Setenta e Cinco🌹

4.9K 215 4
                                    

Terminei meu vinagrete na maior tranquilidade e o levei pra mesa da piscina, onde a Felipa juntava mais uma mesa e colocava alguns pratos ali.

- Foi e ficou né piranha? - a Fefa perguntou quando eu me aproximei.

- Tava fazendo vinagrete pra vocês, ingrata - coloquei a travessa com o vinagrete na mesa.

- Guto, pega o arroz na cozinha pra mim, bebê? - ela pediu ao Guto, que foi buscar de prontidão.

- Bebê, é? Você não era assim, Felipa - a zoei.

- Só por um fim de semana não vai matar ninguém - ela comeu um pedaço de carne de um prato.

Fiz uma careta pra ela e procurei a Nicole com os olhos, não a achando.

- Cadê a Nic e a Victória? - perguntei.

- Elas foram numa prainha que tem aqui perto - a Fefa falou - relaxa que é tranquilo.

- Aquelas duas grudaram pra não largar mais, hein?

- Igualzinho o Kauã grudado na Lolis. Olha lá. - ela apontou pra eles, que estavam na borda da piscina rindo e conversando.

- Ele não é de casal, né?

- Nunca ficou de casal com ninguém na verdade, Nat. Tô até de cara que ele tá persistindo na Laís, mas não dou muito tempo pra ele desencanar. Cê acha que ele pode magoar a Lolis?

- Acho que não... - observei a Laís que estava rindo de algo que ele falou - Ela é sensível, mas não é de se apegar fácil.

- E ainda tem a Mia, né?

Fiz uma careta. - Nem me fala dessa, piranha.

- Eita, que piranha? - o Raphael chegou com a tábua cheia de carnes.

- Uma embuste aí, ninguém de importante - eu falei. E vi por trás do Raphael a Mariana chegar com o Victor - falando em embuste...
A Fefa rachou o bico e o Rapha ficou sem entender, mas eu disse que depois explicaria.

Nós almoçamos todos juntos, mandei quase mil mensagens pra Nicole pedindo pra ela ter cuidado e não demorar pra voltar.

Depois de comer eu me esparramei na espreguiçadeira e fiquei vendo os guris jogarem bisca com a Laís, que é totalmente viciada.

Mostrar a lista de pessoas que avaliaram Eu tava quase pegando no sono quando senti alguém tampar meu sol.

Abri os olhos e vi que era o Rapha.

- Entra, guria. Tá quase dormindo aí no sol, tu vai torrar.

- Preguiça - fiz manha - e eu gosto de torrar, tenho que manter a marquinha, né. - chequei a marquinha do biquíni.

- Tu vai ficar cheia de dor depois, morena. Vai pra sombra, bebê. - ele me chamou pelo apelido que provavelmente iria pegar entre nós dois.

Fiz uma careta, mas o obedeci porque ele estava falando para o meu bem. Ele arrastou minha espreguiçadeira mais pra sombra e trouxe uma cadeira pra ele. Me deitei de bruços e me virei pra olhá-lo.

- O que você faz da vida, sr. Raphael? - perguntei.

- Poxa Nat, já sou mais velho que você, tu ainda me chama de senhor?

- Que drama, Rapha - eu ri - tu não é tão mais velho assim, relaxa.

- Tô relaxado, morena. Mas então, sou professor de educação física, trabalho numa escola particular.

- Suas alunas devem amar fazer educação física então - falei e ele riu - educação física nunca foi minha aula preferida, mas com um professor como você eu fazia todas as aulas sem falar um pio.

- Tu fala na lata mesmo, né Nat? - ele riu - Gostei disso.

- Ficar enrolando pra quê? Eu falo mesmo - dei de ombros.

- E você? Faz o que?

- Faço faculdade de Serviço Social e tô estagiando na área de serviço médico do trabalho em um banco.

- Que guria independente, cara. Te sobra tempo pra sair?

- Óbvio que sobra. E se não sobra, a gente arruma. Não vou perder parte da minha vida numa sala de aula ou numa sala de trabalho, tenho mais é que curtir mesmo.

- Tá certa demais - ele falou - e te sobra tempo pra tomar um açaí com o senhor aqui?

Eu ri. - Adoraria acompanhá-lo, sr. Raphael.

- Beleza então. Me passa seu número depois que eu não vou te deixar esquecer disso.

- Pode deixar que eu não vou esquecer fácil assim.

- Acho bom.

Eu ri, cruzei meus braços na espreguiçadeira e deitei a cabeça sobre eles.

- Me conta das suas aulas. O que você faz seus alunos fazer?

- Ah, jogar vôlei, futebol, tem umas aulas de jiu jitsu de vez em quando, a escola dá um suporte maneiro. E os alunos curtem pra caramba.

- As alunas devem adorar, suponho.
Ele riu. - É... Tem umas que são cheias das gracinhas, mas eu sobrevivo.

- Eu consigo imaginar a euforia que você deve causar entre elas.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora