Capítulo◇88

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Seguiram falando até que o conde de laly veio anunciar-lhe o jantar. A sala de jantar estava ocupada por uma enorme mesa de mogno pálida, posta para quatro pessoas, um homem alto de cinquenta anos, com cabelos negros encaracolados e olhos cinza escuros, estava sentado num extremo da mesa. Pôs-se se pé cortesmemte quando entraram na sala.

- Este é meu outro convidado, o dono do barco que falamos, Dulce -. Faz algum tempo que está comigo, esperando o regresso de seu barco.

O homem tomou a mão de Dulce e fez uma reverência ante ela.

- Dom miguel de Bastida, Mademoselle. É uma honra...

- Bastida! - ofegou Dulce -. Você... Você é o homem que procura Christopher.

O homem se pôs pálido.

- Conhece a esse Christopher?

- Sim, lamentavelmente sim. Pode dizer-me, monsieur, só por curiosidade, Por que quer matá-lo? - perguntou Dulce.

- Eu teria feito a mesma pergunta, Mademoselle. Várias pessoas me disseram faz anos que um jovem chamado Christopher me procura, mas ninguém pode dizer-me por que. Você diz que quer matar-me.

- Isso foi o que entendi por uma conversa que ouvi. Christopher mencionou que o procura faz doze anos e que temia que você morreria antes de que ele o encontrasse. Ele... disse que você era um assassino.

- Um assassino! - riu dom Miguel -. Seguramente me confunde com algum outro. Mas me agradaria conhecer a este Christopher. Sabe você onde ele está agora, Mademoselle?

- dei ao conde de laly um mapa que mostra seu esconderijo.

- Dom Miguel, está conversa não é muito apropriada para a hora do jantar - interveio rapidamente o conde de laly.

- Desculpe-me, Pablo. Tem razão, é claro. Perdoem-me, senhoras, porque não costumo jantar então amável companhia. Esqueci de mais bons modos.

- Está bem, monsieur Bastida - replicou Blanca, contente que o conde tivesse interrompido a conversa, ainda que Dulce não parecesse tão alterada.

- Você é espanhol, monsieur Bastida, como se explica que fale francês com tanta fluidez? - perguntou Dulce.

- Tenho estado muitas vezes na França durante viagem. Ademais tenho contrato com muitos dos colonos franceses aqui no novo mundo. É necessário aprender seu idioma.

- Devo felicitá-lo, monsieur. Aprendeu-o muito bem.

    
A conversa continuou com outros temas durante o jantar, e depois dela, quando passaram à outra sala. Dom Miguel de Bastida era um homem encantador, e parecia outro atraído por Blanca. Dulce observou que sua mãe estava muito diferente desde a última vez que a viu na França. Então Blanca estava pressionada pelo fato de que sua filha devia partir da casa. Mas agora parecia bem mais jovem e muito bonita com seus sedosos cabelos traçados ao redor da cabeça, e um vestido de veludo verde que destacava seus olhos verde escuro.

O Conde de laly parecia preocupado sempre que Dulce o olhava. Duas vezes ela percebeu que Franzia o cenho, mas ele o ocultava rapidamente com um sorriso preguiçoso quando via que ela o olhava. Era um homem elegante, ainda que não tão charmoso como Christopher. Inclusive com a cicatriz que lhe cruzava a face, no entanto...

Por que não podia deixar de pensar em Christopher?

Como se fazia tarde, Dulce disse que se retiraria. Na realidade não estava cansada, mas queria ficar só. Pablo fez questão de levá-la ao seu quarto, e quando chegaram ali. Seguiu-a E fechou a porta.

                              - O quarto é satisfatório? - perguntou, acercando-se por detrás.

- Sim - disse Dulce, olhando os luxuosos móveis -. Sua casa é muito bonita pelo que vi dela.

- A mobiliei novamente quando decidi casar-me contigo. Amanhã cara o resto. Ah, Dulce, quanto tempo esperei que viesses. - A fez voltar-se e a estreitou contra ele, cobrindo sua boca com seus lábios duros e exigente.

- Por favor, Pablo, é tarde e...

- Não me peça para sair, Dulce - interrompeu ele sem deixar de abraçá-la -. Cedo nos casaremos, e... e eu a desejo.

         

💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora