Descemos pro estacionamento pra pegar o carro, a gente entrou, a Natasha foi mexendo no rádio pra pôr um som que ela curtia e eu dei partida em direção ao shopping.No caminho a Natasha conseguiu sintonizar numa rádio que tava tocando funk e ela já não tava mais se segurando, rebolava e cantava no banco do passageiro.
- Tá animada, hein?
- Meu corpo não entendeu que apesar de hoje ser sábado não vai ter rolê pra rebolar a tabaca - ela falou e eu ri.
- Fica avonts pra rebolar o que quiser lá no meu quarto - falei e ela fechou a cara.
- Vai sonhando, bebê... - ela falou olhando pela janela.
- Se faz não, Nanat - falei e levei uma mão pra coxa dela, mas ela tirou minha mão antes que eu apertasse a coxa dela.
- Se for pra você ficar tentando me pegar, não vai rolar, Victor. A gente já conversou sobre isso. - ela falou séria.
- Relaxa, carai - levantei a mão em sinal de rendição - tô só te zoando.
- Muito que bem - ela acabou sorrindo e voltou a olhar as ruas pela janela.
Não cansaria de repetir nunca que ela tava querendo me levar à loucura.
- LAÍS.
Tava terminando de fazer minha maquiagem quando a minha mãe entrou no meu quarto.
- Teu amigo tá te esperando lá embaixo - ela encostou no batente da porta.
- Sério? - peguei o celular pra ver a hora e tinhas umas sete mensagens dele, acabei rindo do desespero dele me mandando descer - Já tô terminando aqui.
- Ele tá lá conversando com o teu pai - ela falou e eu nem me preocupei, meus pais eram bem receptivos com os meus amigos - você tá saindo com ele? - ela perguntou enquanto eu terminava o esfumado do meu olho e procurava pelo meu batom no estojo de maquiagem.
- Ele é só meu amigo.
- Hmm, tem certeza? Ficaria muito feliz de saber que você parou com a graça de querer ficar saindo com aquela Mia pra sair com um homem de verdade - minha mãe começou o show de preconceito dela. Me arrependo amargamente de ter contado pra ela sobre minha orientação sexual.
- Não começa mãe, por favor. - pedi.- É sério, Laís. Você sabe que aquilo não é certo, faço muito gosto que você esteja saindo com esse cara, ele parece...
- Já falei pra não começar, dona Clarisse - a interrompi - quem tem que decidir o que é certo ou não sou eu, você só tem que me respeitar.
- Tá... Desculpa. Vou ir oferecer uma água pro menino, não demora.
Ela saiu do quarto e eu suspirei aliviada.Odiava ter que falar sobre esse tipo de assunto com a minha mãe, ela é extremamente conservadora e desde que eu contei pra ela sobre a minha relação com as garotas, ela vêm dizendo que preciso ir mais a igreja, que aquilo era só curiosidade minha.
E por mais que eu odeie tratar os meus pais mal, às vezes ela precisava de um chega pra lá.
Passei o batom, dei uma última retocada no meu cabelo, peguei minha bolsa e desci pra encontrar o Kauã.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...