Doze🌹

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— NATASHA.

Depois de duas garrafas de Skol Beats eu já tava mais que no grau, umas gurias que eu conhecia de outros carnavais chegaram animando a gente pra ir pra pista e a Fefa me arrastou com ela.

Desde que a gente chegou tava tocando reggaeton, e reggaeton é bom pra sarrar gostosinho.

Rebolei muito a tabaca com as gurias, sarrei nelas e fui muito sarrada.

Mas aí começou a tocar funk, e foi aí que o bagulho ficou bom de verdade.

Tava rebolando no ritmo da música quando senti duas mãos mais firmes me segurarem pela cintura, e eu soube que não eram as meninas. Me virei e dei de cara com o Kauã com aquele sorriso safado na cara.

- Tá me seguindo, é? - perguntei mais alto.

- Nem precisei, o destino tá querendo a gente junto, po. - ele falou próximo ao meu ouvido e eu ri.

- Beleza então.

Ele apertou mais um pouco a minha cintura e eu mordi meu lábio inferior enquanto o encarava.

Comecei um quadradinho seguindo o ponto da música, que era muito bom de dançar, o Kauã não largou minha cintura por nada no mundo e ainda me puxou pra dançar mais perto dele, me sarrando na cara dura.

- Quando eu vi essa morena confesso me apaixonei - ele cantou próximo ao meu ouvido, me fazendo arrepiar um pouco.

Acabei me soltando mais dele pra dançar livremente, me virei pra ele pra dançar de frente.

- O meu nome tu conhece, o sobrenome é sacanagem - cantarolei enquanto dançava e seu sorriso safado ficou ainda maior. Ele me segurou pelo pulso e me puxou pra perto dele novamente.

- To querendo beijar sua boca, e aí? - falou alto o suficiente para que eu ouvisse.

- Fica avonts, ué. - falei alto também.

e

u braço agarrou minha cintura e sua boca já tava se aproximando da minha quando alguém pulou em suas costas e a gente se desequilibrou.

- QUE ISSO NOVINHO - era a Fefa pulando no Kauã - que que tu tá fazendo aqui?

- Opa, Fefa - ele deu um sorriso amarelo.

- Vocês se conhecem, é? - perguntei pra ela.

- Meu negócio com esse guri é de outra ordem - ela riu - tu nem pra avisar que ia vim, hein. - bateu no braço dele.

- Tu também não avisa, sua trouxa - ele falou - teu mozão tá lá no camarote, ó - apontou pro camarote e eu segui o olhar.

Adivinha quem tava lá me encarando?

Ele mesmo. Olhando diretamente pra mim, segurando um copo de alguma bebida e bebericando ela vez ou outra.

- Aff, hoje não, por favor - Fefa pediu em tom de súplica.

- Tadinho do meu mano, Felipa. O cara xonou na ruivinha - Kauã a zoou.

- Ih, Victor tá apaixonado em você, amiga? Que morte horrível - me meti.

- Que Victor o que, sua doida, é o Guto - ela fez uma careta. - mas peraí, da onde vocês se conhecem?

- História longa, Fefa - imitei a careta dela - depois eu te conto.

- E aí, vamos subir lá pro camarote? Isso aqui tá cheio demais - Kauã perguntou enquanto acariciava minha cintura.

- E aturar o Guto no meu pé? - a Fefa falou - Não, muito obrigada.

Olhei novamente pro camarote e o Victor ainda olhava pra gente.

- Também passo, amorzinho, tô de boa aqui embaixo - falei.

- Ah qual é, tá rolando open lá em cima - ele insistiu - podem chamar os amigos de vocês.

- Open?! Aff, eu vou então - Fefa mal falou e já foi indo pra direção do camarote.

Me virei pra ele e ele apertou ainda mais meu corpo contra o dele.

- E aí, hein? - acariciou minhas costas.

- Vou ver com a minha amiga e qualquer coisa eu subo, pode ser?

- Beleza, mas eu te espero, falou?

Balancei a cabeça positivamente, mordisquei o lábio inferior dele e ele sorriu, fazendo menção pra me beijar, mas afastei o rosto, o fazendo rir e apertar minha bunda devagar.

Dei um tapa no braço dele e o contornei, voltando pra mesa onde a Carina e o Léo estavam e a Laís já não estava mais.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora