Cinquenta🌹

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— LAÍS.

No caminho até a casa da Nat e do Victor eu fui refletindo sobre o que tinha acontecido.

Não era a primeira vez que a Mia gritava comigo ou pegava com mais força no meu braço, na realidade aquilo ocorria quase que todas as vezes em que nós duas brigávamos.

A Mia sempre teve o gênio forte, assim como a Nat, mas ela é daquele tipo de pessoa que se irrita fácil e que explode rapidamente.

E quando ela explode, ela vem com tudo pra cima de mim.

De início, imaginei que a culpa era minha, porque eu realmente tava dando motivo para que ela ficasse irritada quando eu saía com a Nat e ficava junto com os nossos amigos sempre chegava alguém em mim, e mesmo que eu dissesse a ela que eu não fiquei com ninguém, ela dizia que eu tinha dado condição e a briga toda começava.

Depois da quinta, sexta briga eu vi que o problema não tava em mim, e sim na Mia.

Ela tinha aquela posse sobre mim, achava que eu era dela e somente dela, que eu não deveria ter outros amigos e até com a Nat ela implicava.

Apesar disso acabar comigo, eu gostava daquela maluca, quando estávamos bem era tudo um mar de rosas e faziam as brigas valerem a pena.

Chegamos no apartamento rápidinho, a Natasha ainda tava soltando fogo pelas ventas, foi direto tomar banho e me mandou esperá-la.

Fiquei na sala com o Kauã, porque o Victor também tinha ido tomar banho.

- E aí, cê tá melhor? - ele me perguntou.

- Tô sim - sorri amarelo pra ele.

Ficou muito chata aquela cena toda na frente do guri que eu mal conhecia.

- Mó sem nexo aquela treta toda - ele riu - ela é o que tua? Namorada?

- Não... A gente fica, mas não é nada oficial ainda.

- Ainda? Tu ainda pretende começar a namorar com ela? - ele perguntou inconformado.

- Por que não namoraria?

- Porra, tu não viu como aquela guria te tratou não? Se a Nat não tivesse se metido ela tinha te machucado de verdade e teria te arrastado pra fora dali.

- É o jeito dela - justifiquei - ela só tava irritada, ela não é assim.

- Po, a guria se emocionou sem motivo, a gente tava mó de boa batendo um papo - ele ligou a televisão.

- Mas você não conhece ela, Kauã. Não fica julgando, por favor, foi coisa de momento.

Ele deu de ombros e ficou passando os canais da televisão.

Alguns minutos se passaram e a Nat me chamou pro quarto dela.

- Senta aí que a gente precisa conversar - ela falou séria.

Deus dai-me paciência.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora