— NATASHA.Depois de duas garrafas de Skol Beats eu já tava mais que no grau, umas gurias que eu conhecia de outros carnavais chegaram animando a gente pra ir pra pista e a Fefa me arrastou com ela.
Desde que a gente chegou tava tocando reggaeton, e reggaeton é bom pra sarrar gostosinho.
Rebolei muito a tabaca com as gurias, sarrei nelas e fui muito sarrada.
Mas aí começou a tocar funk, e foi aí que o bagulho ficou bom de verdade.
Tava rebolando no ritmo da música quando senti duas mãos mais firmes me segurarem pela cintura, e eu soube que não eram as meninas. Me virei e dei de cara com o Kauã com aquele sorriso safado na cara.
- Tá me seguindo, é? - perguntei mais alto.
- Nem precisei, o destino tá querendo a gente junto, po. - ele falou próximo ao meu ouvido e eu ri.
- Beleza então.
Ele apertou mais um pouco a minha cintura e eu mordi meu lábio inferior enquanto o encarava.
Comecei um quadradinho seguindo o ponto da música, que era muito bom de dançar, o Kauã não largou minha cintura por nada no mundo e ainda me puxou pra dançar mais perto dele, me sarrando na cara dura.
- Quando eu vi essa morena confesso me apaixonei - ele cantou próximo ao meu ouvido, me fazendo arrepiar um pouco.
Acabei me soltando mais dele pra dançar livremente, me virei pra ele pra dançar de frente.
- O meu nome tu conhece, o sobrenome é sacanagem - cantarolei enquanto dançava e seu sorriso safado ficou ainda maior. Ele me segurou pelo pulso e me puxou pra perto dele novamente.
- To querendo beijar sua boca, e aí? - falou alto o suficiente para que eu ouvisse.
- Fica avonts, ué. - falei alto também.
e
u braço agarrou minha cintura e sua boca já tava se aproximando da minha quando alguém pulou em suas costas e a gente se desequilibrou.
- QUE ISSO NOVINHO - era a Fefa pulando no Kauã - que que tu tá fazendo aqui?
- Opa, Fefa - ele deu um sorriso amarelo.
- Vocês se conhecem, é? - perguntei pra ela.
- Meu negócio com esse guri é de outra ordem - ela riu - tu nem pra avisar que ia vim, hein. - bateu no braço dele.
- Tu também não avisa, sua trouxa - ele falou - teu mozão tá lá no camarote, ó - apontou pro camarote e eu segui o olhar.
Adivinha quem tava lá me encarando?
Ele mesmo. Olhando diretamente pra mim, segurando um copo de alguma bebida e bebericando ela vez ou outra.
- Aff, hoje não, por favor - Fefa pediu em tom de súplica.
- Tadinho do meu mano, Felipa. O cara xonou na ruivinha - Kauã a zoou.
- Ih, Victor tá apaixonado em você, amiga? Que morte horrível - me meti.
- Que Victor o que, sua doida, é o Guto - ela fez uma careta. - mas peraí, da onde vocês se conhecem?
- História longa, Fefa - imitei a careta dela - depois eu te conto.
- E aí, vamos subir lá pro camarote? Isso aqui tá cheio demais - Kauã perguntou enquanto acariciava minha cintura.
- E aturar o Guto no meu pé? - a Fefa falou - Não, muito obrigada.
Olhei novamente pro camarote e o Victor ainda olhava pra gente.
- Também passo, amorzinho, tô de boa aqui embaixo - falei.
- Ah qual é, tá rolando open lá em cima - ele insistiu - podem chamar os amigos de vocês.
- Open?! Aff, eu vou então - Fefa mal falou e já foi indo pra direção do camarote.
Me virei pra ele e ele apertou ainda mais meu corpo contra o dele.
- E aí, hein? - acariciou minhas costas.
- Vou ver com a minha amiga e qualquer coisa eu subo, pode ser?
- Beleza, mas eu te espero, falou?
Balancei a cabeça positivamente, mordisquei o lábio inferior dele e ele sorriu, fazendo menção pra me beijar, mas afastei o rosto, o fazendo rir e apertar minha bunda devagar.
Dei um tapa no braço dele e o contornei, voltando pra mesa onde a Carina e o Léo estavam e a Laís já não estava mais.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...