Quarenta e Nove🌹

5.2K 225 4
                                    


— NATASHA.

O tesão fora do comum que eu sentia quando estava perto daquele homem era interminável.

Aquele beijo, aquela mão enorme pegando na minha bunda e me apertando mais a ele me levaria à loucura qualquer dia.

- Acho melhor a gente voltar pra areia - falei baixo depois que nós partimos mais um beijo - a Lolis já deve estar estranhando.

- Uhum... - ele beijou meu pescoço, ignorando totalmente o que eu tinha dito e me fazendo arrepiar novamente.

- É sério, caralho - eu ri e ele me apertou mais nele. Segurei seu rosto e dei um último beijo naquela boca maravilhosa.

- Vai na frente então, vou dar mais um mergulho - ele falou.

Balancei a cabeça positivamente e o soltei para voltar pra areia.

Victor não perdeu tempo em dar mais um tapa na minha bunda e eu voltei para a areia ainda rindo dele.

Enquanto me aproximava da onde estávamos notei uma agitação ali, ainda de longe eu reconheci a Mia, que estava de braços cruzados falando alguma coisa com a Laís, enquanto o Kauã assistia a cena.

- Eu não quero saber que foi a Natasha que te chamou, Laís. Você ficou aqui de papinho com esse cara por quê?
Até a voz da Mia ficava insuportável quando ela dava ataque de ciúmes.

- O que houve, gente? - perguntei ao me aproximar.

- Explica pra essa louca que eu não vim aqui pra me agarrar com o Kauã, por favor - Laís pediu.

- Para com isso, Mia. Ela veio porque eu chamei - me sentei na ponta da espreguiçadeira.

- Não me chama de louca, Laís! - Mia falou mais alto. Ô mulherzinha que gosta de dar show.

- Menos Mia, por favor - pedi sem paciência.

- Não se envolve, Natasha. - ela falou grosseiramente e eu tive que rir - Não quero nem saber, ok? Vamos embora, Laís.

- Eu não quero - a Lolis cruzou os braços e sentou do meu lado.

- Laís, não me faz ficar puta com você - a Mia insistiu - vamos logo.

- Mia mano, deixa ela aqui. Ela quer ficar. - eu me meti.

Num movimento rápido a Mia pegou bruscamente no braço da Laís e a fez levantar.

- Anda, Laís! - falou alto.

- Ei! - eu também levantei - Você tá louca, garota? - puxei o braço da Laís da mão dela - Tá ficando doida? Ela não quer ir, caralho.

A Mia já tava ficando vermelha de raiva.

- Porra gente, não precisa disso tudo - o Kauã interveio.

- Laís fala pra essa louca que você não quer ir e manda ela meter logo o pé - falei pra Laís.

Ela, que sempre foi sensível pra caralho, já estava com os olhos cheios de água e não sabia o que dizer.

- Para Nat - ela falou baixo com voz de choro - deixa, eu vou com ela.

- Quê? Óbvio que não, Laís. Você fica e Mia, vai espairecer essa cabeça em outro canto.

- Natasha, ela quer vir, deixa ela. - a Mia fez menção de puxá-la pelo braço mais uma vez e eu entrei na frente dela.

- Mia, eu não tô brincando com você. Tô te falando pra você meter o pé.

Não vou deixar você chegar perto da Laís hoje depois de você ter encostado nela do jeito que encostou - falei firme - você me conhece e sabe que quando o assunto é a Laís eu viro uma leoa. Se tu não quer arrumar problema comigo é melhor você sumir daqui.

- Ih carai, que tá acontecendo aqui? - o Victor chegou.

- Beleza, eu vou então - a Mia se deu por vencida - mas depois eu te ligo, tá Laís?

- Liga nada - respondi por ela - se ela quiser falar com você ela mesmo te liga. Agora vaza.

A Mia olhou pra Laís mais uma vez e saiu pisando fundo na areia.

Me virei pra Lolis e a minha loirinha estava com os olhos cheios de lágrimas e estava vermelha.

- Calma amiga, relaxa - lhe dei um abraço.
Se tem um coisa que me irrita é macho que bota banca pra cima de mulher.

Mulher então botando banca pra cima de outra mulher, ainda mais a minha melhor amiga, me deixa putassa da vida.

Eu sabia que elas brigavam horrores, mas não fazia ideia de que era assim, que ela chegava a ir pra cima da Laís.

- Não era pra você ter falado daquele jeito com ela, Nat - ela disse baixo com voz de choro.

- Não defende ela, Laís. Essa garota só pode ter problema de cabeça, porque essa ciumeira toda não é normal - falei nervosa - agora engole esse choro que a gente vai lá pra casa.

Sempre fomos assim, eu a que segura a onda e a Lolis a que desaba.

- E a gente faz o que? - o Victor perguntou ainda sem entender nada.

- Podem ficar aí se quiser - falei enquanto arrumava minhas coisas na bolsa e vestia meu short sem importar que eu ainda estivesse muito molhada.

- Não né, bora também - Kauã falou.

Os meninos foram entregar as cadeiras e mesa e eu fiquei ali com a Lolis os esperando.

Ela estava quieta e fungava sem parar, como se quisesse chorar.

Odiava ver minha bebê daquele jeito.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora