— LAÍS.
Eu tava tão bêbada, que já estava trocando as pernas e mal conseguia ficar de pé.
Tudo que tinha naquela festa eu bebi e usei, sem necessidade total, mas no calor do momento e sob a pressão do Kauã, foi inevitável.
- Você me fez beber, agora vai ser minha babá - falei meio embolado enquanto me apoiava nele.
- Tu é fraca demais pra bebida, Laís - ele dava risada da minha situação.
- Eu sou fraca?! Você me fez beber tudo aquilo - reclamei enquanto tentávamos subir as escadas para o segundo andar da casa - eu bebi até tequila, tem noção disso? Eu odeio tequila.
- Tá, agora fica quietinha. Tu tá precisando dormir.
Meus olhos estavam fechando sozinhos, mas eu não podia me deixar levar pelo sono.
Vai que o Kauã aproveita do meu péssimo estado e abusa da minha pessoa.
- Teu quarto é qual? - ele perguntou, me fazendo despertar do meu cochilo breve. Minhas pernas falharam e eu quase caí, o que o fez rir - Ai caralho, vem aqui - ele me pegou no colo feito bebê - qual é o quarto, Laís?
Apontei pra qualquer coisa, ele riu mais ainda e eu tentei me recompor pra pelo menos falar qual era o quarto.
- É o penúltimo da direita - falei mais baixo.
Ele me levou até lá, nem perguntou qual era a minha cama, só me deitou em qualquer uma.- Quer tomar um banho, pelo menos? - ele perguntou. Ou eu estava muito bêbada mesmo, ou ele não tinha nenhum pingo de malícia na fala dele.
- Não - falei me encolhendo na cama - assim tá bom - fechei os olhos.
- Me lembra amanhã de não te deixar beber nunca mais, loira - ele disse enquanto tirava meus sapatos.
- Obrigada, tá Kauã? Por não ter me deixado chorar de saudade da Mia feito louca.
- Tu tem que esquecer essa guria rapaz, tem tanta gente por aí que queria... - a voz dele foi sumindo aos poucos, já não lembrava como ele saiu do quarto, se saiu. Só peguei no sono.
— NATASHA.
Perguntei ao Raphael, o cara que eu estava conversando há um tempão, que horas eram, porque eu tava perdida no tempo, e ele falou que já passava das três.
Meu corpo estava pesado, minha cabeça já começava a doer um pouco e eu tava louca por um banho de verdade.
- Cara, desisto de achar a pirralha da minha irmã - falei depois de dar uma olhada geral no lugar.
- Será que ela tá bem? - ele perguntou.
- Ela sabe se virar bem - o olhei. Ele era uma gracinha. - acho que vou indo pro quarto, tô destruída.
- Tu é amiga da Fefa? Vai dormir aqui? - ele perguntou e eu assenti - Então a gente se vê amanhã, po.
- Ok, Rapha - intimidade comigo é mato - boa noite, viu?
- Boa noite, morena.
Nos despedimos com um beijo na bochecha, deixei minha garrafa de Heineken que já estava quente ali com ele e fui direto pro quarto.
Mataria a Nicole no dia seguinte por ela ter sumido.
Quando cheguei no quarto encontrei a Laís morta em cima da cama, cheirando a cachaça e toda desengonçada.
Nem quis acordá-la, fui tomar um banho rápido, coloquei meu pijama e me joguei na cama.
Deixaria a porta aberta pra Nicole, mas sabendo que corria o risco de qualquer bêbado entrar no quarto errado.
Foi difícil pegar no sono por causa da música que vinha do andar debaixo, respondi algumas mensagens que tinha no celular, vi que tinham 5 ligações não atendidas do meu pai, meu cu fechou.
Mandei uma mensagem pra ele dizendo que tinha esquecido o celular no quarto, que estava tudo sob controle e ainda disse que o amava, só pra dichavar meu vacilo.
Demorou um pouquinho, mas eu peguei no sono.
Nem a Nicole entrando no quarto fazendo a maior zona horas depois foi capaz de me acordar.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...