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Nós cortamos tudo, passamos sal grosso e depois de muito tempo os inúteis conseguiram acender a churrasqueira e nós podemos colocar as carnes pra assar.

Lavei minhas mãos na cozinha e estava voltando pra sacada quando a Laís apareceu com um copo de caipirinha pra mim.

- Hmm que delícia - tomei um gole da caipirinha - quem fez?

- Gustavo - ela disse.

- Tá muito boa - tomei mais um gole da caipirinha - e aí? Contou pro Kauã?
Ela suspirou. - Contei.

Ele ficou meio sem ação e ficou puto por eu não ter contado antes.

Mais uma vez você tinha razão.

- Eu sempre tenho razão - me gabei e ela riu - e tá tudo bem agora?

- Sei lá... Acho que sim, mas estamos meio estremecidos ainda.

- Isso passa, amiga. Ele deve estar chateado por você não ter falado nada, depois ele esquece.

Ela deu de ombros e tomou um pouco do que tinha do copo dela.

A campainha tocou e nós nos viramos pra ver quem era.

Entrou duas garotas, um cara e então a loira da foto com o Kauã, a tal Alice.

- Ixi... - falei baixo.

- Essa é a tal Alice, não é? A ex? - a Laís me perguntou.

- É sim.

- Ai meu Deus - ela revirou os olhos e se virou pra mim.

- Relaxa, bebê.

Ela ia falar algo, mas ficou quieta. Não entendi o porquê, até sentir os braços do Victor me agarrarem por trás e o perfume dele invadir minhas narinas.

- Hmmm casal, estou saindo - a Laís disse antes de se afastar.

- Que foi? - perguntei enquanto sentia os beijos dele no meu pescoço - Cansou da Luna, foi?

Ele riu. - O que foi aquela cena lá na sacada? - ele me virou pra ele e me abraçou pela cintura.

- Que cena? - me fiz - Só pedi pra você ir ajudar os guris.

- É? Foi só isso? - ele me apertou nele.

- Uhum. E pode me soltar... - falei, mas ele deu risada e me ignorou, indo beijar me pescoço - Vai ficar aqui me agarrando na frente de todo mundo? - falei mais baixo.

- É pra ser escondido? - sussurrou no meu ouvido e eu sorri.

Dei um tapa no braço dele e o puxei pela mão pra onde todos estavam.

Ele me abraçou por trás mais uma vez e me guiou para sentarmos em uma das cadeiras, onde ele sentou e me puxou pro colo dele.

- Se assumiram, foi? - o Guto perguntou assim que me viu no colo dele.

- Cuida da tua vida, mermão - o Victor falou pra ele, que fez cara de ofendido.

- Sabe quem tá aí, Kaká? - chamei a atenção do Kauã que estava servindo um copo de cerveja pra ele - Alice.

- Ah não... - ele reclamou.

- Hoje o negócio vai ser bom então - o Victor riu.

- Ah é, Vitão? - Kauã falou - Pelo jeito vai mesmo ó - apontou pra Luna que vinha pra sacada com uma garrafa de selvagem na mão e conversando com a Laís.

- Não entendi - falei.

- Briga de cachorro grande, minha irmã - Guto falou e o Kauã riu. Daí fui me tocar que eles estavam zoando o Victor.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora