Oitenta e Seis🌹

4.7K 205 15
                                    


- VICTOR.

Quando eu cheguei no barzinho já tava rolando um som ao vivo, o pessoal já tinha juntado estava em uma mesa e já tinham iniciado os trabalhos.

- Que porra hein, cês nem esperam - falei puxando uma cadeira pra sentar.

- Tu demora igual uma moça, parceiro - Kauã falou. O cara tava grudado na Laís, como sempre.

- Ei Vk - a loirinha falou - cadê a Nat? Não veio?

- Natasha saiu com o primo da Felipa - falei.

- Com o Rapha? - a Fefa se meteu - Que vagabundo, ele nem avisou.

- Ela também nem avisou. - a Laís fez um bico - Tá rolando alguma coisa, Fefa? - perguntou.

A Fefa deu de ombros e tomou um gole da cerveja dela.

- O Rapha nem me conta dessas coisas, Lolis. É um chato, piquezin Natasha.

- Ai esses dois... - a Laís riu - Já shippo.

- Qual é - falei - vocês vão ficar só na cervejinha mesmo? Hoje é sexta, carai.

- Tava só esperando tu chegar, moleque - Kauã falou - porque se for depender do Guto hoje, a gente fica só na água. Tá escravocetando a Fefa.

- Fode não, Kauã - Guto falou de cara fechada e a Fefa riu.

- Fode sim, porra. Já falei que a gente volta de uber, cara. Tu vai mesmo ser o único chato que não vai beber? - a Fefa falou.

- Deixa ele, gente - a Laís o defendeu - ele só não quer beber hoje. Parem de implicar com o guri e façam o favor de pedir uma catuaba logo.

Kauã fez o serviço e o garçom voltou com a catuaba e um refrigerante que a Laís pediu pra misturar.

Fui no seco mesmo.

Virei logo duas doses pra me soltar e esquecer um pouco daquela mulher.

Depois de algumas cervejas a mais, mais uns copos de catuaba e uns goles de um vinho que as gurias tinham pedido, eu já tava no pique.

Kauã tava na cola da Laís o tempo todo, mas ainda assim a mina não deu a moral que ele tava querendo.

A Fefa já parecia estar de saco cheio do Guto no pé dela.

E eu já tava de cu virado pro drama daquela mesa.

Fui dar uma mijada, quando saí do banheiro vi uma guria morena conversando com outra guria perto do bar.

A morena me olhou e deu um sorrisinho descarado.

Era a oportunidade pra fechar a noite do jeito que eu gosto.

Fui até o bar, pedi logo dois shots simples de red bull com cardhu.

Virei um deles e fui levar o outro pra morena.

- E aí - ofereci o shot a ela. A amiga dela saiu de fininho.

- Hmm e aí - ela virou o shot e fez uma careta em seguida - nossa, isso era whisky?

- ela olhou pro copo da dose.

- Era po. Tu não curte?

- Gosto demais - ela riu. Pelo brilho nos olhos da guria, ela estava tão alta quanto eu - tu também tomou?

- Tomei.

- Hmmm, vem cá - me puxou pelo pulso - deixa eu ver se o seu tava mais gostoso que o meu.

Entendi o que ela tava querendo e a puxei pra um beijo.

O hálito dela me confirmou que ela estava alta de verdade, a mina me deu o maior beijaço, e por alguma obra de algum filho da puta eu pensei na vagabunda da Natasha enquanto beijava a morena.

Que porra é essa mermão?
Cacei a bunda da guria com a mão pra conferir a comissão dela e pra expulsar a Natasha da minha mente.

Funcionou pra caralho, porque a mina tinha uma raba foda demais.

- O que vai fazer depois daqui? - a morena sussurrou no meu ouvido.

- O que você quer fazer depois daqui? - sussurrei de volta.

A morena deu um risinho e mordeu meu queixo.
- Sou a Luna. E você?

- Victor. Tu tá com quem, Luna?

- Tô com umas amigas, mas tenho certeza que elas não vão se importar se você me roubar um pouquinho.

- Bora lá na saideira com os meus parceiros, então? Depois te levo pra onde tu quiser.

- Hmmm, arrasou - ela mordiscou minha orelha e me deu a mão para que eu a guiasse pra mesa onde a galera estava.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora