A gente foi pro quarto da Laís, me joguei na cama dela e ela foi procurar um esmalte pra fazer as unhas.
Já tinha perdido as contas de quantas vezes eu já havia dormido ali com ela, na quantidade de noites que a gente passou acordada falando da vida dos outros ou assistindo filme.
- Mas e aí, sábado tu tinha dito que brigou com a Mia, já se acertaram? - perguntei.
Ela suspirou e sentou na ponta da cama com o esmalte, o vidro de acetona e o algodão em mãos.- Mais ou menos. Sábado nós fomos na praia de manhã, encontrei a Fefa lá com uns amigos dela e a gente decidiu ficar junto com eles, até aí tudo bem.
Um dos amigos da Fefa que era um amor ficou dando mais atenção pra mim, mas em momento nenhum eu dei mole pra ele ou algo do tipo - ela disse enquanto tirava os resíduos de esmalte velho das unhas - e nem preciso falar que foi o suficiente pra Mia dar show depois, né ami? Tô cansada disso, toda vez que a gente volta é isso, o ciúmes e a posse dela me sufoca demais.
- E você sabe que isso não é saudável, Laís. Pra nenhuma de vocês duas.
Já cansei de falar o que eu acho da relação de vocês duas, vocês não servem pra ser um casal.
- Mas eu gosto dela, Nat. Não é fácil assim deixar de gostar de alguém - ela terminou de tirar o esmalte das unhas.
- Gosta mesmo, amiga? Porque eu e você sabemos que você sente sim vontade de ficar com outras pessoas, se você gostasse de verdade da Mia nem isso você sentiria - me sentei pra ajudar ela a passar o esmalte
- vocês ficam se fazendo mal assim, até que uma de vocês saia machucadas de verdade.- É difícil dizer não pra ela, quando eu vou me dar conta a gente já tá junta de novo - ela suspirou.
Balancei a cabeça negativamente. Aquilo nunca iria entrar na minha cabeça, porque pra mim uma não tinha nada a ver com a outra.
- Você precisa caçar um rumo pra sua vida, essa deve ser a milésima vez que eu te falo isso - voltei a falar - você não é mais criança. Até quando vai viver nessa?
- Não sei... - deu de ombros e suspirou.
Laís é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço, todos os meus conselhos entram por uma orelha e saem pela outra, ela tem o costume de só se dar conta das burradas que faz depois que se fode.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...