Oitenta e Nove🌹

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O Raphael beijava muito bem, sabia o que fazer com a língua e sabia como me envolver no beijo.

Entretanto, confesso que esperava um pouco mais do beijo dele.

Era só mais um beijo bom.

Esperava que tivesse algo a mais, mas acabei me decepcionando um pouco, o que não me impediu de me aproveitar bastante daquela boquinha.

- Tu é demais, Nat - ele falou depois que eu parti mais um dos nossos beijos.

- Eu sei que sou. - me gabei e ele riu, dando-me um selinho em seguida - Posso te fazer uma pergunta? - ele assentiu - Por que você é assim? Meio travado.

- Como assim? - riu.

- Não sei... - eu ri também - Pode encostar em mim, pega na minha bunda, pode me apertar, eu não vou reclamar.

Ele riu ainda mais. - Perdão. É que apesar de tu ser meio porra louca, ainda assim te acho frágil, só não quero te machucar.

- Machuca. Eu gosto.

Ele abriu um sorriso safado e finalmente me agarrou de jeito.

Sua língua passeava pela minha boca no mesmo ritmo em que suas mãos passeavam pelo meu corpo, dessa vez ele abusava literalmente de mim, apertando minha bunda com as mãos e me fazendo sarrar a bunda em seu colo.

Bem do jeitinho que eu gosto.

Ele tornou a segurar meu cabelo, dessa vez com maior firmeza, para que ele controlasse os movimentos da minha boca durante o beijo.

Só parei o beijo porque o ar me faltou, mas eu podia ficar ali beijando ele pra sempre.

- Nossa... - eu ri um pouco sem ar - Tava escondendo o ouro por quê? Se eu não falasse ia ficar só naquele beijo xoxo?
- Tu tá reclamando do meu beijo na minha cara?

- Ai, desculpa - eu ri sem graça ao perceber o quão escrota tava sendo - às vezes eu falo as coisas sem pensar.

- Relaxa... - sua mão que acariciava minha cintura desceu até a minha bunda pra apertá-la - Assim tá melhor?

- Pode ficar um pouquinho melhor... - tornei a beijá-lo. Mas desta vez comecei a sarrar no colo dele descaradamente mesmo, tão descaradamente que eu já sentia meu vestido subir um pouco e suas mãos agarrarem as minhas coxas.

Porém infelizmente não passou daquilo, só ficamos naquela pegação gostosa por mais um tempo, até o cansaço me vencer e eu pedir para que ele me levasse em casa.

Óbvio que ele o fez sem reclamar.

Era incrível como o assunto entre nós dois rendia, ele me fazia rir demais com aquele jeitinho politicamente correto dele.

- O que temos de bom pra amanhã? - perguntei assim que ele estacionou na frente do meu prédio.

- Amanhã vou ter que ir na casa dos meus pais no interior - ele suspirou - preferia ficar aqui e te levar pra dar uma volta, mas tô enrolando minha mãe há dias.

- Tadinha dela, Rapha. Vai lá matar a saudade dela, a gente marca um rolê outro dia.
- Vou te cobrar.

- Fica avonts.

Trocamos mais uns beijos, mas bem mais civilizados.

Eu me despedi dele e subi.

Encontrei a casa silenciosa, fui direto tomar um banho e me jogar na cama.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora