Setenta e Seis🌹

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Eu passei o resto da tarde conversando com o Raphael, ele era um cara tão tranquilo, desses que a gente conversa por horas e não cansa de conversar.

Ele não estava dando em cima de mim, só estava sendo legal, e aquilo me deixava interessada.

Mas não que eu seja a louca da xota piscante, que sempre tem que estar sentando numa rola, tava de boa daquele jeito e sem necessidade nenhuma de forçar a barra com ele.

Evitei ficar olhando pro Victor, porque tava com raiva da cara dele por ele não enxergar a tiriça que a Mariana é.

Então só me prendi naquele mundinho meu e do Rapha até o finzinho da tarde.

Depois fui tomar um banho, tirar aquele biquíni e pôr uma roupa mais confortável.

Tirei a primeira fotinha do ano na varanda pra postar no insta e depois voltei pra piscina onde as pessoas ainda estavam reunidas.

Aqueles ali planejavam virar peixes.

Fiquei chateadinha que o Rapha não estava mais ali, a Fefa tinha dito que ela também tinha ido tomar banho, então fiquei ali me metendo no papo deles às vezes e rolando o feed do insta.

- Eu acho muito lindo - a Laís falou - eu quero muito me casar quando achar alguém que eu ame de verdade.

- Não tô dizendo que sou contra po - o Victor falava - só que também não sou a favor.

- Gente, não adianta. Vk sempre vai ser contra qualquer tipo de relacionamento mais sério, isso é fato. - a Fefa disse.

- Isso é só até ele achar alguém que ele goste - a Mariana disse - casar é uma coisa fora do comum, dá uma sensação muito gostosa entrar na igreja e ver o que o cara que você ama tá lá te esperando, sentindo todas as emoções misturadas que você também tá sentindo - o Victor bufou, visivelmente incomodando, e desviou o olhar pra cerveja que ele bebia.

- Eu odeio ter que admitir isso, mas eu concordo com o Victor até - falei - acho que casamento é só uma convenção. Se vestir de véu e grinalda, gastar uma puta grana com uma festa que eu vou esquecer depois, é bobagem. Se o amor for sincero e verdadeiro, acho que só estar junto basta, sem essa de que só vai funcionar se for oficializado nos papéis e com um bambolê no dedo.

- Não é assim de esquecer depois, Natasha - a Mariana falou - é um dia mágico e único, impossível de esquecer.

- Eu mal lembro o que eu comi ontem, você acha que vou lembrar da noite do meu casamento depois de alguns anos de casada? Nunca.Mostrar a lista de pessoas que avaliaram A Mariana revirou os olhos.

- Você é muito imatura ainda.

- Você não sabe lidar com uma opinião adversa à sua e eu que sou imatura?!

- Gente, calma. É só uma conversa, cada um com a sua opinião. - a Fefa amenizou.

- Tô de boa. Aliás como que a gente chegou nesse papo mesmo? - perguntei ignorando o revirar de olhos da Mariana.

- O Kauã tá querendo casar com a Laís - o Guto falou e eu ri.

- Ata né Kauã.

- Na moral, Nat. Eu encontrei a mulher da minha vida. - Kauã disse abraçando a Lolis por trás, e ela fez uma careta.

- Alguém leva esse garoto pra longe, por favor? - a Laís reclamou, mas sabia que ela tava gostando.

- Quando que vai sair o beijo? - a Fefa perguntou.

- Se depender de mim agora - Kauã disse - mas se depender dela nunca.
Eu ri da cara de coitado dele.

- Qual é, vou ali tomar um banho - o Victor avisou e se levantou pra ir.

Não demorou muito pra Sonsariana se sentir deslocada e meter o pé também.

- Nossa Natasha - a Laís falou logo que ela saiu - dá pra disfarçar pelo menos que você não gosta da guria?

- Eu não. Mulher véia querendo dar uma de novinha emocionada, me respeita né. Não sou obrigada.

- A mina tá puta da cara com você Nat - Kauã disse - que foi que rolou na cozinha que o Victor disse que tava mó climão lá?

- Ela foi cacarejar no meu ouvido, botei logo pra correr. Mas deixa quieto, vamos falar de coisa boa - falei ao ver o Raphael sair da casa já vestindo outra roupa, mas ainda sem camisa. Ai, papai...

- Safada! - a Fefa me deu um tapinha.

- Vocês não cansam de beber não? - ele falou ao se aproximar. Bagunçou o cabelo da Fefa e deu um beijo na minha cabeça antes de sentar. Por que tão fofo, Deus?

- Eu vou beber, mas eu não paro de morrer - o Guto cantou errado.

- É ao contrário, Gustavo - a Fefa o corrigiu e nós rimos da cara dele.

- Ô dó gente. - a Laís disse também rindo dele.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora