Capítulo◇94

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Dulce passeava temerosa, pelo camarote, Envolta só num cobertor. Eram as últimas hora da tarde, e fazia uma hora que o barco estava ancoraudo na pequena baía. Dulce tinha perdido a paciência e estava totalmente furiosa. Que esperava Christopher?

As duas duas semanas tinham sido péssimas para ela. Ele a tinha obtido a permanecer na sua cabine sem absolutamente nada que fazer. Não lhe permitiam ver a sua mãe, e Christopher lhe trazia todas as comidas. Ele foi a única pessoa que viu nestas semanas.

A porta se abriu e Dulce se voltou bruscamente. Christopher entrou no camarote. Ela o olhou com expressão assassina, com seus grandes olhos brilhantes como esmeraldas.
- Quando que me levará à costa? - perguntou com voz aguda. 

- Agora, se desejar - replicou ele com tranquilo -. Pode pôr esta roupa, já que tanto a agrada usá-la.

Dulce tomou as roupas que Christopher lhe estendia; depois se afastou e se pôs as grandes calças e a camisa, e usou uma bocada de corda que ele lhe entregou como cinto.

- Não tenho sapatos - recordou-lhe ela com voz dura.

- Que lástima, pequena. Não podia procurá-los às apalpadelas na escuridão, suponho que a terei que a levar em meus braços quando abaixarmos à costa.

- Não será necessária! - Disse ela - onde está minha mãe?

- Já está na ilha, vêem.

Depois de vinte lentos minutos, Christopher acercou pequeno bote à costa e, com ajuda de dois homens que estavam com ele, levou-o à praia e o colocou junto ao outro bote. Seguramente tinha levado alguns homens com ele para que acompanhassem a Dulce, porque não tinha ficado ninguém no "Dama alegre". Dulce também percebeu que o barco do capitão O"Casey ja não estava na baía.

Christopher lhe tomou a mão e a arrastou com ele, quando chegaram ao bosque a levantou em seus braços, e apesar de seus protestos chegaram á grama frente a casa. Depois a deixou no solo.

Blanca e Madeleine a esperavam junto à porta principal. Mas quando Dulce tratou de correr até lá, Christopher a obrigou a permanecer em seu lugar e a mão que a retinha parecia aço. Não a soltou em nenhum momento, e quando chegaram a porta de casa, fé-la entrar, sem permite-lhe que se detivesse para falar com sua mãe nem com sua criada por um momento.

  
- Solte-me! - gritou ela, tratando de afastar-se dele.

Mas Christopher ignorou sua ordem e seguiu subindo  a escada, arrastando-a trás dele. Quando chegou ao seu dormitório, empurrou Dulce para dentro e depois fechou a porta deixando-a só. Ela ouviu a chave na fechadura e tratou de abrir a porta mais lhe foi impossível. Ouviu-o afastar-se. Golpeou a porta furiosamente, e depois voltou a escutar, mas depois Christopher tinha ido embora.

Diabos! Ele cumpria sua palavra e a manteria trancada. Já não podia suportar o confinamento, vendo somente a Christopher, com sua maldita exigência libidinosas.

                      
Começou a passear pelo quarto. Passou uma hora, depois outra. Queria sair! Ficou gelada ao ouvir a chave na porta: depois a porta se abriu, e entrou Christopher com uma bandeja de comida, voltou a fechar a porta  com chave e deixou a bandeja na mesinha junto à cama.

- Quanto tempo pensa em manter trancada neste quarto - perguntou ela, tratando desesperadamente de parecer calma.

- Até que me dê sua palavra de que não voltará a escapar - respondeu ele com voz curiosamente paciente.

- Maldito seja, Christopher! - gritou Dulce. Deu um pontapé de fúria -. Não posso seguir suportando isto!

- Então dê sua palavra.

- Vá pro inferno!

- Que gênio - riu ele -. Sua criada me disse que era uma moça amável e carinhosa. Sou só eu que provoca este gênio terrível?

- Até que o conheci, nunca tive razões para enfurecer-me - replicou ela com desprezo.



        

💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora