Cento e Onze🌹

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- NATASHA.

Tava a fim mesmo era de encher a cara até esquecer todo o caos da minha vida que estava quase que virando uma bola gigante de neve, tirando minhas noites de sono e me causando dores de cabeça.

Voltamos pra mesa onde todos estavam ainda bebendo e conversando, mas num ritmo mais lento que antes.

O Raví me esperava com uma garrafa de água gelada e com um sorriso gigante no rosto. Retoquei meu batom rapidamente e então me sentei ao lado dele.

- Tá mais tranquila? - ele perguntou me oferecendo a garrafa.

- Tô sempre tranquila - abri a garrafa e tomei um gole da água.

Eu tinha misturado tanta coisa diferente que já tava sentindo meu estômago embrulhar um pouco.

Adeus planos de ficar bêbada pra caralho.

- Garota, você não é de lerdar, hein - a Luna falou comigo e só aí eu percebi que ela estava no colo do Victor.

- Por que? - ri e coloquei a garrafa em cima da mesa.

- Vi você com uns boys lá na pista - ela falou e eu demorei alguns segundos pra lembrar do que ela tava falando.

- Ah - eu ri - eram uns amigos da faculdade - falei - o Fred, sabe Lolis? - perguntei a ela e ela fez uma careta.

- Quem vive de passado é museu, bebê - ela falou.

- Esse Fred é teu passado? - o Kauã perguntou a ela. Senti cheirinho de um suposto ciúmes.

- Meu? Até parece. Passado da senhorita Natasha - ela falou e ele me olhou.

Ergui as mãos em sinal de rendição e peguei a garrafa pra terminar de beber a água.

Estava super de boassa.

Já tinha bebido horrores, tinha dançado pra caralho, tinha beijado umas bocas, por mim a noite podia terminar por ali.

- Tu nem me deu condição hoje hein - o Raví passou a mão pela minha cintura e a acariciou.

- Tu me deu um perdido do caralho, meu amor - o olhei. Ele fez menção de falar algo, mas o interrompi: - E nem adianta falar que não foi perdido, porque eu conheço a peça. Quem era a piranha?

Ele riu e coçou a própria nuca, visivelmente sem graça.

- Ó, eu fui mesmo ajudar minha prima que tava dando um PT brabo lá no banheiro, mas uma amiguinha dela me parou no meio do caminho e aí...

- Nem precisa continuar! - o interrompi - Tu não presta mesmo, hein. Puta que pariu.

- E tu presta, Natasha? - ele perguntou - Tô sabendo que tu pegou a boate inteira.

- Nhenhenhenhenhe - fiz careta pra ele - se eu tivesse pique eu pegava mesmo.

- Tá sem pique? - ele firmou mais a mão na carícia da minha cintura - Bora pra outro lugar, te faço ter pique rápido.

Ergui a mão na frente do rosto dele e lhe dei dedo, o fazer rir.

- Poxa Nanat...

- Tomar no seu cu, rapaz. Gosto de exclusividade, tá?

- Quer exclusividade? Tá de sacanagem - ele cantou e eu ri revirando os olhos.

Fiquei brincando com a garrafa vazia enquanto tentava me inteirar da conversa dos outros.

Vez ou outra meu olhar escapava pro Victor e a Luna, que conversavam cheio de mimimi e trocavam alguns beijos de vem em quando.

Ele tinha negado meu chamado por ele na pista pra ficar de nhenhenhe com a Luna, e se ele estava achando que eu iria ficar incomodada com aquilo, ele estava plenamente enganado.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora