Capítulo◇110

182 16 6
                                    

☆🔞☆🔞☆🔞☆🔞☆🔞☆🔞☆🔞☆🔞☆

- Quando você e sua mãe falaram naquele dia aqui no quarto, ela disse algo que não fazia sentido... Que esteve na casa de Laly menos de um dia.

- Teve uma tormenta, como recordará. Você mesmo a sofreu - respondeu Dulce com rapidez.

- Sim, assim é, vinha do oeste e seguiu para o este, obrigando-me a sair do rumo. Mas seu barco estava bem mais adiante e pôde escapar à tormenta. Teria que ter chegado a Saint Martin dois dias antes que eu.

- Sim... Tive dificuldades para encontrar ao conde, isso é tudo. - Dulce tinha esquecido aquele horrível primeiro dia em Saint Martin, e não lhe agradava que o recordassem.

- Que aconteceu?

- Nada - respondeu, mordendo os lábios.

- Que aconteceu, Dulce? - voltou a perguntar ele. Sabia que ela lhe ocultava algo.

- Muito bem, Christopher - suspirou, sentando-se na borda da cama. Contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido até que encontrou finalmente a Pablo, inclusive que realmente tinha desejado que ele a resgatasse.

- E depois de tudo isso, eu a prendo e a violo novamente - disse Christopher, desalentado -. Não é estranho que quisesse vingar-se. Mereceria que me açoitassem!

- Você não sabia tudo o que eu tinha passado, Christopher. Só tratava de dar-me uma lição, e a aprendi bem.

- De Laly se fez cargo deste Antoine Gautier? - perguntou Christopher.

- Nem sequer lhe disse o que aconteceu, nem a minha mãe. Já tinha passado, e eu desejava esquecê-lo. É o único que sabe. Mas duvido que Pablo tivesse feito algo. Tinha razão sobre ele, Christopher. É um homem que só pensa em si mesmo, como Fernando Saviñon.

- Bem, parece que cada vez que escapa de mim, termina em perigo - disse Christopher com um meio sorriso -. Terei que remediar não deixando que se afaste nunca de minha vista.

Então se acercou dela com desejos na profundidade de seus olhos. Enquanto a estendia suavemente na cama, ela se esqueceu de tudo o mais.

Christopher ajudou Dulce a levantar-se da cadeira junto à mesa e caminhou com ela até o sofá em frente à lareira. O fogo estava aceso, e também o enorme lustre sobre a mesa, e nas paredes havia outras velas, porque ainda que só era meia tarde, o salão estava escuro e frio com a tormenta que se aproximava.

Christopher reavivou o fogo, e depois se sentou junto a Dulce, olhando seu grande ventre onde ela tinha apoiado as mãos.

- Se move outra vez? - perguntou Christopher, envergonhado. A criança era parte de Dulce até o ponto que ele sentia que não podia compartilhar a experiência com ela... Ainda não, em todo caso.

- Sim - riu ela -. Parece que dá cambalhotas. 

Dulce estendeu uma mão para tomar a de Christopher, e a colocou sobre seu ventre, sorriu ao observar o prazer no rosto de Christopher ao sentir os movimentos de seu filho dentro dela.

- Ainda deseja uma filha? - aventurou ele, tomando a mão de Dulce.

- Seria formoso ter filha. Mas, como você disse, todo homem deseja um filho varão. 

Os olhos dele brilharam ante a resposta, e se inclinou para beijá-la com ternura.

- Voltarei cedo, Dulce. Não há mais lenha para o fogo, e tenho que reunir alguma antes que comece a tormenta.

Quando Christopher se foi, Madeleine se sentou junto a Dulce em frente à lareira, e falaram do duplo casamento que se planejava para a semana seguinte. As duas irmãs de Mayte seriam as noivas, e Madeleine estava muito excitada, tanto como se fosse a mãe das moças. Encantavam-lhe as cerimônias.

💛𝐀 𝐩𝐫𝐢𝐬𝐢𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐢𝐫𝐚𝐭𝐚💛𝐓𝐞𝐦𝐚-𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲    Onde histórias criam vida. Descubra agora