- VICTOR.
Acordei no dia seguinte com a cabeça parecendo que ia explodir, só o ato de me movimentar um pouco na cama fazia ela latejar, sem contar no ardor que eu sentia nas costas.
Abri os olhos aos poucos e dei de cara com a cabeleira bagunçada da Natasha, que estava encolhida de costas pra mim ainda nua.
Cobri o corpo dela com o lençol fino da cama e tentei achar meu celular ali no meio do emaranhado de roupas e lençol, mas não o achei, só catei minha cueca do chão e a vesti.
Pela janela dava pra ver que a luz do sol já tava forte, então provavelmente já era mais tarde e eu tava com 0 disposição pra levantar pra fazer qualquer coisa.
Acordei novamente com alguns movimentos na cama, abri os olhos e vi que era a Natasha se sentando.
Ela havia enrolado o lençol no corpo e prendido o cabelo, parecia meio desnorteada.
- Bom dia? - perguntei.
- Oi... - ela me olhou e então fez cara de dor - Nossa, tô quebrada. - ela analisou o próprio braço e foi aí que notei as marcas vermelhas no braço dela, que subiam para o ombro e o pescoço.
Carai, eu tinha deixado a mina toda marcada.
- Nem fala - respirei fundo.
- A gente perdeu a hora, foi?
- Provavelmente.
Ela suspirou e ficou encarando o nada.
- Preciso de um remédio - ela falou do nada - você quer um?- Quero.
Ela se enrolou por completo no lençol, que era branco e transparente, logo, era inútil, porque eu conseguia enxergar cada curva de seu corpo, me fazendo lembrar da doideira que tinha sido a noite anterior.Ela saiu do quarto e voltou alguns minutos depois, enrolada numa toalha e com um comprimido e um copo de água em mãos.
- Aqui - ela me deu e eu sentei pra tomar. A observando ir até a frente do espelho pra observar as marcas do corpo dela - nossa, Victor.
Imagina a quantidade de maquiagem que eu vou ter que usar pra esconder isso tudo.
- Tu fala como se não tivesse gostado - fiz cara de tédio pra ela, que revirou os olhos.
- Nós estávamos bêbados. - ela justificou e me olhou pelo reflexo do espelho - Enfim, vou ir tomar um banho.
- Vai lá.
A gente nem tava tão bêbado na noite anterior, então eu lembrava direitinho de cada detalhe.
Só não tava certo ainda se tinha sido um erro ou um acerto, não tinha pretensão de me envolver com ninguém, ainda mais com a Natasha que eu via todo dia e ainda tinha aquele gênio forte dela.
Fui tomar um banho, assim como ela, e foi só entrar embaixo da água fria que eu senti minhas costas arderem pra caralho e eu tive a certeza que era porque a Natasha tinha fodido ela com aquelas unhas gigantes dela.
Vesti a cueca depois de me enxugar, uma bermuda e fui procurar o celular pra ver a hora. Já passava das dez da matina, coloquei meu celular pra carregar e fui procurar o que comer.
Na geladeira ainda estavam as caixas de pizza que a gente tinha pedido no sábado, separei umas fatias e coloquei no microondas pra esquentar.
Tava esperando esquentar quando a Natasha saiu do quarto dela já vestida, enxugando o cabelo numa toalha.
- Você deveria ir pro meu trabalho no meu lugar, sabia? Essa dor de cabeça insuportável que eu tô sentindo é culpa tua - ela reclamou e sentou na mesa.
- Para de reclamar, ow - falei - olha aí o estrago que tu fez em mim - me virei de costas pra ela ver as marcas dos arranhões e ela gargalhou.
- Sinto muito se eu machuquei a mocinha - falou ironicamente e tirou uma fatia da pizza da caixa, a comeu ainda gelada e eu fiz uma careta.
Depois do microondas apitar eu peguei o prato e sentei na mesa com ela pra comer.
- Sobre ontem - ela começou a falar - foi coisa de momento, né? Tipo, a gente mora junto. Nada a ver a gente transar e ficar um clima estranho depois.
- Óbvio - falei depois de comer um pedaço da pizza - foi no calor do álcool mesmo.
Ela assentiu concordando comigo.- Mas ó, VK, - me chamou pelo apelido que meus amigos chamam e foi até a geladeira pegar um resto de coca - você tá de parabéns, tá? Consigo até compreender um pouco seu sucesso entre as gurias.
- Ih, é mesmo Natasha? - puxei a garrafa de coca da mão dela pra tomar um gole do bico mesmo como ela havia feito - Bom saber... Tu pode começar a parar de reclamar das marcas que eu te deixei então.
- Você é um idiota. - puxou a garrafa da minha mão pra tomar mais um pouco e voltou a secar o cabelo.
- Tu é até gostosinha, dá pro gasto - a zoei.
- Dou pro gasto? Não foi o que você disse enquanto gozava, bebê - terminou de comer a pizza dela - vou ir nanar um pouquinho que depois vou ter que ir pro banco. Um beijinho core.
Ela mandou um beijo no ar e eu observei a bunda dela enquanto ela ia pro quarto.
Ela precisava ter um rabão daqueles????
Depois de terminar de comer eu fui pro sofá assistir qualquer besteira na televisão.
Peguei o celular pra ver as notificações que eu não tinha visto, tinham algumas mensagens no whats, só respondi as mais importantes e só visualizei o resto.
Não tava passando nada que prestava na televisão então decidi ir fazer o mesmo que a Natasha, desliguei a tv, programei o alarme pra 12:30 e fui pro quarto tirar um cochilo.
A cama ainda tava uma zona, e apesar da Natasha ter catado as roupas dela, ela tinha esquecido a calcinha rasgada entre os lençóis.
E se tem uma parada que me dá tesão, é calcinha.
E a da Natasha era vermelha de rendinha, tava toda rasgada ali na minha cama e só de olhar já me bateu um tesão, a cheirei e recordei o cheiro da buceta dela.
Senti meu pau latejar e guardei a calcinha dela na gaveta do criado-mudo, tratando logo de deitar pro moleque não se animar demais.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...