Capítulo◇93

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Basta!Basta,Basta, gritava Dulce dentro de sua cabeça, mas Christopher afundou o rosto em seu pescoço. Agora a roçava com seus labios, com sua língua, e deixava uma impressão de fogo enquanto sua boca, descia a seus seios, seu desejo crescia vencendo sua resistência.

- O que sente agora não é rejeição. É prazer, puro e simples... você sabe, e eu também. Amaldiçoa-me, mas me deseja. Sua paixão e superior ao seu ódio, e seu corpo exige o que só eu posso dar-lhe.

Christopher se pôs de pé e tirou as calças e as botas. Depois a obrigou a voltar-se suavemente e lhe desatou os pés, passando sua mão pela perna e pelos quadris quando terminou. Quando terminou Dulce tratou de levantar-se, mas ele pressionou seu joelho na metade de suas costas, obrigando-a a ficar quieta. Desatou-lhe as mãos e depois rapidamente voltou a atá-las sobre sua cabeça. Deu a volta, e depois lhe separou as pernas antes que ela pudesse dar pontapés, e ela já não pode raciocinar nem resistir. Ele lhe tirou o trapo que lhe cobria a boca, e se beijarem ansiosamente. A ela não lhe importava. Não lhe importava nada exceto o fogo que Christopher tinha acendido e que devia terminar. Por que lhe tinha atado os braços? Queria abraça-lo, agarrar-se a ele, sentir seus músculos, passar suas mãos por seus cabelos úmidos. Mas a única coisa que podia fazer era sentir como ele penetrava em seu corpo, e era enlouquecedor mas ardentemente excitante. Nada mais lhe importava nesse momento... Nada mais.

Tinham deixado para trás a tormenta, e o sol da manhã brilhava pela única janela aberta do camarote. Dulce estava estendida na cama, coberta por uma fina capa de suor que se secava tentamente com a brisa marinha. Em seu corpo ainda vibravam os efeitos do amor por Christopher como ele fazia para que ela o desejasse tão apaixonadamente apesar de odia-lo? A humilhação que tinha sentido antes não era nada comparada com o êxtase e o prazer que sentiu depois. Era ela tão libertina que o contato de um homem podia fazê-la tremer e um beijo podia fazê-la renunciar a tudo?

Olhou Christopher, parado frente à janela aberta que dava ao mar. Parecia preocupado. Bem. Dulce esperava que tivesse um milhão de preocupações, e que ela fosse uma das principais.

Dulce começou a levantar-se, mas recordou que Christopher ainda não a tinha desatado. Franziu o cenho. Suponha que a humilhação à que ele a obrigava era o castigo de que falava, mas...

- Christopher, desate-me - pediu.

Ele a olhou arqueando as sobrancelhas, com um meio sorriso, e ela se ruborizou por sua nudez. Os olhos dele brilhavam, e seu cabelo caía em ondas em suas têmporas. Agora que o sol os iluminava tinham a cor do ouro fundido.

  
- Disse algo, pequena?

Ah! Ela sabia muito bem que ele a tinha ouvido. Bem; lhe faria seu jogo e se humilharia, mas só o necessário para obter a liberdade. 

- Pode desatar-me, por favor? Me... doem-me os braços.

- Estou seguro que sim. Mais estou seguro que ainda não está calma.

- Quero ver a minha mãe - Disse Dulce.

- Como, Assim estas? - Riu ele. 

Dulce voltou a ruborizar-se, mas tratou de controlar sua fúria.

- Me desatarás ou não?

- Suponho que si. Mas só com algumas condições.

- Bem?

- Deixarás de lutar contra mim, e...

- Sempre as negociações e as  condições. Não é suficiente homem para manejar-me, Christopher - caçoou ela, sentindo que era uma perfeita, oportunidade de atacá-lo -. Pablo o sabia.

💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora