Cinquenta e Um🌹

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— NATASHA.

- Que merda foi aquela na praia, Laís? - perguntei enquanto enrolava a toalha no meu cabelo.

- Nat, se for pra você começar a falar mal da Mia, nem começa.

Eu sei que você não gosta dela e que vai falar um monte pra eu me afastar dela.

- Laís, não se faz de sonsa porque você não é. Mesmo se fosse outra pessoa, se fosse o Papa, se fosse o Obama, eu falaria pra você se afastar. Você não enxerga que a Mia não é normal? Você não vê passar na televisão o que os relacionamentos abusivos que tem por aí fora resultam?

- Não é um relacionamento abusivo! - ela a defendeu.

- Óbvio que é, Laís. Ela levantou a voz pra você, levantou a mão pra te arrastar da praia, disso até ela te bater falta isso ó - indiquei com os dedos pra ela - e olha aqui pra mim. - pedi chegando mais perto dela. Ela me olhou nos olhos. - Você nunca foi de abaixar a cabeça pra macho nenhum, nunca deitou pra moleque nenhum passar por cima. Vai ficar dando mole pra guria noiada das ideias?

Os olhos dela encheram de lágrimas. - É complicado, Nat...

- É muito fácil, amiga. Seu problema é ficar sem buceta? O que mais tem por aí é buceta pra ti chupar, e macho querendo te comer também é o que não falta - falei escrachado e ela riu.

- Para de ser escrota, por favor - falou entre risadas enxugando as lágrimas que rolavam pelo rosto dela.

- É sério, Lolis. Você não precisa disso, você é bem melhor que isso. Não vou admitir que você fique sofrendo por causa de buceta, sério mesmo.

Ela suspirou e limpou o rosto.

- Ok! Você tá certa - ela respirou fundo - eu vou dar um tempo de ficar com a Mia.

- Isso aí, garota. Tá na hora de respirar novos ares, conhecer gente nova - desenrolei a toalha da minha cabeça pra secar meu cabelo.

- Tá... Posso tomar um banho? Essa areia no meu corpo tá nojenta demais - ela fez uma careta.

- Vai lá, tem calcinha sua aí no guarda roupa e toalha lá no banheiro.

Ela foi pegar a calcinha e eu me joguei na cama.

Ficava puta só de saber que a Laís tava mal, mas tava apostando no que ela tinha dito sobre dar um tempo da Mia, então ficaria tudo bem.

Comecei a viajar nos meus pensamentos, até minha cabeça voar até a trepada na praia e eu começar a rir sozinha. Aquele guri era louco e tava me levando à loucura junto com ele.

Terminei se secar meu cabelo, penteei, passei um perfuminho e fui pra sala onde os guris estavam no sofá vendo um jogo.

- Cadê a Laís? Tu não bateu na mina não né? - Kauã me zoou e eu revirei os olhos - Na moral, achei que tu ia bater naquela guria.

- Se ela continuasse torrando minha paciência eu ia mesmo - sentei do lado do Victor - garota ridícula.

- Ela é boladona ela - Victor falou e o Kauã riu - mas qual foi, me explica qual é dessa treta toda.

- Para de ser fofoqueira, Victor - impliquei - aquela garota lá é ficante da Lolis e na cabeça dela ela manda na loirinha, tive que pôr ela no lugar dela.

- Oxi, nem sabia que ela era lésbica - Victor falou - massa.

- Ela é bi - expliquei.

- Ou seja, eu tenho chance. Né não Nat? - Kauã se engraçou.

- Qual foi Kauã? Achei que tu me quisesse - fiz bico.

- Tu não me dá mais condição, morena. Bola pra frente - ele levantou - vou lá jogar uma água no corpo, falou irmão?

- Se tu sujar meu banheiro todo de areia tu vai limpar, hein - Victor falou e o Kauã deu dedo pra ele.

- Nhenhenhe vai limpar hein - o imitei - mas é uma mocinha mesmo, né?
O Victor acompanhou o Kauã com o olhar até ele entrar no quarto e foi só a porta bater pra ele vir me agarrar e beijar meu pescoço.

- Tá louco, é? - perguntei entre os beijos dele.

- Porra, tu fica uma delícia boladinha - ele beijou do meu pescoço até a minha boca, onde ele mordeu meu lábio inferior.

- Vai ficar meu agarrando toda hora agora?

- mordisquei o lábio dele - Se controla, garoto.

- Cala a boca, vai - ele sussurrou antes de me beijar. A gente ficou ali trocando uns beijos com umas mãos bobas aqui e ali, ele tinha uma fixação pela minha bunda que não era de Deus, ele ficava apertando e alisando em meio ao beijo.

- Para - sussurrei entre um beijo e outro - daqui a pouco os outros voltam.

- Vamo mandar eles meterem o pé, po - ele me olhou nos olhos.

- Nem vamos - me desvencilhei dos braços dele - pode ficar quietinho aí no teu canto - eu cheguei pro cantinho do sofá.

- Porra Natasha, se liga nisso aqui - ele apontou pro volume que se formava na bermuda dele.

Peguei a almofada do sofá e coloquei no colo dele. - Só lamento, bebê.

- Cachorra! - ele deu um tapa na minha coxa e apertou.

Foi só a gente se afastar pra Lolis sair do meu quarto com o cabelo molhado e uma roupa minha.

- Nossa gente, como é bom tomar um banho, né? - ela sentou entrou nós dois.

- É... - Victor respondeu meio sem graça.

- Tô atrapalhando? - ela perguntou só com os lábios pra mim. Eu dei risada e balancei a cabeça negativamente. Óbvio que ela sacou tudo e riu - Safada - disse só com os lábios e voltou a atenção pra tv.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora