Tinham algumas toalhas no banheiro, que deu para nos enxugarmos.
Saí pelo quarto catando minhas roupas, mas uma peça estava faltando.
- Que porra, cadê a minha calcinha? - procurei pela peça entre o lençol bagunçado na cama - Victor, tu viu?
O olhei, ele já estava terminando de vestir a calça.Ele tirou algo do bolso e sacudiu minha calcinha no ar.
- Tu é uma graça, já te falei isso? - eu falei ironicamente indo até ele pra pegar a calcinha. Ele ergueu o braço deixando a calcinha lá no alto. - Para de graça, Victor.
- Não vou devolver.
Fiquei na ponta dos pés pra tentar pegar, mas o cachorro era muito mais alto que eu.
- Victor, qual é...
- Deixa comigo, Nat. Vou cuidar direitinho dela.
- E eu vou ficar sem calcinha?
- É bom que já facilita o processo - falou safado me puxando pela cintura e cheirou meu pescoço.
- Sonha que você vai me comer hoje ainda - falei arrepiando com a barba por fazer dele roçando no meu pescoço.
- E por que não? - ele passou a ponta do nariz pelo meu pescoço e cheiro meu cabelo.
- Porque você é um grude, cara - me desvencilhei dos braços dele - e eu odeio grude, tá?
- Grude meu pau.
Revirei os olhos, vesti meu sutiã e o vestido, soltei meu cabelo e o penteei com os dedos, sendo observada por ele.
Arrumei o lençol da cama, tinha é pena de quem ia dormir em cima daquele lençol gozado.
- Fica a vontade pra voltar pra sem sal agora, tá? - falei enquanto calçava os sapatos.
- Não começa, Natasha. Vem cá, dá um último beijo antes da gente meter o pé - esticou a mão pra mim.
- Não tô dizendo que você é um grude? - me levantei da cama - Desgruda, ok? Um beijo no seu core - mandei um beijo no ar e praticamente corri pra fora do quarto porque sabia que se o beijasse, íamos tirar a roupa novamente.
O ouvi me xingar e dei risada.
Fora do quarto a festa continuava a mesma, a música no talo e as pessoas dançando.
Peguei uma garrafa de Heineken e fui procurar as amizades pra desejar feliz ano novo.
No meio do caminho fui pensando numa desculpa bem convincente pra dar.
Quando saí de dentro da casa dei de cara com a Mariana.
Ela tava com um copo na mão e uma cara de cu.
- Ei - ela sorriu pra mim. Reconheço uma falsa de longe. - feliz ano novo!
- Feliz ano novo - sorri da mesma forma pra ela.
- Você viu o Victor? - ela cruzou os braços - O louco sumiu.
- O Victor? - tomei um gole da cerveja - Ah, a gente tava dando umazinha - falei tranquila - acho que se você correr ainda consegue pegar ele no quarto. É o primeiro da esquerda. - ia metendo o pé, mas voltei só pra dar uma última olhada na cara de tombada dela - Ah! Se você encontrar ele, pede pra ele me devolver minha calcinha, por favor. - sorri sinicamente - Feliz ano novo, gata!
Saí com o sorriso mais vitorioso na cara, não encontrei as meninas em canto nenhum, mas então um cara me parou pra conversar e eu dei uma moralzinha.
Óbvio que não ia dar pra ninguém, então só fiquei batendo um papo.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...