- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico nos lábios - ...Não me apaixonar? O que te faz achar que eu me apaixonaria por você?
- Só segue as regras e nós não vamos ter problemas. - falei firme.
- Não vou precisar fazer esforço algum pra não me interessar por você - largou o papel com descaso sobre a mesinha de centro. Idiota.
Ouvi uma risadinha e então me dei conta que tinha um outro cara no ambiente. Tava tão cega de raiva por ele ter acabado com o meu creme de ricota, que nem notei que tínhamos visita.
- Qual é mano, fica aí de boa que eu vou tomar um banho - Victor falou pro cara e saiu dali.
Me deixando com cara de tacho olhando o cara.
Era o mesmo cara da faculdade, e olhando assim de perto, era um puta gostoso.
- Opa! E aí, tudo bem? - ele falou se aproximando, me fazendo sentir aquele perfume gostoso masculino - Sou o Kauã.
- Oi, Kauã - sorri pra ele - sou a Natasha, o mal educado do seu amigo nem pra se dar ao trabalho de nos apresentar.- Já to acostumado com esse cabeça oca - ele falou e eu ri - então quer dizer que o cara acabou com a tua comida?
- Pois é, ele mesmo veio com o papo de não tocar na comida do outro e acaba com o meu creme? Ata né - falei indo pra cozinha e vi que ele me seguia.
- Com o tempo tu acostuma, ainda vai te dar muita dor de cabeça - ele me alertou.
- Espero não ter que me acostumar - voltei a guardar as coisas que tinha comprado no caminho de volta pra casa - não vejo a hora de arrumar outro lugar pra ir.
- Entendi... - ele falou e ficou quieto.
Terminei de guardar as coisas na geladeira e quando me virei pra ele o peguei olhando descaradamente para as minhas pernas, que estavam completamente desnudas já que eu usava um daqueles meus shorts de pijama curtos.
- Vai babar me fala que eu te dou um balde - falei pra ele, que só depois de alguns segundos se tocou do que eu tinha dito e riu.
- Que isso, Nat... - apoiou-se no balcão da cozinha ainda me comendo com os olhos - Mas e aí, por que eu nunca te vi na faculdade? Se eu tivesse visto, tenho certeza que jamais esqueceria.
Eu ri.
- Estranho, porque já te vi algumas muitas vezes com o Victor - falei.
- Mas agora o que não vai faltar é oportunidade pra gente se ver, né não? - novamente ele me olhou dos pés à cabeça.
- Quem sabe, né? Enfim, vou ir pro meu quarto, Kauã. Fica a vontade.Me despedi dele com um beijo no ar e no caminho até meu quarto senti que seu olhar meu seguia.
O Kauã tinha aquela cara de homem que consegue tudo o que tem com a lábia fácil de malandro, sabe? Meu tipo de homem preferido, confesso, e já tava querendo encontrar ele de novo.
Sexta a noite, eu tava cansada demais do meu dia, da semana total fora dos eixos, só queria ficar na minha cama a noite toda, mas senhora Laís tava na pilha de ir pra um pub que teria um rolê temático, nem tava sabendo direito o que era, mas sabia que se eu não fosse, ela iria chiar muito porque tinha metido nossos nomes na lista.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...