Capítulo◇84

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Dulce voltou a olhar para o camarote do capitão, mas ele já tinha fechado a porta.

- De Maneira que se o disseste! - grunhiu shawn.

Sacou sua adaga e a sustentou rigidamente em sua mão direita enquanto se aproximava a ela.

- Eu lhe advertir, moço, Lhe advertir.

Dulce ofegou,e seu rosto impalideceu. Os homens na coberta deixaram seu trabalho, acreditando que presenciaram uma sangrenta briga, mas Dulce não percebeu. Nem uma palavra saia de sua boca, nem sequer um grito, enquanto estava ali paralisada. Mais a cabeça de Dulce gritava "corre", por Deus,"Corre!" Finalmente suas pernas se moveram é seguiram movendo-se com um pânico cego, correu pela passarela e pelo cais, mais seguia ouvindo ao homem as suas costas. Então tropeçou e caiu, mais o homem estava tão perto que tropeçou nela e caiu também a uns metros de distância. Dulce se pôs de pé com uma velocidade de um raio e correu para a cidade, chocando-se com as pessoas em sua fuga, nem sequer podia deter-se para pedir ajuda, porque estava segura de que o homem a esfaquearia antes que pudesse dizer alguma palavra. Tinha que correr mais rápido do que ele. Tinha que encontrar um lugar para esconder-se.

Corria pelas ruas, para o Centro da cidade, mas quanto mais corria mais desertas escontrava as ruas, e seguia ouvindo ao homem que ofegava e rosnava atrás dela. Por que não abandonava a perseguição?

Então Dulce caiu nos braços de outro homem

- Deixe-me!- gritou, lutando freneticamente, mas este novo homem apertava-a fortemente contra ele.

- Você - sussurrou assombrado o homem que a retinha.

Dulce o olhou, e seus olhos se arregalaram ao reconhecê-lo. Era um marinheiro francês da " canção do vento".

- Vêem - o Françes tomou Dulce pela mão e a levou pela rua até chegar a uma velha construção. Fez-la entrar, e sem presta atenção a ninguém a obrigou a subir por uma escada a um quarto do primeiro andar.

Dulce não podia acreditar que estava a salvo. Tinha estado próxima de morrer, e se começou a tremer de alívio. Jogou-se na única cadeira do quarto.

Quando Sua respiração e seu coração retomaram o ritmo regular, observou o lugar que a rodeava. O quarto era muito pequeno e escuro, e além da cadeira de madeira em que estava sentada, tinha um lavabo e uma cama estreita com lençóis enrugados, uma janela dava para uma estreita viela, mas a seguinte construção bloqueava toda a luz do sol.

O marinheiro francês ascendeu uma levá no lavabo. Tinha muito pequenos cortes nos braços e no peito, e o sangue saia de sua mão direita, onde um dos dedos estava quase cortado. Dulce estava aterrorizada e se levantou rapidamente para ajudá-lo. O volume que tinha na saia caiu no solo, e ela estranhou ao observar que suas roupas ainda estavam nele. Levantou o volume e o colocou na cadeira,depois se aproximou ao francês.


- Monsieur, sua mão precisa de um curativo.

Ele a olhou com seus olhos castanho escuro, e ela se surpreendeu pelo ódio que viu neles.

- Que te importa um dedo? Já pagarás por ele - disse o homem com voz débil - Sou Antônio Gautier, mademoiselle, se desejar conhecer ao homem que a matará.

Dulce sentiu terror quando compreendeu o significado de suas palavras. Correu para a porta, mas o homem não fez movimento algum para detê-la. A porta estava fechada. Voltou-se para enfrentá-lo,com os olhos arregalados de medo.

- Abra a porta - gritou aterrorizada.

Ele riu dela, um risso cruel e depreciativo.

- Agora já sabe o que se sente quando lhe prendem a um mastro. Não e uma sensação agradável, Não é verdade, Mademoselle?

💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora