Dizoito🌹

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— VICTOR.

Se eu tava achando a Natasha legalzinha, mudei de ideia no segundo em que a doida começou a esmurrar e gritar na minha porta.

Pentelha do caralho.

Levantei puto, não tinha chamado ninguém pra minha casa e esperava que quem quer que fosse tivesse um ótimo motivo pra estar me acordando cedo.

Ignorei o fato de estar vestindo só um samba canção e fui ver quem era a pessoa. Quando cheguei na sala vi que era só a Mariana e ela tava olhando tudo sem entender o que tava acontecendo.

- Victor, quem era aquela garota? - ela perguntou e cruzou os braços.

- Bom dia, Mariana - bocejei - aquela é a louca da Natasha. O que cê tá fazendo aqui?
- Que Natasha? Por que ela tá aqui? Você tá morando com ela?

- Tô - falei como se fosse a coisa mais normal do mundo - e o que cê tá fazendo aqui?

- Como assim "tô"? Desde quando? Por que eu e o seu irmão não sabíamos disso?

- E eu tenho que dar satisfação da minha vida pra vocês dois desde quando, Mariana? - me joguei no sofá - Ela é só uma guria que eu tô dividindo o aluguel, ué.
Tu não vai dizer o que tá fazendo aqui uma hora dessas?

- Vim trazer umas coisinhas pra você que achei que você ia precisar - ergueu pra me mostrar umas sacolas que ela estava segurando - mas se eu soubesse que tu tava morando com uma garota eu não teria trago.

- Pode deixar aí pela cozinha - indiquei com a cabeça - valeu mesmo, Mari.

Ela deixou as sacolas no balcão da cozinha e voltou até a mim.

- Por que você tá dividindo aluguel com outra pessoa, Victor? O aluguel tá muito caro, é isso? Porque se for eu te dou uma ajuda, o seu irmão também.

Bufei. - Eu não sou criança, Mariana, pelo amor de Deus - revirei os olhos - agradeço a preocupação e tudo mais, mas tô cansado demais pra te fazer sala, pode ser? - puxei uma das almofadas pra debaixo da minha cabeça.

- Então vai ser assim agora, Victor? - ela colocou as mãos na cintura. Só ergui a mão e fiz um beleza pra ela, que respirou fundo.

- Ok, tchau então.

- Tchau.

Ela ficou mais alguns minutos me encarando visivelmente puta e então foi embora.

Não me dei ao trabalho de levantar pra trancar a porta, só virei pro outro lado e deixei o sono me tomar.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora