christian, mas Christopher 
Estava decididamente furioso.

- Se deseja continuar sua conversar, terá que o fazer em inglês - disse.

- Mas, por que? - perguntou inocentemente Dulce.

- Porque não confio em você, pequena!

O riso de Christian foi estridente.

- O que achou de tão engraçado, Chávez?

Ignorando Christopher, Christian se voltou para Casey.

- Meu jovem amigo tem boas razões para não confiar na moça - Disse - uma vez tratou de matá-lo, e provavelmente  pensou que poderia aliar-se contigo para voltar a tentá-lo.

- Não exatamente - Disse Christopher, agora sem fúria -. Pensou em fugir, e não tenho dúvida de que tratará de obter sua ajuda, Casey. Por razões particulares, a está senhora não lhe agrada  a minha companhia. Eu, por outra parte, desfruto da sua. Agora posso dizer-lhe que é minha por direito de captura. É mais ou menos um motim de guerra.

- Não Sou! - gritou Dulce, pondo-se de pé.

- Sente-se, Dulce! - ordenou Christopher -. Preferiria que explicasse a situação em termos mais  simples.

- Não!

- Como lhe disse, Casey, é minha - Continuou Christopher -. Ninguém a toca, e ninguém a afasta de mim.

- Pensa em casar-se, moço? - perguntou Casey.

- Não. Deves saber que em minha vida
Não há lugar para casamento - replicou Christopher.

- Eu sei. Então ainda não encontrou domMiguel de Bastida? - perguntou Casey.

- Não!

- Quantos anos faz que o procura?

- Doze. Não é que os conte. Começo a pensar que alguém pode ter chegado a ele antes que eu. Tem muitos inimigos.

- É verdade. Mais creio que ainda está vivo - replicou Casey -. Falei com um marinheiro em Port Royal, que escapou de uma prisão espanhola pela  graça de Deus, relatou uma história horrível, mas o homem que o enviou a esse buraco de morte era o mesmo homem que você procura.

- O marinheiro disse algo mais? - perguntou Christopher, com a voz cheia de excitação -. Onde viram Bastida pela última vez?

- O juízo teve lugar em Cartagena faz três anos. E desde então o homem não reviu Bastida.

- Demônios! Onde encontrarei esse assassino? Quando?-  Exclamou Christopher.

- Não o encontrará aqui, moço. Disso estou seguro - disse Casey olhando para Dulce.

- Não, tem razão, não o encontrarei aqui - replicou suavemente Christopher. Contemplou Dulce  por um longo momento, com uma estranha mistura de sensações em seu rosto - mas a busca pode esperar uns meses.

- A conversa cessou quando as duas índias que serviam trouxeram grandes bandejas de comida à mesa. Eram tão bonitas como tinha dito Madaleine, com longos negros e sedosos e brilhantes olhos negros.vestiam amplas saias de cores vivas e blusas  muitos decotadas. Estavam descalças. Eram muitos parecidas, provavelmente irmãs, pensou Dulce, e as duas a olhavam curiosamente enquanto colocavam a comida na mesa.

Dulce centrou sua atenção na comida. Tolerava a pobre dieta do barco, mas agora se  regozijava com as frutas frescas e exóticas que nunca tinha provado antes.
Os homens da tripulação entraram,um por um,para compartilhar a comida. Dulce se perguntou quem seria esse Bastida, e pensou se devia perguntar a Christopher  mais tarde.


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💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora