- Não me casaria contigo ainda que me oferecesse todas as riquezas do mundo! - respondeu ela acaloradamente, e depois agregou com voz curiosamente calma -: mais você não me oferece casamento, Christopher.- Não, claro que não. Mas não há castigo, Dulce, e lhe dou tudo o que precisa, só lhe peço que me deixe fazer amor com você. De laly não a trataria melhor do que eu. - Em sua voz havia uma surpreendente nota de ternura.
- Talvez Não. Mas ao menos ele não teria que me violar - replicou ela.
Christopher entrecerrou os olhos, e depois a olhou escuramente.
- Anda não te possui, Dulce.
O pálido luar tocava o tapete junto à janela e enchia a habitação com um reflexo cinza quando Christopher apagou as velas. Passou muito tempo até que dormiu. Dulce de sentiu agradecida de que tivesse dormido de costas, porque o ruído de seus roncos cobriria seus movimentos no quarto. Saiu da cama sem pertubar-lhe e pôs rapidamente o vestido verde, sem afasta os olhos de Christopher.
- Eu disse que escaparia se me violasse outra vez Christopher - pensou Dulce -. Mais você não acreditou. Não, teve que me forçar novamente a aceitar sua luxúria. Bem, quando acordar pela manhã eu terei ido. E Jamais me encontrará. Christopher.
Dulce fechou a porta sem ruído e cautelosamente desceu a escada. Imaginou que teria que passar sobre os corpos dormidos dos homens da tripulação no grande salão, mas nenhum deles estavam ali. Supôs que estavam no povoado ou dormindo no barco.
Dulce andou pela grama, impulsionada por sua fúria e sua forte determinação. Surpreendeu-lhe a clareza da lua. Mas teve uma repentina prevenção ao ver a massa negra das árvores frente a ela sabendo que teria que se dirigir para lá.
A lua estava ligeiramente por trás dela, iluminando o amplo caminho que conduziu ao posque, mas uma vez que estivesse dentro, só alguns pálidos raios iluminariam o solo com manchas acinzentadas. Mal havia luz para ver o pátio e os sete cavalos.
Dulce teve que parar para pensar. Tinha que elabora algum tipo de plano. Voltou a olhar entre as árvores e viu a grande casa com toda clareza, e tudo estava em silêncio.Obviamente Christopher dormia profundamente, e era provável que seguisse dormindo até amanhã, mas Dulce precisava de muito tempo para pôr distância entre os dois. Ele tomaria um dos cavalos para persigui-la, e a alcançaria rapidamente se ela fosse a pé. De maneira que teria que usar um dos cavalos.
Dulce penteou rapidamente os cabelos em duas longas tranças e as amarrou com um nó na parte de trás da sua cabeça. Depois cruzou até a cerca do pátio e procurou uma Saída. A cerca era feita de grande círculo, mas não se via nenhuma porta. Tratou de levantar o ferro de acima, mas foi impossível. Respirando profundamente, Dulce tentou mover os dois ferros seguintes, mas desta vez só moveu a de cima. Era muito pesada, e teve que usar os dois braços para levantar a tábua dos postes que a sustentavam e baixá-la até o solo.
Um dos cavalos relinchou, e depois outro, e Dulce se assustou. O ruído parecia de uma trombeta no ar calmo. Olhou ao seu redor nervosamente, tratando de ver entre as sombras negras do bosque; depois voltou a olhar para a casa, mas ali não havia sinais de vida. Agora percebia outros sons; sussurros das folhas, zumbidos de mosquitos, cantos dos grilos, e outros que não podia identificar.
Coragem,Dulce. Christopher estava dormindo... deve seguir dormindo, pensou Dulce. Saltou sobre a madeira mais baixa e entrou no curral. O cavalo branco formava uma sombra cinza na escuridão, e Dulce se acercou muito lentamente. Este se espantou, e todos os cavalos se moveram perigosamente para a abertura da cerca. Por um momento Dulce temeu que escapassem, mas depois permaneceram em seus lugares. Isto não seria fácil, pensou Dulce, quase a ponto de abandonar a ideia. Não tinha arreios, nem sequer uma corda. Teria que segurar ao cavalo pela crina, depois montá-lo e esperar sustentar-se no lombo. Felizmente o animal não era tão grande, mas, como poderia agarrá-lo se o animal seguia afastando-se?
Voltou a tentar, movendo-se com mais lentidão desta vez, falando-se com suavidade. Estendeu suavemente a mão e tocou o pescoço do cavalo, falando-lhe ao mesmo tempo. Depois se acercou um pouco mais e lhe esfregou o suave nariz, permitindo-lhe perceber seu cheiro.
Dulce seguiu falando com o cavalo durante um momento enquanto lhe acariciar o pescoço esperando que relaxasse e não saltasse quando ela tratasse de montá-lo. Conseguiu que o animal desse uns Passos para a abertura da cerca. Os outros cavalos se afastaram quando eles passaram, e Dulce rogou que seu cavalo não saísse correndo quando retirasse o ferro que prendia. Mas o cabelo permaneceu por trás dela, e quase absolutamente imóvel quando o tomou pela crina. Com um salto, Dulce montou o cavalo, levantou uma perna para passá-la sobre o lombo, e se sentou bem erguida.
Dulce já tinha decidido não fechar a cerca, esperando que os outros cavalos escapassem durante a noite. Assim Christopher não teria cavalo para segui-la.
Com um sensação de triunfo, Dulce levantou suas saias e as colocou sob suas pernas, e depois impulsionou o cavalo para adiante. Esteve a ponto de cair quando o cavalo deu o primeiro passo, e se agarrou rapidamente a ele, quase decidida a escapar a pé. Mas o cavalo seguiu caminhando lentamente pelo caminho, e viu que não era difícil montar-se sobre seu lombo.
Olhando para atrás, viu que o resto dos cavalos saíam do pátio e a seguiam. Estava segura de que sua fuga era possível, e pensou onde iria agora. O lugar óbvio seria o lado oposto da ilha. De maneira que lhe ficavam duas opções... ir para o lado esquerdo ou para o direito,Mas primeiro devia localizar a vila.
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💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲
AdventureDulce se dirige ao caribe para reuni-se a seu noivo, um Conde . durante a viagem e sequestrada por Christopher, que no principio pensa em pedir um resgate por ela, finalmente deside ficar com ela como sua amante levando-a para sua ilha particular...