Quarenta🌹

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Tomei um banho frio bem demorado, para que aquele fogo que eu tava sentindo passasse e eu pudesse me recuperar.

Iríamos ficar nos pegando toda vez que nos encontrássemos?!

Coloquei meu babydoll confortável e fresco, fui dar uma checada nas matérias do dia de seguinte fui pra sala ver televisão até o soninho bater.

O Victor terminava de comer sentado em um dos sofás e eu sentei no outro, bem longe dele pra previnir.

- Como foi seu dia? - o olhei.

- De boa - deu de ombros - o seu?

- Foi tranquilo.

Ele assentiu e voltou sua atenção pro prato de comida.

- Eu tava pensando aqui, seu amigo do estúdio põe piercing também? - eu perguntei.

- Sim, por quê?

- Tava pensando em colocar um... - repassei a ideia na minha cabeça - Você pode me passar o endereço de lá?

- Te levo po, só tu falar.

- Ok então!

- Mas eu ganho o que com isso?

- Você tá se oferecendo e ainda quer ganhar alguma coisa? - arqueei minha sobrancelha.

- Tu não vai me fazer nenhum agrado? - pegou uma latinha de cerveja do chão e tomou um gole longo.

- E você merece algum agrado? - devolvi sua pergunta com outra.

- Me diz você.

- Vou pensar no seu caso, tá bom?

- Pensa com carinho - pediu e eu sorri.
Resolvi parar de ficar olhando pra ele.

A vontade de agarrá-lo era forte, então eu precisava me controlar. Foquei na televisão que passava a um jornal qualquer

Três semanas depois.

Véspera de Natal, meu feriado favorito, dia de comer sem se importar com o amanhã, dia do pavê ou pacumê, dia de me arrumar toda pra ficar beliscando as comidas a noite toda e quando der meia-noite já estar com a barriga estufada.

Ia dar sete da noite quando eu fui tomar um banho para ir pra casa da mamãe. Passei meu hidratante corporal, coloquei minha lingerie branca, a roupa que havia separado e um salto preto meia pata.

Coloquei alguns acessórios, passei meu perfume, fiz uma maquiagem não tão carregada, só dando um destaque na minha boca com um batom matte avermelhado.

Aproveitei que ainda tava cedo, tirei uma fotinha pro insta, arrumei as coisas na bolsa pequena que eu levaria e fui pra sala enrolar um pouco pra chamar o Uber.

Victor que estava trancado no quarto dele há um tempo provavelmente dormindo saiu de lá uns minutos depois que eu saí.

Minha relação com ele tinha melhorado bastante nas últimas semanas, óbvio que ainda tínhamos nossas brigas bobas e implicâncias, mas agora tínhamos construindo certa intimidade e até bebíamos juntos às vezes.

E todas as vezes que bebíamos tinha que rolar uns amassos, mas nada que fosse pra frente.

- Que isso hein... - sentou no braço do sofá, chamando minha atenção.

- E aí? Gostou? - me levantei e dei uma voltinha na frente dele.

Ele me olhou dos pés à cabeça e abriu um sorriso malicioso.

- Tá uma delícia.

- Claro que eu tô - tornei a me sentar - e aí, vai passar a ceia onde?

- Aqui mesmo - ele sentou direito no sofá e pegou o controle da televisão.

- Não vai pra casa do seu irmão? Ou da sua avó? - ele já tinha me contado da relação boa com a avó dele.

- Não curto essas paradas, maior falsidade quando minha família se junta, prefiro ficar aqui de boa.

Achava aquilo triste, porque Natal pra mim sempre foi sinônimo de alegria e de família unida.

- Eu te chamaria pra ir pra casa dos meus pais comigo, mas minha família iria pirar querendo saber quem é você, de onde eu te conheço e tudo mais - fiz cara de tédio.

- Relaxa, vai lá curtir seu natal.

Ele realmente tava bem foda-se se era natal ou não, minha hora estava chegando e eu não tinha muito o que fazer.

- Tá bom então - fiz um bico - vou indo que eu tenho certeza que vou ter que ajudar minha mãe na cozinha ainda.
Ele riu. - Vai lá.

- Feliz natal, então.

Não sabia se o abraçava, se dava um beijo, então só acenei mesmo.

- Feliz natal, Natasha.

Chamei o Uber enquanto chamava o elevador e fui esperá-lo lá embaixo.

@nashata Merry Christmas! 
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@victordmmomd Dá pro gasto
@thefefa Que mulher é essa mermão
@kaua.simoes Se vc quiser, eu quero

simoes Se vc quiser, eu quero

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