Capítulo◇86

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- Dulce, está ainda mais Formosa do que eu lembrava - disse Pablo ao entrar na sala e fechar as portas.

- Você é muito amável, monsieur - replicou ela delicadamente. Sentia-se um pouco culpado.- chame-me Pablo,pequena,já que....

- Não me chame de "pequena"! - respondeu duramente Dulce -. Christopher me chamava assim, e não quero voltar a ouvir essa palavra.

- desculpem-me, Dulce.

- perdoe-me você - disse rapidamente Dulce, sentindo-se uma idiota -. Não queria reagir assim. Acontece que a recordação desse homem ainda vive em minha mente.

- Quem é este homem de quem fala?

- Christopher é o capitão do "Dama Alegre", o barco que lutou contra o "Canção do vento".

- É um pirata, não é? - perguntou Pablo, enquanto seus claros olhos pardos observavam o rosto de Dulce.

- Diz que trabalha sobre a proteção da Inglaterra.

- pirata ou particular... é o mesmo, Mais ou menos. Ele... Bem...?

- Quer saber se me violou? Sim, muitas vezes - disse  Dulce sem ruborizar-se -. Mentiu e me enganou. Disse que me traria para cá para obter um resgate. Mas mudou e nos levou, a mim e a minha criada, a uma ilha que diz ser sua. Me teria retido ali durante meses se eu não tivesse escapado.

- Essa Ilha, tem um nome?

- Não sei, de um barco parece deserta. Há nativos que vivem terra a dentro, e há uma grande casa longe da Costa que construíram os espanhóis faz muito tempo.

- É como conseguiu escapar desse Christopher? - perguntou Pablo.

- Deixei a casa enquanto ele dormia, e pude chamar um barco que passava ao amanhecer. Mas devemos voltar para resgatar a minha velha babá!

- Sua criada ainda está nessa ilha?

- Sim.

- Mas provavelmente há está morta, Dulce.

- Não! Só a deixei porque pensei que você a resgataria. E quero vingar-me de Christopher. Deve morrer.

Pablo a olhou sobressaltado.

- Você, isto é absurdo. Os piratas que assolam estas águas são cruéis. Podem degolar a um homem com toda felicidade. Não sabe o que pede.

- peço vingança e que se resgate a minha criada. Se não pôde fazer isto por mim, encontrarei quem o faça - disse Dulce, tratando de dominar sua fúria.

- Muito bem - Disse Pablo, sacudindo a cabeça -. Mas não tenho barcos aqui neste momento; levará algum tempo.

- Não era seu barco que estava descarregando essa hoje? - perguntou Dulce.

- Não. Pertence a um velho amigo meu. O conhecerá está noite durante o jantar. Eu só me ocupava da carga de escravos que comprei, mas isso não lhe diz respeito.- fez uma pausa, olhando-a pensativamente. Poderíamos voltar a encontrar essa ilha?

- Tenho um mapa - Dulce lhe entregou um pedaço de tecido dobrado que o capitão pawlinsen lhe tinha dado.

- Bem, ao menos com isto não terá que ir muito longe - disse Pablo, pondo o mapa no bolso.

- Mais eu desejo ir contigo - disse acaloradamente Dulce -. Devo ver com meus próprios olhos a morte de Christopher.

- Veremos, Mas agora, se esperar aqui, terá a surpresa que mencionei antes.- saiu do seu quarto, esperando que sua mãe pudesse dissuadir a Dulce. Só a ideia de atacar a fortaleza de um pirata era ridícula.

- Mamãe!

Dulce não podia acreditar no que viam seus olhos quando viu aparecer sua mãe na porta. Correu para Blanca e se abraçou a ela, temendo que fosse só uma ilusão.

- Agora tudo está bem, querida minha. Estou aqui.- Blanca falava com suavidade, acariciando o cabelo de Dulce.

Ao ouvir as ternas palavras de sua mãe, Dulce perdeu a compostura e explodiu em lágrimas. Sentia-se uma menina pequena que pede amor e proteção a sua mãe. As lágrimas se converteram em fortes soluços que Dulce não podia conter ainda que o tentasse. Sua mãe estava ali, e agora tudo caminharia bem. Dulce já não estava só. Passou muito tempo até que cessaram às lágrimas. Mãe e filha estavam sentadas no sofá, mas Dulce seguia abraçada a Dulce.

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💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora